ROTEIRO PARA O FILME “NUNCA ME SONHARAM”



Poster do filme "Nunca Me Sonharam"
                                              
           
1) O filme é um documentário brasileiro. No seu cartaz de anúncio, está dito: “Os desafios do presente, as expectativas para o futuro e os sonhos de quem vive a realidade do Ensino Médio nas escolas públicas do Brasil. Na voz de estudantes, gestores, professores e especialistas, ‘Nunca me sonharam’ reflete sobre o valor da educação.” Pensando no título do filme e nesse resumo apresentado, reflita antes de assistir, sobre o que o conteúdo mobiliza em você. O que você pensa a respeito do tema apresentado? Assista ao trailer nesse percurso.


2) Após assistir ao filme:
a) Reflita sobre o que você sentiu durante o filme.
b) Busque estabelecer conexões entre o que você viu no documentário e as experiências já vivenciadas nas escolas que visitamos como parte das ações do Pibid.
c) Pense sobre como o filme e suas vivências ao longo do Pibid se conectam e que ações ou projetos você acha que podem ser desenvolvidos na escola de forma a contribuir para a educação pública.
d) Estabeleça uma relação entre os aspectos abordados no filme e as leituras realizadas no Pibid. Dialogam? De que maneira?
Ao final dessa reflexões, elabore um texto e poste no blog.

85 comentários:

  1. 1)O título “Nunca me sonharam” me parece, aliado a breve descrição, se referir a maneira como a educação, talvez, nunca tenha sido planejada no Brasil, nunca a tenham sonhando como algo importante, indispensável, digno de nossa atenção. Penso que qualquer reflexão como a que está sendo feita, as que foram e as que serão, sobre a educação é de extrema validade, especialmente quando, como diz a descrição do documentário, quem faz a educação, quem participa dela, tem voz para não apenas compartilhar suas experiências, como também para discutir suas expectativas para o futuro, do que se fazer para melhorar. Infelizmente, de modo geral, parece que a liquidez da sociedade moderna nos impede de refletir mais propositivamente, mas devemos seguir nos esforçando, principalmente no ambiente escolar, a refletir, lutar contra a ignorância sistêmica que nos é imposta.

    2.
    a) Não sei para quantos discentes o efeito será o mesmo, mas eu chorei durante boa parte do documentário. Há tantas histórias ali, histórias que são como as nossas, de nossos conhecidos. Especialmente para mim, que venho de uma família onde tivemos de esperar muitas gerações para ter membros formados no Ensino Superior e que temos a cada dia mais, me é muito caro falar sobre experiências como as que foram relatadas no filme. Fui aluno de escola pública durante quase toda vida (sexto ano do fundamental até completar o ensino médio, sempre na mesma escola e vivenciando diariamente situações das mais díspares possíveis); moro em uma comunidade pobre, periférica, onde não se há a noção de importância da educação (sistêmico, não é culpa do povo); meus pais são separados e nunca tiveram a oportunidade de, de fato, poderem estudar, pois desde cedo tiveram de trabalhar para ajudar suas respectivas famílias. E, assim como eles, em dado momento, senti a obrigação de trabalhar (logo aos dezesseis) e desde então eu continuo trabalhando, porque não há, para pessoas como nós, outra opção senão a de se dedicar a algo que nos dê algum retorno financeiro para que não passemos dificuldade, porque a prioridade do pobre é colocar comida na mesa e sobreviver. Contudo, alguns professores me fizeram desde cedo apreciar a educação, que é para mim, simplesmente, uma das coisas mais valiosas da existência humana (como uma garota disse no documentário: “A única coisa que não podem nos tirar”). Não é fácil, como o documentário apresenta, deixar um garoto pobre e favelado sonhar, na verdade, há uma repressão (sistemática) a esses sonhos; uma determinação do que nós devemos ser, até onde podemos ir. E, a estrutura da sociedade, parece estar constituída para que isso aconteça, para que nossos sonhos sejam reprimidos. Alguns jovens (a cada dia mais) encontram professores que plantam a semente do sonhar, da possibilidade, do “e se”. Não tenho certeza de como começou para mim, tenho mais de uma versão para quando preciso explicar, mas, para mim, sonhar sempre foi sobre ler (que não sei desde de quando é maneira de fugir, atualmente nem tanto, e de compreender, ou ao menos tentar, a realidade. Talvez minhas palavras a seguir sejam os maiores clichês da vida (entre os maiores, com certeza), mas “professores são heróis” e “a educação é o melhor caminho de libertação” são minhas verdade platônicas.

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    1. b) Em toda escola que fomos, e em qualquer uma que possamos ir um dia, estaremos sempre nos deparando com sonhos. As pessoas têm sonhos, é o que dá sentido à nossa existência. Acredito que a relação mais sincera que posso estabelecer entre o documentário e as escolas que visitamos, é sobre lidar com sonhos, com os que as pessoas querem, acreditam e podem fazer, e devemos, como professores, não apenas respeitar, mas sermos os degraus da escada que os fará alcançar esses sonhos. Estamos todos aqui por causa de professores, alguns mais, outros menos, mas, de alguma forma, por mais que se fale de meritocracia, da nossa capacidade própria, não somos nada sozinhos, sem professores, sem colegas, sem pessoas que nos ajudem, nos guiem, acreditem em nós, nos digam que é possível, como muitos professores me disseram durante toda minha vida quando lhes falei dos meus sonhos (que estiveram sempre mudando, mas sempre foram os mais legítimos). Como observador, sempre reparei como em certas interações o respeito do aluno aos seus professores ficam claras. E isso é tudo, porque o aluno só irá respeitar o professor que o respeite e devemos, acima de tudo, respeitar nossos alunos, seus sonhos e desejos, suas escolhas e os guiá-los.

