A tarefa da semana é assistir ao filme alemão "A Onda" (2008) e escrever um comentário sobre um aspecto do filme que tenha chamado a sua atenção e que se relacione a educação e sociedade. Na mesma postagem, discorra também sobre que conexões você estabelece a respeito do que o filme retrata e as suas vivências e discussões proporcionadas pelo Pibid-Inglês da UFS. No link abaixo você encontrará o trailer e o filme completo (dublado, infelizmente!). Sugerimos que você veja o trailer primeiro; em seguida o filme, e só então escreva seu post. Não esqueça de deixar seus comentários quanto às postagens dos demais Pibidianos.
Bolsista: Thiago de Melo Cardoso Santos
ResponderExcluirEu precisei fazer uma pausa para processar tudo que aconteceu durante o filme, pois eu fiquei um momento travado olhando pra tela. O filme é chocante, mas extremamente necessário para mostrar como a democracia é algo frágil e como nasce o fascismo.
Após ver o filme, tomei a liberdade de pesquisar sobre o real experimento dos anos 60 que serviu de base para a película e encontrei um documentário que possuía depoimentos tanto dos alunos que participaram do experimento como do próprio professor que aplicou, deixarei o link no final do comentário para quem se interessar. A experiência da vida real, mesmo que não tenham sido registradas mortes de alunos, foi bem mais perturbadora. No documentário, uma das ex-alunas relata que antes do experimento ela sempre se sentiu indignada em como o povo Alemão permitiu que o nazismo crescesse na Alemanha e em como ela se sentiu após o fim do experimento quando percebeu que tanto ela como os colegas de classe, que conheciam toda a história da Alemanha nazista, não só deixaram como fizeram parte do crescimento de um movimento fascista.
Um dos depoimentos que finaliza o documentário é de uma ex-aluna comentando que com a manipulação certa, qualquer população pode ser transformada e manipulada para ser algo muito perigoso, não importa o quão instruída ou inteligente essa população seja. E acredito que desde 2016 esse é um assunto bastante atual no nosso país. Me recordo de uma palestra que assisti pouco antes de outubro do ano passado, onde o palestrante era um doutor em história especializado nesse assunto e não vou esquecer do momento quando ele disse que o fascismo não surge do nada, sendo totalmente agressivo... o fascismo cresce em coisas simples e seguindo as regras do jogo, só aí que percebemos o quão frágeis são essas regras e como a democracia não é algo tão estável e sólido como pensamos ser.
Tudo isso reflete muito nas discussões que temos no PIBID, pois algo que discutimos é sobre metodologias de ensino e as suas implicâncias. A metodologia escolhida pelo professor tanto no filme como na vida real foi a de ensino experimental, que ao invés de apenas falar sobre o assunto, ele faz com que os alunos vivenciem aquelas situações através de simulações. No filme nós vemos como essa escolha foi catastrófica resultando na criação de um movimento fascista e na morte de dois estudantes, mostrando a importância do cuidado que devemos ter na hora de escolhermos como abordar certos assuntos como professores.
O que é um pouco perturbador do documentário é que os alunos mesmo tendo passado por essa experiência bastante pesada, alguns agradecem por ter feito parte dela pois foi uma experiência reveladora. O que lembra uma discussão em que tivemos sobre todo método funcionar, mas acredito que não dá nem para contabilizar as consequências do “sucesso” desse método.
Link do documentário sobre o experimento original de 1967: https://www.youtube.com/watch?v=QxdmL3SCGM4
Bolsista: Natan Marques dos Santos
ExcluirAinda não assisti o filme. Mas gostei do seu comentário quanto à ex-aluna que ficou indignada com o surgimento do Nazismo na Alemanha. Podemos notar que a Alemanha sofreu bastante com o fim da Primeira Guerra Mundial. Durante essa crise, o povo alemão estava se sentindo um lixo com tamanha humilhação e crise nacional. É nesse momento que Hitler entra em cena. Ele se apresenta como um cara que vai romper e acabar com aquela velha política do Estado que acabou levando a Alemanha ao colapso. Ele culpou os governos anteriores pelo desastre da nação. Isso se repete até hoje dentro da Alemanha. O partido de extrema-direita Alternativa para Alemanha (em alemão "AfD) culpa o governo de Angela Merkel pela atual crise de refugiados no país. Sua plataforma é antisemita também. Concluo afirmando o quão é perigoso um país entrar em crise. Isso abre as portas para toda ideologia totalitária, quer de direita quer de esquerda. Não podemos esquecer do Holodomor na Ucrânia arquitetado pelo comunista Stalin, que matou milhares de ucranianos de fome. Também do genocídio no Camboja.
Thiago, agradeço pela dica! Vi o documentário e ele é incrível. Assustador, como o filme e, como você bem disse, os relatos pessoais/reais dos estudantes que participaram do experimento valem muito a pena. Obrigado, novamente, por essa dica maravilhosa.
ExcluirObrigada por compartilhar o link do documentário original Thiago, achei extremamente chocante os depoimentos dos alunos.
ExcluirThiago, obrigado pelo spoiler (rs) e pelo link! Excelente explanação!
ExcluirFiquei impressionada como existe uma linha tênue entre o que acreditamos ser ações direcionadas a uma boa causa e a opressão, ver que podemos facilmente ser influenciados e influenciar, que uma ideologia é forte a tal ponto foi de certo modo apavorante. Me assustei em muitas partes do filme, pela força que o “movimento” ganhou, perceber que as pessoas começaram a seguir e acreditar realmente naquilo, agindo até mesmo de forma inconsciente.
ResponderExcluirO Filme foi muito bom em mostrar como mesmo nos dias de hoje podemos ser influenciáveis a ponto de repetir o que mais abominamos do passado, e que a utilização de formas para calar aqueles que não concordam com seus ideais é uma das principais ferramentas de um regime ditatorial, a experiência por mais que tenha sido assustadora serviu para mostrar a fragilidade com que a democracia é posta em sociedade, pois muitas vezes um sistema autoritário pode se mascarar de democracia.
Observar que o professor se deixou levar pelo poder, vaidade, admiração que os alunos criaram por conta do movimento foi sem dúvida aterrorizante, pois como futuros professores precisamos estar sempre em alerta para o fato de que somos pessoas que podem provocar nossos alunos e direcioná-los a uma reflexão crítica da realidade como também precisamos ter cuidado com os nossos posicionamentos.