      c) A cada dia que passa, penso mais sobre que tipo de professor quero ser, e também penso que essa reflexão deve ser, a partir de agora, para toda vida. Quando vemos tantos projetos, ações de professores que salvaram vidas, que formaram cidadãos, é um estímulo a mais para continuar. Penso que quanto mais nós, professores, estivermos abertos a ouvir o que os alunos desejam, mais chances teremos de ser efetivos em nossas propostas. Então, apesar das minhas ideias de usar filmes, literatura, música, poesia, arte de modo geral, multimodalidade (qualquer coisa que seja) de forma a melhorar o ensino público, o que, de fato, vou fazer é perguntar: “O que vocês, alunos, sempre quiseram ver ou fazer durante as aulas de inglês e que nunca viram? Como vocês acham que podemos fazer melhores, mais interessantes, mais práticas e com sentido nossas aulas de inglês?”. A partir daí, com a opinião e vontade deles, trabalharei para fazer a melhoras que eu puder; porque, afinal, a escola é deles, a aula é deles, não é sobre o que eu quero fazer, mas sim sobre o que eles querem que eu faça para ajudá-los.

      d) Durante nossas leituras, conhecemos uma miríade de propostas e teorias de melhora, mas, sempre tive a impressão, de que havia um esforço por tentar atender o aluno de melhor forma, de fazer aulas mais propositivas, em relação aos desejos da classe. A conexão entre nossas leituras e o documentário, me parece, é que todos buscam horizontalizar a sala de aula, dar voz aos alunos, ouvi-los, fazê-los agentes de mudança da sua própria realidade (a autonomia que Paulo Freire tanto nos avisou), que sejam ouvidos (o que já acontece muito, graças a professores heróis, mas que podem e devem acontecer ainda mais).


      (PS.: Não sei se lerão isso, mas, FELIZ DIA DO PROFESSOR para nossas coordenadoras de área e nossos supervisores, e também a nós, discentes, futuros e já atuais, de certa forma, professores. Agradecimento especial (e público, porque é merecido) ao Professor Édipo e Professora Ana Lúcia (especial a eles pois foram meus professores), que sempre estiveram durante as aulas (ou não) para tirar dúvidas e sempre me ajudaram muito. Vocês (e todos os demais Professores, são heróis. Desculpe pelo atraso e por, talvez, ser prolixo. Novamente, Feliz dia dos professores!)

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    2. Sua visão do filme foi semelhante à minha, Matheus. Tive esse sentimento de "me enchergar" nas realidades retratadas no documentário, inclusive, também chorei em muitos momentos. Também vivi rodeada por essas dificuldades (fossem de forma direta ou indireta), e raramente alguém me estendeu a mão e acreditou em mim ou em muitos dos meus colegas. Raramente alguém "me sonhou".
      O resultado disso foi a desistência de sonhos, mas que bom que não desistimos, nosso dever agora é fazer com que nosso futuros alunos também não desistam. Obrigada por compartilhar sua história, Matheus!

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    3. Obrigado por ler minha história, Rita. Obrigado também por comentá-la. E, sim, concordo, daqui pra frente é nosso dever fazê-los sonhar!

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  2. Bolsista: Natan Marques dos Santos

    1. O título do filme e o resumo mostram que muitas vezes um aluno não terá como escolher o que deseja ser lá para frente, pois os problemas sociais, regionais, raciais e economicos irão afetar seu futuro.

    2. a) O filme mostra estudantes que sonham em ingressar no ensino superior. É muito emocionante ver o esforço de cada um, mas, é muito triste também saber que muitas vezes esse esforço pode ser engolido pelos problemas sociais, raciais e econômicos.

    b) A conexão que faço é que tanto nas escolas do filmes quanto nas escolas que visitamos, podemos observar que o espaço escolar é um mundo de diversas faces: pessoas com variadas histórias de vida. Vimos também que a escola pode ser um refúgio para jovens que vivem em áreas comandadas pelo crime organizado. Tive a oportunidade de presenciar o esforço de alunos que saem de manhã cedo para estudarem.

    c) Alguns participantes do filme cometem o mesmo erro de sempre, dizendo que precisamos investir em educação, pois, os países de primeiro mundo fazem isso. Vamos esclarecer alguns pontos. Você sabia que o Brasil tira do seu PIB 5,5% para educação enquanto a Alemanha tira 4%? Pois é! Mas, você sabia que a Alemanha gasta cerca de US$ 10,8 mil por aluno enquanto o Brasil gasta cerca de US$ 3,8 mil? (Fonte: https://politica.estadao.com.br/blogs/eleicao-mais-educacao/brasil-investe-porcentagem-alta-do-pib-em-educacao-mas-pouco-por-aluno-diz-ocde/). A minha pergunta é: precisamos investir em educação ou em indivíduos? Como foi dito no filme: "A educação não muda o mundo, educação muda as pessoas e as pessoas mudam o mundo."

    d) Podemos relacionar o filme com a abordagem de Paulo Freire, onde ele defende que a educação deve em primeiro lugar formar cidadãos críticos. Sendo assim, podemos consertar o erro do Estado Brasileiro em investir na educação, deixando os alunos como agentes passivos desse processo. Precisamos investir nas pessoas particularmente, ou seja, tornando elas agentes ativos.

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    1. Interessante a sua posição sobre os investimentos, Natan! Como seria esse investimento nas pessoas particularmente, como você escreveu no item d?

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    2. Como foi citado na matéria do Estadão: "Esse investimento por aluno (3,8 mil) inclui salário de professores, construção e manutenção de escolas, livros, merenda, entre outros itens essenciais para a educação." Ou seja, o Estado deveria aumentar o investimento para 9,4 mil por aluno. Essa é a média da OCDE. É claro que isso não iria acontecer da noite para o dia. O governo precisaria transformar isso num projeto de país.

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    3. Fonte: https://politica.estadao.com.br/blogs/eleicao-mais-educacao/brasil-investe-porcentagem-alta-do-pib-em-educacao-mas-pouco-por-aluno-diz-ocde/

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    4. Suzan, veja essas duas matérias sobre o custo dos alunos em colégios militares:

      - https://politica.estadao.com.br/noticias/eleicoes,estudantes-de-colegio-militar-custam-tres-vezes-mais-ao-pais,70002473230

      - https://oglobo.globo.com/sociedade/educacao/militares-se-destacam-no-ensino-estao-no-topo-do-ranking-do-ideb-6177638

      Muita gente acha que os colégios militares são bons pelo fato de serem militares. Isso é um mito. Os colégios militares são bons porque os estudantes custam três vezes mais que os alunos das escolas públicas.

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    5. Obrigada por compartilhar essas informações, Natan. Para mim, o mais interessante é que os alunos das escolas militares se destacam não só por causa da disciplina exigida, mas também pelo investimento em esportes, artes, cultura, dentre outros. Essa também é a proposta da educação integral, mas para que isso seja possível, as escolas brasileiras precisam de investimentos e reformas para que se tornem ambientes dignos de acolher os alunos em tempo integral.

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  3. Bolsista: Denis Almeida de Souza

    1) R= Eles "Nunca me sonharam", eu me identifico com esse título. Sempre fui muito pobre, não tinha casa, não tinha televisão, não tinha calça e tênis para ir para escola. "Eles" me excluíram da escola ainda no ensino fundamental por eu não poder comprar um tênis e uma calça para vestir para poder entrar na "escola". "Nunca me sonharam" me formando em professor de História. A oportunidade de voltar a estudar veio anos depois com o "Pro-Jovem" que me permitiu entrar no ensino médio e regressar ao Colégio Estadual pres. Juscelino Kubitschek, lá me deparei com a realidade do ensino médio como aluno. Os alunos tem os seus sonhos esmagados é no ensino médio, quando somos crianças sonhamos com diversas profissões, mas no ensino médio quando se pergunta: Em que você quer trabalhar? Os alunos respondiam: "Só quero terminar o ensino médio para poder trabalhar no Gbarbosa ou colocar currículo nas fábricas!" Os professores sofrem com os problemas de infraestrutura das escolas que trabalham, com a falta de recursos para estimularem os alunos a estudar, com sua própria desvalorização, com violência e ameaças de alunos e pais de alunos, com a evasão escolar provocada pela gravidez de jovens, quando não para as drogas ou em outros casos os alunos deixam a escola porque precisam trabalhar para sustentar a família ou ao menos contribuir de alguma forma com a renda familiar. A educação do Brasil não foi feita pensando nos jovens, foi feita pensando no interesse dos grandes empresários que desejam obter "mão-de-obra" barata. O novo ensino médio é um exemplo disso! Se com as condições atuais de infraestrutura não conseguimos manter os alunos nas escolas, como vamos conseguir implantar o ensino integral?

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    1. Dênis, sua história é muito interessante. Parabéns por você nunca desistir dos seus sonhos. Gostei muito quando você citou que os alunos só querem terminar o EM para poderem trabalhar no GBarbosa. Esse é o exemplo de aluno que infelizmente foi engolido pelo sistema e se tornou vítima da corrupção do Estado. Muitos professores também não se sentem realizados na sala de aula devido à desvalorização.

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    2. Também gostei bastante do seu depoimento, Dênis! Parabéns pela superação dos desafios. A sua história, assim como as dos jovens do documentário, me inspira.

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    3. Obrigado Natan e Susan pelos seus comentários! Eu agradeço a Deus pela oportunidade de participar do PIBID com jovens tão conscientes e esforçados como vocês.

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    4. Muito motivante sua história Dênis, muito interessante no último parágrafo quando você diz que a educação brasileira não é pensada nos jovens e sim nos interesses dos grandes empresários, me fez lembrar do livro que lemos de Paulo Freire onde ele cita a educação bancária que tem essa mesma finalidade de mecanização do ensino para obter futuras "mãos-de-obra".

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    5. Muito bem observado Gabi, minha intenção era lembrar a Educação Bancária, mas eu já estava no limite dos caracteres.

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    6. Que história linda e inspiradora, Dênis! Obrigada por compartilhar.