A cada minuto de filme era perceptível a semelhança do movimento criado com uma ditadura, como esta muda as relações entre as pessoas e como a sensação de poder pode ser muito perigosa, a questão do extremismo e da exclusão, do fardamento e até mesmo do sinal feito, mostravam claramente que ideais são facilmente deturpados, que o “bem” é facilmente trocado de posição com “mal” dependendo do ponto de vista.
Com as discussões do PIBID sempre tive a oportunidade de estar refletindo sobre o ambiente escolar, sobre como as posições das cadeiras em sala de aula pode ajudar na figura do professor como detentor do conhecimento, sobre até que ponto o aluno é provocado ou está obedecendo ordens. Fiquei profundamente instigada com tudo que vi no filme, foi perceptível como a democracia pode facilmente ser corrompida e como a ideologia afeta uma rede de relações que pode começar em um lugar e se espalhar por vários outros.
Bem lembrado, Vitória, a vaidade e poder subiram à cabeça do professor!
ExcluirBolsista: Irving Caroline Andrade Almeida
ResponderExcluirEsse filme é muito intrigante e mais chocante ainda por sabermos que de fato essa história aconteceu.
Tenho a impressão de que o filme tenta mostrar o tão forte papel de um professor dentro de uma sala de aula, o quanto somos referência através de tudo que fazemos, dizemos e como influenciamos ativamente na vida de um aluno. Acredito que temos discutido a nossa postura dentro da sala de aula desde o princípio do projeto, sobre como aplicamos as metodologias, etc.
No caso do filme, sem esquecermos que foi baseado em uma história real, uma pena que as coisas tenham tomado um rumo tão trágico.
É interessante ver o modo em que o diretor desse filme tenta mostrar as características do fascismo. Interessante e assustador ver como a democracia pode ser frágil e como o fanatismo pode ser doentio. Pois mesmo depois do que aconteceu, alguns alunos se mostraram “satisfeitos” com o movimento.
Infelizmente o filme nos faz enxergar um caminho que estamos correndo riscos graves de percorrer.
Concordo, Irving! Também pensei no risco disso acontecer no Brasil, pois muitas características vistas no filme fazem parte da nossa realidade.
ExcluirBolsista: Juliana Maria de Sousa
ResponderExcluirAchei o filme muito interessante. É impressionante ver que desde o início dessa experiência fica perceptível como uma ideologia pode se impor e alterar valores e costumes, e como isso pode influenciar o comportamento das pessoas. A parte que me chamou atenção foi como “a onda” tomou proporções fora de controle ocasionando ao fim da vida de dois alunos. Concordando com o que Irving falou no comentário acima de que o filme tenta mostrar a importância do papel de um professor dentro de uma sala de aula, o quanto o professor pode ser referência através de tudo que faz, diz e como pode ou não influenciar na vida dos alunos. É algo que se relaciona com o que viemos trabalhando e discutindo, não somente no Pibid, mas em muitos outros espaços (pelo menos nas aulas de estágio que iniciei no período passado, foram que mais contribuíram para reflexões que se ligam com o que tudo que estamos vivenciando com o Pibid).
Verdade, Juliana, as aulas de estágio tiveram estrita relação com os debates do pibid sobre o nosso papel em sala.
ExcluirRealmente, Ju, esse filme atenta muito para nossa responsabilidade em sala de aula. É incrível como não estamos muito consciente do poder que temos e de como podemos afetar a vida dos nossos alunos. Lembro de que uma vez conversei sobre isso com uma das minhas professoras e ela tocou nessa questão e passei dias com isso na cabeça. É como o professor Lynn Mário Menezes de Souza coloca naquele texto que lemos, existe uma responsabilidade ética em ser professor.
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEm termos relacionados à educação e sociedade, vejo que o filme trouxe uma questão que há muito comento com colegas que é a imagem que o professor passa para os alunos e que possa servir de exemplo - bom ou ruim. Trata-se de um convite a trilhar por caminhos de ética e profissionalismo, mostrando exemplos que gostaríamos de ter tido em nossos professores quando estávamos na época da escola e o que isso pode nos trazer na vida adulta. De que forma os exemplos de um bom profissional podem impactar nos alunos e, assim, transformar a sociedade futuramente? Somos exemplos para uma boa parte daqueles que estão sentados olhando para nós. Podemos ser instrumento de transformação ou de desconstrução apenas por dizer uma meia dúzia de palavras que para nós possa não ter muito valor, mas que para alguns que ali estão, pode significar mudanças relevantes em suas trajetórias como pais e mães de família e até mesmo em suas carreiras.
ResponderExcluirQuanto à identificação com o filme, notei que a equipe diretiva, professores e alunos devem tomar conhecimento de que projetos e métodos devam ter um valor a ser agregado à sociedade. Que sejam discutidas as variáveis que metodologias e projetos possam acarretar no futuro da escola, dos alunos e da sociedade, para que não haja impactos negativos na aplicação e nos reflexos que os mesmos possam causar.
Há ainda os “mundos particulares” (aqui os conhecemos como pontos de vista) de cada aluno que encontramos em sala de aula todos os dias. Qualquer que seja o projeto pode mudar – ou não – a vida de um discente e isso tem que ser levado em consideração para a formação crítica de cada um, sem deixar valores de lado, como o respeito e o reconhecimento do espaço que cada um tem na sociedade.
Deve-se, portanto, explicitar que qualquer que seja a ação de um projeto ou de um método de ensino, que os mesmo tragam valores à sociedade e que as características de pensamento de cada um que os adote como projeto de vida, que haja consciência crítica, respeitando o espaço que cada indivíduo ocupa na sociedade, dentro de metodologias já experimentadas e creditadas com resultados que as justifiquem.
O que me chamou a atenção no filme foi o extremismo, principalmente do aluno que cometeu suicídio. Um método de ensino acabou se transformando na ideologia daqueles alunos levando-os a oprimir violentamente os que eram contra e, no caso mais extremo, matar e morrer por essa ideologia. Isso me fez lembrar das reflexões que tivemos nas reuniões do pibid sobre a importância do que fazemos em sala de aula. Somos responsáveis por ensinar, além do inglês, cidadania, promovendo reflexão critica sobre ideias e opiniões. Parafraseando a coordenadora Ana Lúcia, o professor precisa saber muito bem o que está fazendo em sala de aula e porque está usando determinada metodologia. Precisamos estar sempre cientes dessa responsabilidade.
ResponderExcluirAchei muito interessante como a ideia do professor de mostrar uma autocracia acaba trazendo todos os alunos para esse movimento de forma real.