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  4. Bolsista: Denis Almeida de Souza

    2) a)R= No que diz respeito a conhecimento, não creio que me acrescentou muita coisa, porque essa realidade e de certa forma vivo essa realidade. Eu já conheço e até posso indicar documentários à respeito como: "Pro Dia Nascer Feliz" por exemplo, mas eu me identifiquei com a realidade de alguns. Eu não quero me gabar, mas acredito que tenho aptidões para fazer muitas coisas. Mas sempre fui limitado por minha condição financeira e por ser obeso. Meu currículo é bom e levei anos para fazê-lo ficar bom, mas quando chega as entrevistas eles olham para minha aparência. Gosto de música, de artes, história de estudar idiomas e muito do que sei aprendi por conta própria. A muito "poderia ser" e "queria fazer" no ensino médio, mas a realidade te impede de alcançar os seus sonhos. Você é forçado a "moldar" um futuro baseando em sua realidade e condições financeiras. Esse é um desafio que enfrento todos os dias e esses jovens do filme e todos do país vão ter que enfrentar também. Traçar metas e ter sonhos não quer dizer que você vai realizá-los, mas cada tentativa e experiência vai lhe permitir "moldar" possibilidades de um futuro melhor.

    b) R= O problema principal da educação brasileira que o jovem é posto em uma situação em que ele se vê obrigado a estudar, não porque ele quer ou precisa, mas porque a sociedade e a lei diz que ele tem estudar. O mesmo que acontece com o voto, eles dizem que "vivemos em um país democrático" mas você é obrigado "exercer o seu direito ao voto" senão haverão "consequências". O jovem não tem voz própria e é sempre subestimado por aqueles que estão no poder. Nas escolas que visitamos vimos alunos que estudavam em escolas bem mais estruturadas que outras, assim como no filme, vimos alunos que estão estudando por que querem e porque se sentem obrigados. Vimos realidades e "juventudes" diferentes. Alguns vêem a escola como um lugar para se reunir com seus amigos, outros como ponto de encontro, outros como um lugar onde ele poder ser ele mesmo ou não. A escolas que se dizem preparadas para o ensino integral, mas ao se olhar o espaço vemos que nem tudo é tão "ideal" como deveria.

    c) R= Eu acredito no valor da troca de ideias, mas implantar essas ideias é outra coisa. Existem teorias e teses, mas nem sempre podem ser postas em prática devido a realidade do aluno e da escola. Mas eu acredito que importante proporcionar ao graduando a experiência de vivenciar essa realidade e elaborar planos de aulas e até projetos para construir um educação melhor.

    d) R= Sim dialogam. Os textos expõem um pouco ou em parte essa realidade. Eu acho que a oportunidade é melhor quando se entra em contato com essa realidade. A pedagogia da autonomia de Paulo Freire entra de acordo com a parte do filme que fala da importância de dar voz ao jovens, da pluralidade das juventudes e da necessidade de deixar essa juventude construir o futuro. A distinção de oportunidades que são dadas aos que tem mais e são quase nula aos que não tem. No documentário "Pro dia nascer Feliz" isso fica mais claro do que nesse em questão.

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    1. "Traçar metas e ter sonhos não quer dizer que você vai realizá-los, mas cada tentativa e experiência vai lhe permitir "moldar" possibilidades de um futuro melhor." Essa sua frase é uma realidade e é ao mesmo tempo, um pensamento de esperança! Talvez não realizaremos alguns sonhos e metas que criamos, porém, a cada nova tentativa e experiência adquirida temos a possibilidade de avançar e sonhar novos sonhos, com a esperança de que um futuro melhor nos espera!

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  5. Ao refletir sobre o título, a descrição e o trailer do documentário, tive a impressão de que "Nunca me sonharam" reflete os milhares de sonhos perdidos pela falta de oportunidades. O documentário denuncia a falha do sistema educacional, que, com esse "ensino bancário", não consegue preparar o aluno para o mercado de trabalho nem para a vida e, na maioria das vezes, não oferece condições para que ele ingresse no Ensino Superior. Denuncia também o despreparo da escola para enfrentar problemas como a pobreza extrema, drogas e gravidez precoce, responsáveis pelos altos índices de evasão. Boa parte da juventude brasileira não tem perspectiva de um futuro melhor e não encontra na escola motivação para mudar isso. Só a educação tem o poder de transformar essa realidade, mas é necessário que haja investimento e mudança.
    Ao assistir o documentário, eu senti o impacto da condição daqueles jovens sobre mim. Senti que sou, ao mesmo tempo, parte disso, como discente, e, como futura docente, comissionada a mudar essa situação. Quando visitamos os colégios para as reuniões do Pibid, não pude deixar de refletir sobre a responsabilidade que está em nossas mãos, afinal, como o filme destacou, não são apenas alunos, são vidas, histórias, aspirações. Pude perceber também uma curiosidade no olhar dos alunos. Alguns chegaram até a perguntar o motivo de estarmos ali. Essa curiosidade é fundamental no processo de aprendizagem. Eles estão abertos às novidades e isso os motiva a aprender. As nossas escolas e, acima de tudo, os nossos alunos precisam de um renovo na educação. Pude notar essa necessidade também nos jovens que deram depoimentos no documentário. Um dos professores comentou: "Não existe ninguém na sala de aula que não queira nada". Eles gostariam de ter um futuro melhor, mas a falta de perspectiva, de incentivo, valorização, investimento e recursos os desmotiva. Além disso, a grande maioria precisa lutar contra a marginalidade, as drogas, a pobreza e a violência para continuar estudando e a escola não está preparada para lidar com isso.
    Em contrapartida, o documentário também mostrou algumas escolas que desenvolvem projetos baseados nos interesses dos alunos, incentivando e valorizando seus conhecimentos e talentos artísticos. Temos no Pibid exemplos de escolas com essas iniciativas. Na última reunião tivemos a apresentação da Feira das Eletivas, que reúne disciplinas criativas envolvendo as mais diversas áreas do conhecimento para que os estudantes possam escolher das quais desejam participar. Projetos como esses deveriam ser adotados em todas as escolas, pois contribuem para a construção de uma escola mais humanizada, mais próxima da realidade e que prioriza as aspirações dos alunos. "Escola Educa Mais", da SEED, uma das leituras do Pibid, trata exatamente disso, mostrando o modelo de educação integral que inclui projetos e disciplinas eletivas, visando uma educação que vai além da simples absorção de conhecimentos. Nesse material há uma citação de Rubem Alves: "Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas.". Acredito que as escolas que são asas são aquelas que encorajam seus alunos a sonhar e acreditam no potencial que eles têm para transformar esses sonhos em realidade.

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    1. Oi Suzan!

      Adoro essa citação de Rubem Alves! Também concordo com você em relação aos projetos e disciplinas eletivas do ensino integral, achei bem interessante o que pude ver na Feira das Eletivas e acho que seria bem proveitoso para os alunos se as escolas (mesmo as regulares) aderissem a essa ideia, mas como comentado acima, com o mínimo de estrutura para tal.

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    2. Olá SUZAN, compartilho também a respeito da sua opinião sobre o nosso papel dentro da sala de aula. Nossa responsabilidade é gigantesca, e que bom que estamos nos tornando uma geração de professores mais sensíveis e preocupados (assim espero). Acho que o caminho da mudança está aí.

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    3. Obrigada pelos comentários, Silmara e Irving! A situação da educação no nosso país precisa mudar, tanto em relação à estrutura das escolas quanto em relação à qualidade do ensino. Fico feliz que essa mudança já tenha começado a se manifestar em nós.

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  6. Ao observamos o título e o resumo do documentário "Nunca Me Sonharam", antes mesmo de assistir, inferimos que o filme trabalhará situações do Ensino Médio, abordando seus aspectos positivos e negativos e buscando, de alguma maneira, melhorar a educação pública.
    O filme nos estimula a fazer parte da mudança da educação pública brasileira, pois ao nos depararmos com as questões abordadas no longa nos sentimos no dever de criar projetos que aprimorem a educação uma vez que seremos professores.
    Além disso, podemos ver que tanto problemas quanto coisas positivas que estão presentes no filme fazem parte da realidade das escolas envolvidas no PIBID.
    com isso, faz-se necessário que elaboremos ações que trabalhem o aluno como protagonista da aula, compreendendo, respeitando suas experiências e buscando aprimorar e/ou estimular a educação pública brasileira.

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    1. Gratificante ver sua posição e enxergar como a educação pode ser transformada. Porém, ao sentirmos "na pele" as realidades de nossos alunos e as comunidades em que estão inseridos, cresce uma força para mudar (ou tentar mudar) o todo. Sabemos que isso não é possível por apenas um professor e um aluno, mas que tal mudarmos a vida de um ou mais e assim criar um efeito e com novas práticas consigamos atingir uma maior parte?
      As ações que tornam o aluno protagonista de sua própria mudança, como disse, é parte de nosso trabalho e podemos mostra-los que isso pode ir além da sala de aula.

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    2. Olá Oliver!

      Agradeço esse seu comentário sobre ter força para mudar o todo a partir da realidade presenciada, pois uma das minhas maiores preocupações quando decidi me tornar professora foi justamente o de não ter força para lidar com tudo isso ao me deparar com essa realidade (e ainda estou me preparando psicologicamente para isso!). Mas um dos meus principais desejos também era (e continua sendo) o de ajudar a transformar a educação, então espero conseguir crescer essa força dentro de mim! :)

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  7. Bolsista Gabrielle Costa

    1- O filme parece mostrar o lado dos alunos na escola, suas realidades dentro e fora da sala
    de aula, suas percepções sobre o mundo e sobretudo seus desejos e expectativas para o futuro.
    O título "Nunca me sonharam" me fez pensar nas dificuldades sofridas nas escolas públicas,
    o quanto é difícil sonhar em meio a uma realidade que muitas vezes lhe obriga ao contrário,
    muitos sonhos são jogados de lado por motivos maiores, ter que abrir mão dos estudos para
    trabalhar é uma realidade de muitos que não tem condições de se manter direito. E essa vida
    limita seus pensamentos e impede os alunos a se verem num futuro melhor, diferente, onde
    eles possam sonhar e perceber que esses sonhos que são colocados distantes deles não são
    impossíveis.

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  8. BOLSISTA: MILENA SANTANA COSTA


    1)Acredito que relata a luta que é para um estudante de escola pública vencer os desafios diários, como também a falta de investimento na educação por parte do governo. A falta de perspectiva por parte dos próprios alunos ou da família.
    A)O filme é incrível, não desprendi a atenção em momento algum e me fez refletir sobre as minhas experiências no ensino médio, que foi também em uma escola pública. Ouvir o relato desses jovens me trouxe uma análise de tudo o que superei e como agora estou aqui no caminho para contribuir na mudança da educação de acordo com o que vivenciei no passado e o que ainda irei vivenciar.
    B)Pelo que vi nas visitas as escolas percebi que essa realidade acontece em várias instituições públicas e fazendo essa junção do documentário com as escolas está bem claro para nós quais são os problemas ocorridos e o porquê eles acontecem.
    C)Acredito que para desenvolver atividades preciso ter mais contato com os alunos e a instituição para pensar em ideias de como tornar mais interessante o espaço do aprendizado.
    D)Dialogam sim, já que ambos tartam de problemas que ocorrem na área da educação e nos traz uma reflexão profunda de como posso fazer algo para melhorá-la.