ResponderExcluirComeçando com os uniformes nós já podemos perceber claramente que os que não os vestiam eram totalmente ignorados pelo líder, o professor. E que os alunos, desde o começo, mesmo não entendendo a intenção do professor, acabam obedecendo a ele, ou ao movimento, pelo "bem maior", e logo depois, acabam se tornando dependentes do movimento, até mesmo sem argumentos maiores do que " a onda é minha vida ", a exemplo do aluno que se suicidou. Podemos trazer isso para nossa experiência no PIBID para perceber o quanto podemos ter um impacto na vida de quem temos contato, mesmo em pequenas ações, que podem desencadear coisas maiores no futuro. Então precisamos mesmo saber o que estamos fazendo e o impacto das nossas ações na vida dos alunos, pois o que acontece na escola, tem ou terá sempre um impacto na sociedade.
Olá Felipe, concordo com sua conclusão, nos pibidianos ja somos vistos pelos alunos como um exemplo e as nossas ações ja refletem tanto em sala quanto na sociedade. Portanto o processo de reflexão sobre nossas ações devem estar sempre ativa no nosso dia a dia. E levar em consideração a nossa formação ética enquanto cidadãos.
ExcluirBolsista: Gabriela Silva dos Anjos Santos
ResponderExcluirEu achei o filme interessante demais. Em toda a duração do filme eu pude notar o poder que o professor tem sob o aluno e que as coisas a serem ditas devem ser pensadas e analisadas, pois o aluno é um ser influenciável. Tudo no filme é bastante forte, as emoções e sentimentos que cada aluno tinha, mas dando destaque ao Tim (o aluno que cometeu suicídio), pois ele teve a sua vida toda dedicada ao grupo, a vida dele só fazia sentido com aquele grupo e isso nos mostra o poder que a fala do professor tem na vida do aluno.
Esse personagem também me chamou muita atenção, porque sempre estava sozinho, sem amigos e viu no grupo "A onda" uma oportunidade de ter amigos e ser ouvido.Mas como mencionei no meu comentário, o professor não conhece a realidade de cada aluno, muito menos a dimensão de que tais atitudes podem refletir em suas escolhas e sua própria vida.
ExcluirBolsista: Lucas Santana Pinto Cardoso
ResponderExcluirConfesso que assistir ao filme dublado foi um tanto desconfortável, visto que a originalidade do filme não é a mesma. Porém, algo que sempre me chama atenção é o fato de ser baseado em fatos reais e ter uma história muito rica, e ao longo desse filme pude fazer muitas relações com as vivências no PIBID, desde visitas as escolas e às discussões em reuniões.
Obviamente o filme retrata sobre o fascismo, mas creio que seja relevante destacar que a mensagem que pude perceber do filme não se caracteriza somente nisso. Todo e qualquer movimento extremista, independente de lado político, é algo que deve ser analisado com cuidado. A crítica do filme perpassa ideias superficiais do que é de fato uma regime autoritário, que muitas vezes está inserido em uma "democracia". O filme consegue aprofundar ideias importantes, como por exemplo as metodologias que o professor em sala de aula tem e como este tem uma forte influência nos aprendizes. Esses fatos me fazem lembrar fortemente nossos papéis no PIBID, como pesquisador e também mediador, como analisar metologias bem como comportamentos e discursos.
Ao longo do filme, é interessante observar que a ideologia foi posta pelo professor, mas que logo de inicio houve discordância por parte dos alunos que aos poucos foram sendo alienados e persuadidos com a ideia ideológica. Isso serve de forte exemplo para os dias atuais, que muitas vezes ideologias são escancaradas de forma inconsciente que sem questionamentos causa a alienação e aceitação de regimes. Outro fator que demonstrou forte no filme foi a questão da uniformização de membros, que pressupõe controle e igualdade de um sistema fechado. É possível observar o quão isso é atual em nossos dias atuais. Escolas e Instituições obrigam estudantes a usarem determinadas roupas, impedindo àqueles que queiram parecer diferente ou fora dos padrões exigidos.
Bolsista: Victor Vinícius Tavares Santos
ResponderExcluirO filme mostra como é sedutor pertencer a um grupo, mesmo que isso distancie a relação com pessoas de grupos diferentes e isso possa reduzir a força individual de cada um. Esse fato torna-se mais intenso por tratar de jovens e adolescentes, período onde é muito fácil nos acharmos diferentes e rejeitados.
Outra questão é a possibilidade de uma ditadura acontecer novamente. O filme retrata a facilidade em que elementos extremos são apresentados de maneira inofensiva mas que em seu conjunto e continuidade, tornam-se algo perigoso. A eliminação de grupos minoritários (no Brasil seriam os negros, a sociedade LGBTQI+, etc), definição de um inimigo comum (inicialmente o professor de Anarquia e depois todos aqueles que se opõem a Onda - aqui seriam os "esquerdopatas", nordestinos e apoiadores do "PÊ TÊ"), aquisição de uniforme (a camisa da seleção brasileira, que diga-se de passegem, eu tenho vergonha de usar. Durante uma aula, o professor comenta sobre a copa do mundo, onde havia nas cidades várias bandeiras alemãs pelas ruas e um sentimento profundo de pertença à nação. Lembra algo?), e cumprimento secreto (que não falta muito pra isso) aos poucos vão fazendo o grupo acreditar que eles são especiais e melhores daqueles que não fazem parte do conjunto. A mudança do professor, que inicia o filme com o desejo de ensinar Anarquia de um modo mais informal, tanto pelo modo de vestir quanto ao se relacionar com os alunos (os quais ele permite que o chame pelo primeiro nome e não por "Senhor"), mas que ao decorrer do filme sente-se atraído com a atenção e respeito que atrai torna-se visível.
Ignorando minhas comparações e retornando ao ambito educacional, o filme demonstra como um professor serve de exemplo pra um aluno.
Seguindo a idéia do professor, todos mergulharam na onda e não se deram conta da proporção do que estava acontecendo, inclusive nem o próprio professor. Muitos podem pensar que estou querendo dizer que todo professor é doutrinador ou algo assim, mas não é isso. O que quero dizer é que nós pararmos pra pensar, quase todas nossas conclusões (se não todas elas) nem sempre são totalmente nossas. Nós sempre buscamos nos espelhar nas pessoas ao nosso redor, nos mais velhos ou em pessoas que admiramos e o professor acaba se enquadrando em todas essas 3 características.
Deixo como final uma passagem do filme "A ORIGEM" - "Uma ideia é como um vírus. Resistente. Altamente contagioso. A menor semente de uma ideia pode crescer para definir ou destruir você. As menores ideias como 'Seu mundo não é real'. Um simples pensamento que pode mudar tudo."