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  9. Bolsista: JULIANA MARIA DE SOUSA

    a) Reflita sobre o que você sentiu durante o filme.

    O filme conta as experiências dos jovens que estão no Ensino Médio e mostra bastante da realidade preocupante quanto a desigualdade social e o sistema de ensino no Brasil. Eu senti uma certa tristeza por ver todo esse contexto retratado no documentário. Eu já passei por muitas escolas e vivenciei tudo isso, então senti o impacto das histórias. Senti que é um documentário necessário e que retrata muito bem as dificuldades na educação brasileira, tanto desses jovens oriundos dos mais diversos lugares como o próprio sistema, a falta de investimentos do governo, infraestrutura, etc.

    b) Busque estabelecer conexões entre o que você viu no documentário e as experiências já vivenciadas nas escolas que visitamos como parte das ações do Pibid.

    A conexão que fiz com o documentário e as escolas por onde passamos (até mesmo minhas memórias da minha época escolar) é a questão da heterogeneidade. Cada aluno é único e cada um carrega dentro de si seus sonhos e visões de futuro, porém, muitos se desmotivam a perseguir esses sonhos justamente por esse cenário de total descaso com a escola. Não temos as melhores infraestruturas, falta material, falta espaço, às vezes, falta até a merenda (que é o incentivo de muitos jovens que vem de periferias e outras regiões de extrema pobreza) e isso é algo muito triste. Acredito que como futuros professores, teremos que saber trabalhar em meio a esse cenário difícil e trabalhar duro para conseguir manter esses jovens na escola, dar uma esperança a eles e mostrar que apesar de todas as dificuldades que nos deparamos atualmente, a educação é o que liberta e dá possibilidade de construir novos caminhos.

    c) Pense sobre como o filme e suas vivências ao longo do Pibid se conectam e que ações ou projetos você acha que podem ser desenvolvidos na escola de forma a contribuir para a educação pública.

    Acredito que podemos utilizar o uso de mídias para conquistar esses jovens. Vivemos atualmente na era da tecnologia e o inglês já está inserido nisso, então, por que não unir o útil ao agradável? Claro que algumas escolas não possibilitam ou possuem esse tipo de suporte para trabalhar com isso, mas já que estamos todos conectados o tempo todo, acredito que este seria um caminho para maior aproximação com os alunos e através dessa ferramenta, trabalhar a língua e aguçar o pensamento crítico dos alunos abordando temas atuais da nossa sociedade.

    d) Estabeleça uma relação entre os aspectos abordados no filme e as leituras realizadas no Pibid. Dialogam? De que maneira?

    Sim, existe uma conexão entre os textos, o documentário e até mesmo com o vídeo da canção “Stand By Me” de Ben E. King, exibido em um dos primeiros encontros que tivemos na UFS. Acredito que é nosso papel como futuros professores, tentar o máximo mudar esse cenário, obviamente que não temos todo esse poder para mudar tudo, mas é como disseram no documentário ‘A educação não muda o mundo, educação muda as pessoas e as pessoas mudam o mundo”. Ou seja, temos que nos aproximar desses jovens, ainda que sejamos um professor apenas para uma sala de 30 ou 40 alunos, se conseguirmos plantar a esperança de um futuro melhor por meio dos estudos, se conseguirmos conquista-los, mostrar para eles o quão longe podem chegar e despertar neles essa vontade de ir além dos muros escolares, então já estaremos cumprindo parte de nosso dever.

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    1. Olá ,Juliana! Gostei muito da sua resposta. Eu também senti essa relação com a música "Stand by me", e essa frase " A educação não muda o mundo, educação muda as pessoas e as pessoas mudam o mundo" citada por um dos alunos mostra o quão é importante termos acesso a educação e que é um direito de todos,somente dessa forma é possível construirmos um futuro melhor.

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  10. O título “Nunca Me Sonharam” me leva a pensar em tantos sonhos deixados para trás, ou nem se quer almejados, por falta de incentivo, e ao assistir, pude ver uma juventude oprimida, desacreditada e desvalorizada. Vi o filme como uma crítica à educação brasileira, e as dificuldades enfrentadas nesse âmbito são muito mais complexas do que pensamos, retrata o quanto é difícil manter os jovens na escola, com tão poucas condições. No documentário, uma jovem diz: “dizem que os jovens são o futuro da pátria, mas o que ele estão fazendo para melhorar o nosso o futuro?”, o problema é que não é só uma questão de descaso do nosso governo para com os envolvidos na educação. Trata-se também de questões humanas, pessoais e individuais; é a pobreza, a falta de oportunidade, de incentivo e a própria desvalorização do aluno. Como manter um aluno na escola, quando existem tantos problemas ao seu redor? Sem falar do sistema de ensino em que são inseridos, um conhecimento que é passado de forma mecânica e fragmentada, muitas vezes num ambiente nada atrativo.
    O sentimento que tive ao assistir o documentário foi de tristeza, e como disse num comentário anterior, me emocionei em diversos momentos. Me emocionei pois me vi naquelas situações; no passado, onde raramente alguém “me sonhou”; e no futuro, me imaginando, agora na posição de professora, e em parte, responsável pelos sonhos dos meus alunos.
    Um professor citou : “o rendimento está ligado diretamente à gestão”. E eu pude ver que a mudança também é responsabilidade nossa, e que o professor tem que ser motivado e preparado para isso. Como existirão mudanças se nós, enquanto futuros professores, não formos preparados para isso? Esse trabalho de motivação e preparação está sendo feito em nós através do PIBID. A oportunidade que nós temos de conhecer aquilo que nos espera no futuro, e de ser orientados para exercer com maestria o nosso trabalho, é de muita importância, é engrandecedor!
    A relação entre nossas leituras até agora, e o documentário, me parecem ter um objetivo comum, que é buscar despertar o senso crítico dos alunos, fazer com eles tenham voz, os tornando protagonistas dos seus próprios sonhos. Sabemos que a educação é o único meio de se chegar em algum lugar digno, e sabemos também que não podemos mudar o mundo sozinhos, mas através da educação, juntos nós podemos muita coisa!
    Gostaria de dizer que esse filme mecheu muito comigo, e me fez perceber que eu quero fazer parte dessa mudança, eu quero sonhar os sonhos dos meus futuros alunos.
    Finalizo recordando a fala de um jovem no documentário: “A educação não muda o mundo, a educação muda as pessoas e as pessoas mudam o mundo”.

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    1. Olá, Rita! Realço o que você disse a respeito do preparo que incumbe aos docente ter para lidar com realidade do sistema educacional em nosso país bem como com a realidade dos alunos. Disponho de um ponto de vista semelhante ao teu quando menciona que o PIBID está exercendo esse papel em nossa formação inicial. Sou muito grata por estar fazendo parte desse projeto, o qual tem me tornado mais sensível, flexível e conhecedora do meu papel como professora. Todas essas reflexões que temos feito é de uma fundamentalmente imensurável pois a educação vai além do ambiente escolar, lidaremos com pessoas, formaremos cidadãos. Devemos ser gratos às nossas coordenadoras da área e reconhecer o que estão realizando um trabalho excepcional conosco. Vejo cursos de outras áreas que não estão tendo no PIBID a oportunidade e experiência  que temos, pois focam mesmo em ajudar ao professor naquilo que ele "nao dá conta".

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    2. De fato, também concordo que o trabalho da nossas coordenadoras e nossos supervisores está sendo extremamente motivador, mesmo essas discussões no blog ou as presenciais sinto que estamos fazendo algo importante, que podemos, realmente, ainda que um pouquinho, mudar as escolas onde estamos (para melhor).

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    3. Isso mesmo.
      Muitas vezes julgam-se os professores como despreparados, o que de fato pode ser e é verdade a depender da situação. Porém esquece-se que muitos dos docentes foram oprimidos durante a sua formação como tal, eles também foram vítimas de uma educação não emancipadora. Todavia nós, pibidianos, estamos não recebendo, mas construindo nosso jeito emancipador de ver, olhar e enxergar a educação e o que a ela se vincula. E isso gera um desejo de mudança dentro de nós, devido a inquietude com a qual nos deparamos em nosso ser.

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  11. Este comentário foi removido pelo autor.

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  12. 1) O título do filme “Nunca me sonharam “ é um retrato de muitos estudantes brasileiros, que muitos grupos sociais não os vêm fora da realidade em que estão inseridos. No filme há muitos relatos de jovens que falam de seus sonhos e carreira que pretendem seguir, mas muitos deles são desacreditados pelos seus pais justamente por viverem em um ambiente social totalmente contrário do que eles buscam.

    2) A) Ao longo do filme eu fiquei muito emocionado com relatos de alguns alunos cujos os quais eu me identifiquei. Um deles é exibido em 31 minutos e 28 segundos do filme (31:28). Um aluno conta que “Nunca o sonharam como um médico ou professor e que cursar universidade é apenas para filhos de pais bem sucedidos”. Esse desabafo me tocou muito, porque eu passei por isso durante minha transição para o ensino superior e também nunca tive apoio dos meus pais em relação aos meus estudos.

    B) As conexões entre o filme e as experiências já vividas nas escolas são parecidas, porque vimos a falta de infraestrutura, o abandono dos alunos por motivos como: gravidez na adolescência, relação trabalho /estudo, falta de incentivo de alguns pais. Mas também o esforço de alguns alunos para conseguir seus objetivos, que somente a educação poderá torná-los possíveis.

    C) Apesar das dificuldades enfrentadas por alguns alunos para conseguir um direito básico e que é de todos, eu acredito que ações desenvolvidas nas escolas com participações de pais, professores e alunos possam minimizar o desinteresse do aluno que geralmente é gerada dentro do ambiente familiar e que acaba contribuindo para o atual descaso visto dentro da sala de aula. Além disso, projetos que vão além de suas culturas e vivências justamente para mostrar novos mundos, pensamentos, culturas e formas de criticar o mundo a sua volta.

    D) Dialogam sim! Ambos nos fazem refletir enquanto futuros docentes formas de mudar o cenário da educação pública brasileira, além de mostrar os problemas que enfrentaremos ao longo da docência.

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    1. Olá, Ronylson.