Apesar da qualidade da imagem não ser muito boa, achei o filme muito interessante porque mostra como somos capazes de transmitir ideologias em sala de aula e como a imagem e as atitudes do professor são percebidas e seguidas pelo aluno e também pela sociedade. O filme claramente aborda a questão do fascismo, em que a autoridade e regras de determinados grupos de movimentos são impostos para os demais. Nota-se essa ideia, quando duas alunas não aceitam vestir-se de branco e não obedecem às regras, com isso foram excluídas de determinado grupo “A onda”. Além disso, é importante destacar que apesar do método de ensino do professor, não esperava que “A onda” tomasse tamanha proporção, justamente porque o professor não conhece os problemas sociais e a realidade que o aluno vive fora do ambiente escolar. Por conta disso, percebe-se que o professor criou nas suas aulas um método de ensino autoritário e fascista que os alunos seguiram e viram como exemplo, ocasionando assim a morte de dois alunos. Em relação as conexões estabelecidas nas discussões do PIBID, reafirmo que o que passamos em sala de aula refle diretamente na vida do aluno, porque muitos nos veem como um modelo a ser seguido.
ResponderExcluirOlá Ronilson, deveras o professor não conhecia a realidade dos seus alunos, nem passou pela cabeça dele de que seus alunos poderia estar passando por momentos difíceis na vida no qual deveria receber toda a atenção dos pais, professores, receber ajudar de seus colegas e fazer tratamento psicológico como no caso do jovem que se suicídio. Outros jovens com o histórico de violência para com os seus colegas aumentou ainda mais a exclusão de pessoas que pensavam diferente da maioria. Outros nem sabia do que se tratava A Onda, simplesmente seguia o movimento por estar na moda e por aparentemente apresentar a falsa ideia de que aquela ideologia era a melhor pra todos e que ela faria a diferença, com falsas promessas de melhorias.
ExcluirConfesso que logo no início até simpatizei com alguns momentos iniciais do filme no qual, me vi como muitos dos jovens personagens do filme que estavam sendo usados para satisfazer falsas crenças que rapidamente tomaram grandes proporções. Ainda bem que tivesse esse exemplo pra se colocar sempre no lugar do outro em situações como esta. Confesso também que se eu já sabia que professor tem grandes responsabilidades agora em tão é que elas se multiplicaram incontavelmente.
Bolsista: Mylena de Andrade Mota
ResponderExcluirAssisti esse filme pela primeira vez muitos anos atrás uma aula de História. Como aluna, ele foi impactante e me fez refletir como qualquer grupo pode ser manipulado, basta ter um líder que se faça confiável o suficiente.
Atualmente, como professora em formação, vejo que esse líder pode ser qualquer um de nós. Quando passamos nossas ideologias para nossos alunos, mesmo que inconscientemente, causamos um impacto maior do que imaginamos. Fica muito claro quão cuidadosos e conscientes devemos nos manter para que os resultados da nossa "liderança" não saia do nosso próprio controle. Foi assim que aconteceu no filme. Foi assim que aconteceu aqui mesmo, no Brasil, visto que o própria presidente da República não imaginava a proporção que seus discursos de ódio tomariam. E como dito por George Santayana: "Aqueles que não conseguem lembrar o passado estão condenados a repeti-lo".
A democracia é frágil, assim como o limite entre mostrar uma ideia e a impor aos outros. Seres humanos são influenciáveis, sem dúvidas, e como professores devemos estar sempre cientes das nossas condutas e ter o máximo de cuidado para que nossos alunos não se sintam pressionados a pensar como nós. Estaremos em sala de aula para auxiliar indivíduos na busca pela aprendizagem e no desenvolvimento da cidadania, não para nos deixarmos levar pela força de nossa liderança e nos tornarmos autoritários.
Este comentário foi removido pelo autor.
ExcluirLembrei da série 'The Handmaid's Tale', quando a protagonista fala uma sequência de coisas que aconteceram após a posse do governo da série, palavras sutis para quais a população não acordara nos momentos em que foram ditas. A manipulação funciona assim: palavras jogadas com sutileza, em um momento ou outro, e logo você se vê em um sistema do qual não consegue achar uma saída.
ExcluirBolsista: Sandy Cristine Bezerra Dos Santos
ResponderExcluirTodo o filme me causou várias emoções, fiquei assustada, chocada, e revoltada em certos aspectos, acredito que esses sentimentos foram reforçados pelo fato de a história ser baseada em fatos reais, o que traz todos os aspectos para mais perto de nossa vida. Comecei a perceber no que toda a semana de aula se transformaria quando ele mencionou os uniformes, o que é uma realidade em nosso país, mas ainda assim, quando eu vi todas as pessoas de branco no filme, me deu um certo medo, porque onde todos estavam diferentes, destacando suas personalidades, eles eram uma massa branca dominando o colégio, e também o fato de que alguns deles nunca tiravam a camisa branca, mesmo fora do colégio, nos dizendo indiretamente que aquilo não era uma coisa passageira pra eles. Outra coisa que me deixou um pouco revoltada foi a cena em que uma das personagens não vai com a camisa branca para o colégio, e todos a tratam de forma diferente por causa disso, porque ela não está fazendo parte do movimento, no entanto pra mim, essa foi uma das peças chaves do filme para que ela soubesse o que estava acontecendo com os alunos, e assim tentar ajudá-los da maneira que conseguisse.
Fiquei incrivelmente chocada quando percebi que de fato o professor manipulou a si mesmo com as palavras ditas ao alunos, ele criou toda uma ideia em sua cabeça e estava tão cego pela obediência dos alunos que a princípio não conseguiu notar o que estava fazendo aos alunos, inclusive na briga que ele teve com a esposa, disse que o sonho de todo professor era ser obedecido pelos alunos, o que não deveria ser o propósito da docência de forma alguma, mas está se tornando o alvo dos docentes por diversos motivos, dependendo da experiência de cada indivíduo, mas ao mesmo tempo em que o professor quer a obediência e a tem, ele não percebe o quanto o que ele pede aos alunos é levado a outros níveis, de tal forma que não pôde mais controlar, o que leva ao final do filme, com um dos alunos se matando porque o professor desfez o único propósito que ele teve na vida.
O que podemos fazer em nossa realidade como pibidianos e futuros professores, é criar projetos com objetivos positivos para toda a sociedade e que traga os alunos para uma corrente de igualdade sem a precisão de uniformes ou saudações padrões, talvez um logo possa ser legal, mas sem sair espalhando por todo canto, só para inspirar o processo de arte. Podemos ser um grupo de pessoas com afinidade uns com os outros e senso de igualdade mesmo sem pensarmos de forma convergente.
ResponderExcluirAcho que há um ano atrás eu havia visto a primeira versão do filme "A onda" de 1981 e agora foi interessante rever a história de uma maneira mais atual e com um melhor desenvolvimento das personagens.
O que era para ter sido uma nova metodologia para a aula de autocracia acabou na imersão da turma no assunto, assim, o vínculo entre o assunto e os alunos não terminava após a saída da sala de aula, todos estavam vivendo o que estava sendo ensinado. Primeiro, o professor começou a mudança como uma atitude sutil de trocar a disposição das cadeiras para fileiras e separar os grupos de alunos. Depois, estava dizendo que levantar-se para falar ajudava no melhoramento respiração. Dessa forma ele implantava a disciplina na turma sem que eles nem percebessem, ele os estava manipulando. Fiquei surpresa com o poder de líder que ele já exercia sobre os alunos e o quanto isso pode ser perigoso, ele mudava o comportamento deles e todos (ou a maioria) aceitavam as justificativas dadas que geralmente dizem a respeito do próprio bem deles. O poder que um professor pode operar sobre seus ouvintes não deve ser subestimado.
Em pouco tempo a turma criou uma laço afetivo entre si, eles se protegiam, havia aquele sentimento de pertencimento quando sabiam que faziam parte de algo, ou seja, a onda. Todavia, quando eles começaram a excluir os demais em nome da causa do próprio grupo, comecei a pensar em quanto esse sentimento pode ser problemático quando ele exerce o coerção sobre outros grupos. Como cada turma em sala de aula reflete um universo diferente, a união seria realmente essencial para o desenvolvimento dos próprios alunos, mas não é sempre que nos deparamos com uma turma unida (como dito anteriormente, são universos diferentes ainda que na mesma escola). Bom, o filme mostra a ameaça de união que despreza outros valores, de sermos autocráticos.
Antes de mais nada, gostaria de dizer que me é difícil escrever algo sobre esse filme, pois me faltam palavras. Desde que terminei o filme, passei a pensar nele constantemente, o quanto é atual, factível, etc. Ontem acessei a página para escrever minha reflexão e, como sempre, comecei lendo os comentários dos meus colegas e logo me deparei de Thiago. Aí decidi assistir o documentário também, antes de comentar. Bem, visto que terei alguma dificuldade de ser objetivo (mais do que já tenho normalmente), vou enumerar meus comentários, como fiz, salvo melhor juízo, na última atividade.
ResponderExcluir.
1. Quando o filme começou, a primeira coisa que me veio foi como aquele professor seria o tipo de professor que eu gostaria de ter. Vestia uma camisa do Ramones, uma banda punk que eu escutei muito na adolescência. Logo em seguida, pensei na presença em sala de aula dele e em como ele guiava aquilo magistralmente, como professores que já tive faziam e como (bem, estou escrevendo publicamente, pois já falei em presença), por exemplo, o professor Édipo o faz. Claro que a maneira como ele começa fazendo perguntas e perguntas, que bem me lembra uma professora que conheço e que os que lerem meu comentário talvez reconheçam. O que queria dizer é que, no início, de maneira mais rasa, eu também fui sendo levado por aquele professor, por aquela aula, por tudo o que estava acontecendo e, talvez, isso seja uma das coisas mais dolorosas, digo: não perceber que a coisa começa e vai em uma crescente arrebatadora. Bem, quando eles decidiram ter um uniforme, percebi que a coisa estava ficando estranha (desconfio muito de uniformes); então, quando eles decidiram ter uma logo, um grito de guerra, uma saudação, bem, isso aí foi o que me acordou. Então, talvez, e é até um pouco difícil falar, nós, enquanto telespectadores, nem percebamos como o filme, em sua forma, reflete seu conteúdo. Eles nos leva nas pequenas coisas, nos pequenos momentos, os limites que são mais e mais, só que lentamente, esticados, empurrados (até onde eles vão?) e, aí, você tem que estar pelo menos consciente de como a coisa pode levar você mesmo, o telespectador, sim, ele, eu, você, nós somos levados, seja como o povo alemão pelo partido nazista, seja o brasileiro em 30, 64, 18, seja com os estadunidenses também algumas vezes, durante a 1ª e a 2ª guerras mundiais, a fria, a do Vietnã, do Iraque, da Síria, o governo Trumpista, bem, eu não seria capaz de lembrar de todos os momentos em que gigantescas parcelas da população apoiaram coisas absurdas, sejam ditaduras, guerras, ou líderes totalitários.
2. A conexão que vejo com a realidade não tão diferente das que meus diversos colegas colocam acima. Há sentimento de que algo semelhante está acontecendo na sociedade atual. Seja como for, não descobrimos (e nem acredito que se trate disso) uma forma de combater esse discurso, porque (e aqui talvez eu esteja falando relevante), como o professor Safatle tem insistido há algum tempo, não há possibilidades de racionalizar (no sentido positivista) esse movimento. O professor argumenta em favor de uma “política dos afetos”, em que a racionalidade existe na emoção que mobiliza as pessoas. E, ao pensar nisso, penso em que tipo de afetos o professor do filme mobiliza. O slogan, “Strength through discipline! Strength through community! Strength through action!”, nós dá uma ideia do que é mobilizado. Disciplina, ou seja ordem. Comunidade, ou seja pertencimento. Ação, ou seja agentividade. São coisas não necessariamente ruins, eu acho, pois quem não quer algo ordenado, que se possa entender, quem não quer se sentir parte de algo, inserido em algo e, principalmente, quem não quer sentir que pode agir, que o que faz/fala tem efeitos na realidade? O que eu questionaria é o quanto esses valores são realmente fundamentais em qualquer sentido que seja? O quanto vale a ordem? O quanto vale o pertencimento? O quanto vale a agentividade? Quais as implicações de se aderir a cada um deles? É, talvez, como eu argumentei antes, uma questão de estar consciente de si mesmo, do que o cerca, ou, pelo menos, de dirigir sua consciência para essas coisas.
Excluir* Se não estou errado, essa é a palestra em que o Safatle fala mais claramente da política dos afetos: {https://www.youtube.com/watch?v=DKLIg6g6pSg&t=831s}
Matheus, engano seu em achar que não foi objetivo. Foi muito objetivo me trouxe novas reflexões, o impacto do filme me deixou quase sem. Agradeço o link!
ExcluirMaria Luziene Santana filme A Onda
ResponderExcluirUm dos temas mais destacados logo no início do filme é sobre à Autocracia definida no filme como “o indivíduo ou grupo no poder, tem poder ilimitado para mudar as leis se achar necessário”. Um dos exemplos citados foram o Nazismo e Administração Buch, dois fatores marcados na historia da humanidade para destacar alguns dos governos autocráticos.
Um ponto que achei interessante no filme, algo positivo foi que o professor reorganizou sala de aula deixando-os em duplas, alguns desses alunos mal se falavam durante as aulas e muitos tinham certas dificuldades em determinadas matérias e também na relação social, de modo que nessa nova parceria pudessem ajudar uns aos outros a superar os desafios, cada usando suas habilidades para a melhoria do outro.
Entretanto, no decorrer do filme percebe-se que o movimento inicialmente com fins pedagógicos estava tomando proporções ainda maiores, pois A Onda já estava sendo disseminada em toda a escola e se espalhando por toda parte e em menos de uma semana ocorreram fatos que mudaram a realidade da comunidade estudantil se estendendo para toda uma sociedade. Jovens estudantes praticaram atos de violência contra o patrimônio público e imposição de ideologia sob seus próprios colegas que se negavam a aceitar e fazer parte da quele movimento. Além disso toda essa ideologia trouxe consequências trágicas, pois muitos passaram por situação de terror acarretando em traumas psicológicos, agressão física entre os colegas, um aluno ferido por tiro e outro comentando suicídio, e o professor responsável pelo movimento preso por todas essas consequencias.
Esse filme serve de exemplo pra todos nós futuros professores, pois em sala de aula somos uma referência pros alunos e para isso é preciso estamos bem preparados e estar sempre apoiado da Ética, para evitar a todo custo a imposição de ideologia em sala de aula, tratar de assustos assim com bastante cautela e repúdio à todo tipo de ideologia que venha a se propagar no âmbito escolar e social, pois estes só atraem a violência, traumas e mortes. Logo, faz se necessário uma reflexão profunda a respeito desse filme e outros temas pertinentes em toda a nossa sociedade contemporânea, para que todos essas ideologias não possam se propagar novamente, atentando-se principalmente para todas as possiveis consequências para com o outro, prezando sempre pela ética, empatia e ao respeito às diferenças de opiniões.
Bolsista: Letícia Conceição Santos Ramos Alves
ResponderExcluirCom o filme consegui sentir que o mesmo consegue cumprir o objetivo de apresentar o poder do professor na sala de aula. É notório o quanto o professor no filme demonstra prazer pela admiração dos alunos, contudo, conseguimos perceber o momento que isso acaba saindo do controle, chegando ao ponto de que os alunos consideram apenas as ideias transmitidas na sala de aula como únicas e mais importantes que qualquer outra.
A partir do filme torna-se necessário o entendimento a respeito das divisões de grupos e divisões sociais, as quais provocam muitas das vezes a noção de pertencimento para aqueles que fazem parte da mesma, porém ao mesmo tempo provoca a divergência e o distanciamento entre aqueles que não fazem parte do mesmo. Assisti ao documentário em que apresenta a história do professor que idealizou esse experimento na sala aula e que inspirou o filme, através do link que Thiago deixou disponível, e achei os depoimentos chocantes e muito interessante o quanto o professor retrata sua surpresa em relação as ações dos alunos em detrimento da situação.
O filme destaca a contextualização do assunto Autocracia com a ideia difundida anteriormente no período da Ditadura fascista alemã. Em síntese, a análise do filme é primordial para o entendimento do que pode ocorrer com a perda da democracia, algo extremamente preocupante para a difusão da aprendizagem no âmbito escolar, onde o aluno está imerso em um compartilhamento de ideias e ideais a todo momento. Logo, o filme nos assiste como futuros professores no sentido de orientar o quanto a individualização do aluno é importante e necessita ser respeitada, individualidade esta que é ignorada no filme pelo professor.
Particularmente, sou fascinada por filmes baseados em fatos reais, pois através deles tento entender o real significado dos acontecimentos que fizeram realmente história. Bem, em relação aos aspectos observados no filme que nos foi proposto, apesar de observamos um pouco sobre o regime autoritarista, pode-se observar a importância e a influência de um professor na vida do aluno dentro e fora da sala de aula (podemos observar isso na experiência com o PIBID: a metodologia adotada para o desenvolvimento do projeto, a postura que adotamos em nossas atividades, como respondemos os questionamentos dos alunos, dentre outros).
ResponderExcluirO filme mostra o choque de opiniões sobre a ideologia adotada pelo professor e que foi motivo de atrito com alguns alunos, visto que alguns defendiam suas “teses” sem ao menos ter conhecimento do assunto abordado. Sendo assim, as pessoas são condicionadas de forma inconscientes (na maioria das vezes) a tornarem-se fanáticos doentes e alienados.
É necessário que, para essa nova geração de professores e alunos, seja dada uma nova visão de mundo, onde a visão crítica possa ser desenvolvida; a aceitação do outro faz-se necessária para a boa convivência; que busquem sempre está procurando os pontos positivos e negativos da sociedade/governo para que daí se tenha opinião própria.
Foi uma tarefa árdua sair da “paralisia” que o filme causou para assim colocar em palavras os aspectos que mais marcaram durante o enredo. A princípio, o experimento proposto pelo professor Rainer me pareceu uma ótima metodologia para abordar o tema autocracia, mas no decorrer da semana relatada no filme pude perceber as problemáticas que a proposta ocasionou.
ResponderExcluirA cena em que o professor sugere o uso de uma camisa branca aos alunos, para assim acabar com as individualidades e gerar a “união”, me recordou a fala de uma professora, que relatou o quão um uniforme exerce um papel que necessita de atenção em sala, uma vez que ele iguala perante aos olhos os alunos e dificulta em certos casos o conhecimento do professor acerca do seu aluno.
Além do uso da camisa branca, os outros fatores adotados pelo grupo para que assim fossem identificados como parte de um grupo, me fez refletir como é “silenciosa” a alienação, visto que ela consegue modificar o individuo sem o mesmo se dar conta. Da mesma forma, ver uma ideologia ser levada ao extremo em tão pouco tempo me forneceu respostas acerca de alguns acontecimentos históricos, bem como me alertou sobre o poder, e o risco desse poder, que o professor exerce em sala.
BOLSISTA: MILENA SANTANA COSTA
ResponderExcluirFiquei realmente impactada ao assistir o filme ainda mais por ser uma história real. Isso nos mostra claramente o poder que um PROFESSOR exerce na vida dos seus alunos, além de mostrar como as pessoas se influenciam tão facilmente. Outra parte que me chama atenção foi a ação das duas alunas que viram a loucura que estava se tornando essa experiência do professor e tomaram uma atitude e é com esse tipo de ação que podemos mudar os erros em nossa sociedade. Mas acredito que o ponto principal é a influência do professor , e nós futuros professores precisamos pensar sobre isso, quais os assuntos iremos levar para nossas aulas, de que forma aquilo irá impactar a vida deles e o que queremos causar ao debater sobre determinado tema. Precisamos ensiná-los a ter suas próprias ideologias, sua forma de pensar e não obrigá-los a pensar como nós, ensiná-los a serem livres na tomada de suas decisões , mas desde que seja com consciência e não repetir o passado ruim da história, precisam pensar adiante e mudar aquilo que está errado. O professor tem um papel fundamental na educação de uma sociedade e é de grande importância sempre pensar em nossas atitudades, nosso discurso e nossas ideias , como elas irão impactar a vida daqueles que nos rodeiam e que estão sendo orientados por nós.
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ResponderExcluirComo a Profª Marlene sempre gosta de ressaltar em suas aulas de estágio, todo método dá certo, porém o que se diferencia entre eles são os resultados. A Onda é um filme que nos traz um desses resultados, que podem ser, claro, de aprendizado ou não. É um filme que de certa maneira nos impacta a em vez de pensarmos "qual método usar" - que eu diria que é sempre o nosso questionamento a cada vez que nos deparamos com a realidade de uma nova turma - pensarmos em "como usar e quais serão os efeitos". Na nossa formação, complementada pelo Pibid, felizmente, estamos tendo esse aprendizado em relação a refletir (está aqui uma oportunidade) sobre o que usar, o que se diferencia, muitas vezes, da formação que vários/as docentes tiveram em tempos remotos, a meu ver, a qual reforçava só um método para os/as então licenciando/as.
ResponderExcluirTodo o poder de manipular ou influenciar alguém parte da língua. É por meio da língua que as relações de poder, que as relações de desigualdades… isto é, tudo se constrói por meio da língua, mas é também por meio dela que se descontrói. Nas cenas do auditório o professor me lembrou bastante os lançamentos do iPhone por Steve Jobs. A capacidade de Jobs conceder ao público o que o público queria tornou a Apple referência no segmento da tecnologia (até uma espécie de ditadura consumista, diria) assim foi com o professor de A Onda. Ele deu o que aqueles/as estudantes desejavam, que era uma aula metodicamente diferente (visível quando alguns/mas alunos/as deixaram a aula do professor de anarquia de lado).
Assim também é a política brasileira e a sua democracia representativa. Esta se torna frágil a partir do momento que a maioria, sim, a maioria dos candidatos, se utilizando do poder de persuasão através da língua, oferece ao povo o que o povo deseja: novas promessas baseadas em imediatismo, dinheiro em troca de voto, enfim, são inúmeros fatores. Concluo que a fragilidade de uma democracia, o sucesso de um método, um fracasso de uma relação, etc. se concentra, majoritariamente, no que falamos e como falamos, não é à toa que tanto Hitler, Bolsonaro quanto Martin Luther King, Jr. e Lula tinham milhares de pessoas em seus discursos. Enfim, A Onda é um filme, como Thiago e outros/as colegas também relataram, que me deixou com fortes dificuldades de raciocínio para escrever o que aqui escrevi.
Esse artigo sobre consciência e inconsciência no nazismo vale super a pena ser lido: https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=http://www.scielo.br/pdf/pg/n15/a11n15.pdf&ved=2ahUKEwitgszv4OXkAhXrHbkGHY1wCWkQFjACegQIBBAB&usg=AOvVaw0NIlK6zL2TqbTwssz8JAXf&cshid=1569201433685
ExcluirBolsista: Reyles Lima
ResponderExcluirA princípio o filme "A onda", baseado em fatos reais, do qual professor Ron Jones realizou essa experiência em uma escola de ensino médio no EUA. Já a simulação idealizada no longa pelo professor foram audaciosas,e um tanto polêmica, quanto a trabalhar o coletivismo e instigar nos seus alunos o não individualismo, porém quando ele se intitula Senhor ou FÜHRER, desde esse momento causou-me tanto motivação em assistir ao filme na íntegra, quanto fez-me questionar se aquelas atitudes seria benéfica ao grupo! E, o que essas tais atitudes demonstra ou vem a mostrar em cada um de nós, professores em formação? Fêz-me uma reflexão acerca de como podemos ifluenciarmos tanto positivamente, quanto negativamente,
e, se fizemos escolhas errôneas seremos os culpados por isso!
Vejam que a simulação, segundo no filme que deveria ser exemplo, fugiu do controle e tomou proporções inadequadas, levando os integrantes do movimento se autodenominarem gigantes como uma onda, arrastando tudo a sua frente, chegando ao ponto de excluírem que não concordasse com tais padrões criado pelo grupo.
Vale ressaltar que, o professor limitou -se a fazer uma experiência, e sem medir as consequências, iniciou seu discurso persuasivo e o fez conquistar a extrema confiança e admiração daqueles que ainda não tinham uma opinião formada sobre o assunto, mas que isso levaram a acreditar que a simulação seria verídica, adotando-os um estilo de vida baseado nos ideias do seu líder! Portanto, muitos indivíduos sentem -se compelidos fazer quaisquer coisas por reconhecimento!
No filme há uma crítica social em torno da autocracia e também ao facismo: da forma como uma pessoa influente pode fazer com que outras conspirem ao seu favor, apenas com o poder da persuasão!
Parabéns pelas palavras, Reyles! Me traduziu o filme de maneira objetiva e me tapou brechas que à primeira vista não foram percebidas, talvez pelo filme ser forte!
ExcluirObrigada Lucas!
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ResponderExcluirLogo a princípio quero dizer que o filme é muito chocante e que desde o início tive a leve impressão que seria uma péssima experiência com esse método experimental e behaviorista. O ponto ápice para mim nesse filme é que uma metodologia pode destruir e causar distúrbio na vida social dos nossos alunos, ao ponto de um aluno chegar ao extremo e tirar sua própria vida.
ResponderExcluirTudo isso nos alerta para termos o cuidado de “o que? ” e “como?” devemos transmitir e trocar ideias e informações em sala. Pois nem sempre os alunos têm capacidade de debater e vivenciar certos temas.
Esse filme (A Onda) me trouxe também o atual cenário político brasileiro, onde o pensar diferente é errado e não se encaixa, é excluído e reprimido (isso tudo se não apoiar o atual governo). É extremismo em todas as formas de fala e ele é encarado como uma solução para o sistema para “alguns”. Infelizmente a cultura fascista se disfarça de boa e que possui solução quando na verdade as consequências são outras.
Claramente o filme retrata principalmente e de forma chocante, o poder do professor. Mostra a capacidade de influenciar, seja de forma positiva ou negativa nas ideologias e na vida de um aluno. E um exemplo claro foi o experimento do professor, acredito que com o intuito de tornar sua aula mais prática e interessante possível, fez com quem uma grande quantidade de pessoas em tão pouco tempo seguisse os seus ideais e o tivessem como um lider, utilizando o poder da linguagem, da persuasão. E isso é completamente atual!
ResponderExcluirIsso me leva a refletir sobre a nossa responsabilidade em sala de aula, o quando devemos ser cautelosos e cientes dessa responsabilidade.
Outra coisa que me chamou muito atenção foi a questão de inclusão. O aluno que cometeu suicidio, ver no movimento uma oportunidade de ser incluso na sociedade, e não somente escolar, tendo em vista que anteriormente ele se arriscou tanto na tentativa de fazer algo de grande "responsabilidade", como pintar a logo do movimento num ato de vandalismo.
bolsista: gabriel ricardo farias silva
ResponderExcluirantes de tudo, acho indispensável a ideia de trazer a discussão do filme a respeito do fascismo e de como ele é desenvolvido de forma silenciosa e astuta. (visto os tempos políticos atuais)
além disso, a forma como o filme trabalha o surgimento de regimes autocráticos no geral e de como ele atrela essa perspectiva à sala de aula é impecável: o professor (ciente do contexto histórico pelo qual a Alemanha foi submetida na época do nazismo) pergunta aos alunos quais seriam os possíveis motivos, ou melhor como seria um ambiente favorável para o surgimento de um possível regime autocrático e eles acabam citando: desemprego, fragilidade econômica, etc.
é chocante perceber como em apenas uma semana os membros da "onda" rejeitam qualquer resquício de direito individual para seguir as regras/ordens do líder, a situação de pertencimento à algum lugar também é fortemente evidenciada no filme, visto o desastre que ocorre no fim com o estudante que sente sua vida desestabilizada sem a participação no movimento e acaba cometendo suicídio.
Bolsista: Daniela Moreira da Silva
ResponderExcluirPrimeiro, quero dizer o quanto o filme me chocou pelos resultados do experimento do professor. E é mais chocante ainda saber que "A onda" foi baseada em uma história real. Acho que a ideia que ele quer passar é de como a metodologia utilizada em sala de aula precisa ser cautelosa dependendo do contexto do conteúdo que vai ser passado. A forma como o professor escolheu ensinar um assunto tão delicado acabou influenciando os alunos a agirem e incorporarem a ideologia de uma forma que fugiu do controle dele e acabou resultando na morte de alunos. Ele ressalta também sobre como as palavras e atitudes de um professor podem influenciar na vida de seus alunos (de forma positiva ou negativa), ou seja, existe uma grande responsabilidade no "ser professor", isso me lembra as discussões do PIBID a respeito de termos consciência e responsabilidade com o que fazemos em sala de aula, de levarmos em consideração os possíveis resultados de forma crítica e de como aquilo que ensinamos pode influenciar na sociedade e vida de nossos alunos.
Outro ponto que gostaria de destacar é como a alienação ao movimento aconteceu de forma silenciosa, percebi uma conexão entre A onda e a série The Handmaid's tale, na qual, a sociedade cai em uma ditadura, mas não percebem que ela já estava acontecendo a muito tempo e não conseguem encontrar um jeito de sair dela e a partir disso acabam aceitando e incorporando os valores impostos sem que percebessem também. É perigoso, principalmente levando em consideração que ambas se conectam com a situação da nossa sociedade brasileira atual.
Eu já havia assistido esse filme a um bom tempo atras, e foi até indicação de um professor meu. Achei muito interessante, pois foi algo que eu nunca tinha visto nessa proporção, quando temos em vista filmes que retratam a convivencia entre professor e aluno, muito dificilmente veremos algo tão chocante como a morte de alunos por causa da "influencia" de um docente, que acabou resultando em determinadas atitudes. Esse filme é importante, por mostrar uma realidade diferente e bastante provavel por diversos aspectos, e se relaciona com o que viemos discutindo nas reuniões do Pibid, trazendo um reflexão ao convivio professor e aluno.
ResponderExcluirEste realmente é um filme que desperta diversos questionamentos, tanto na esfera da educação quanto politica. É incrível como uma voz que tenha certo poder de autoridade pode mudar a visão das pessoas sobre o mundo, o professor tem esse poder diante dos alunos, ensinar é mais que um ato de transferência de conhecimentos, a uma troca de ideias, experiências e opiniões a partir dai sempre surgem ideologias que tocam os alunos e o professor tem que ter cuidado em relação a isso principalmente, apresentar ideias e instruir é diferente de ditar somente o que lhe convém e propagar ideais individualistas e injustos, como no caso do professor do filme. A maneira como os alunos ficam cegos em seus próprios atos por uma ideologia imposta pelo professor em sala de aula, mostram a fragilidade do sistema de ensino e como os alunos com a mente vazia são levados a acreditar cegamente no discurso que por muitas vezes é encorajador e forte, mas que nas suas verdadeira face é individualista e vai contra a democracia. A parte para mim mais impactante foi o discurso do professor na cena final, quando um aluno questiona toda aquela ideia que a onda impôs e os outros os pegaram a força, naquele momento que o professor quis dar um fim foi possível que eles parassem e vissem como estavam agindo e a que ponto chegaram, veio a tona o caminho real que eles estavam seguindo sem perceber cegos pelo fanatismo.
ResponderExcluirSamara Milena de Santana Barros - bolsista
ResponderExcluirÉ possível ver claramente no filme como uma ideologia pode ser implantada aos poucos, de forma que os envolvidos não enxerguem as consequências trazidas pela influência dela. Me chamou atenção o fato de um dos alunos responder uma pergunta do professor dizendo que a implantação de uma ditadura seria impossível, que as pessoas evoluíram, mas sutilmente, ele foi afogado pela onda e acabou imerso neste movimento.
Durante as aulas, os alunos rejeitaram a ideologia estudada, mas dentro de pouco tempo estavam formando uma comunidade com os mesmos ideais, sem nem mesmo perceber.
Isso me fez prestar ainda mais atenção aos impactos que nós, professores, podemos causar na vida dos alunos, muitas das vezes sem notar a proporção deles. No caso do filme, os fatos chocaram bastante, pois o final foi trágico. O movimento parecia estar chegando ao fim, quando acabou causando a morte de um aluno.