      Fiquei feliz em saber que mesmo não sendo apoiado, do jeito que gostaria, você se manteve forte em relação aos seus estudos e hoje está aqui com a gente, trocando experiências e conhecimentos.
      A sua resposta na letra "c" é bastante importante. A relação dos pais com a escola afeta diretamente a vida acadêmica do aluno, e por isso, ações realizadas por esses três grupos de pessoas se fazem necessárias para que a educação seja cada vez mais aprimorada nas escolas, principalmente as de ensino público.

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    2. Olá Ronylson e Rafaela!

      Concordo com vocês sobre essa relação entre família e escola ser essencial, visto que quando ambos se conhecem, acredito que fica mais fácil entender os alunos e ajudá-los, bem como ajudar também a família a perceber o quanto aquela escola é importante na vida desses estudantes. Contudo, ainda acrescentaria ações que envolvessem toda (ou grande parte) da comunidade onde a escola está inserida, por acreditar que dessa forma, ao conhecer realmente o funcionamento das suas escolas, as comunidades se tornam aliadas na defesa e melhoria destas.

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    3. Olá ,Débora e Silmara. Concordo com sua resposta Rafaela! Realmente o incentivo da família é primordial para o aluno manter seus objetivos e sonhos, principalmente quando se trata de educação, que é à única forma de mudar e tornar um país cada vez melhor. Em relação as ações que Silmara citou acima, eu também concordo, porque a comunidade possui um papel importantíssimo na vida acadêmica do aluno. E se a instituição de ensino possibilita essa ponte entre comunidade e escola, podemos sim mudar a perepção do grupo social que ali está inserido.

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  13. Voluntária: Deborah Teles de Meneses Gonçalves

    Penso que assim como a maioria das pessoas envolvidas na área da Educação, a forma como me senti durante esse documentário seguiu uma espécie de montanha russa: ora triste, ora feliz, ora chorando, ora sorrindo. Mas o resultado final desse balanço de sentimentos foi a vontade de me engajar cada vez mais dentro desse âmbito profissional, e me dedicar a não só fazer a diferença, mas dar continuidade a ela. Para que num futuro próximo, a excelência não seja só uma exceção, mas sim uma normalidade.
    Eu estive presente apenas nas reuniões que ocorreram na ufs e em mais dois colégios, sendo eles o CODAP e o Dom Luciano. Não tive contato ou a chance de dialogar com os alunos, e acredito que até agora ninguém teve. Sendo assim, me baseando apenas nesses modelos restritos como formas de comparativo, me atrelo aos aspectos estruturais e curriculares quando digo que semelhanças das quais pude reparar foram na arquitetura interior das escolas públicas de diversos estados (paredes em cores neutras, muitas grades, ambientes majoritariamente fechados, iluminação artificial e refeitórios pequenos para comportar a demanda); outro ponto que me chamou atenção foi a quantidade de estudantes que essas escolas recebem e como mesmo fora dos horários de aula, eles preferem continuar no prédio da escola; e também o comprometimento daqueles educadores e gestores com a responsabilidade de transmitir conteúdo de qualidade, estabelecer uma boa relação com os estudantes, zelar pelo patrimônio público que ali os serve visto a dificuldade pra consegui-lo, o que acredito ser a mesma postura dos que pude conhecer.
    Quanto a perspectiva de desenvolvimento de projetos como forma de contribuição para a educação pública, acho que primeiramente é necessária a reflexão a respeito das condições da educação pública atual e da própria escola em que você se encontra inserido, para que se esse projeto seja estruturado numa linha de pensamento coerente e possa ser de fato colocado em prática. Posteriormente, após percebidas as adequações, penso que o que pode ser facilmente desenvolvidos, sem muita burocracia ou necessidade de fundos, é trabalhado em 3 fases: 1ª aulas ou atividades interdisciplinares envolvendo todas as matérias teóricas (da base comum curricular) e também as práticas (como educação física, esportes, artes, dança, teatro...); 2ª contextualização empírica através de idas aos laboratórios, as bibliotecas e pesquisas de campo, sendo esses disponíveis no próprio prédio da escola, “construídos” de forma improvisada com a contribuição dos professores e alunos, ou até mesmo visitados em passeios; 3ª práticas que deem resultados imediatos e sirvam de incentivo a continuidade, como feiras, construção de materiais, desenvolvimento de pesquisas científicas, mostras artísticas, entre outros.
    Por fim, a relação que percebo entre o documentário e os textos passados para leitura é a da educação participativa, onde o aluno e suas opiniões parem de ser menosprezados e comecem a ser ouvidos, pois essa educação serve a ele; onde a escola tenha o papel de ambiente emancipatório e criador de um indivíduo pensante e independente; onde a bagagem e as vivências de cada um possam ser levadas em conta dentro da sala de aula e principalmente onde a gestão e o corpo docente sirvam de guia e construtores coletivos do saber para que possam formar estudantes capazes de serem bem sucedidos não só no âmbito escolar mas também na vida.

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  14. Voluntário: Josué de Oliva
    1 Penso em pessoas que vivem em uma realidade, ao qual elas não se enquandram e que não foi sonhada para eles,em outras
    palavras seria a falta de políticas públicas que visem a existência desses futuros cidadãos, desses alunos que estão na
    escola mas aparentimente a escola não foi feita para ele.

    2 Durante o filme chorei, porque é possivél perceber que são coisas básicas que precisam ser mudadas, mas
    que ao mesmo tempo torna-se dificíl, por causa não só da falta interesse que parte dos alunos, mas também da falta de
    investimentos, da falta de influência familiar, tudo isso influência se o aluno permanece na escola ou não, se vai se
    dar bem nos estudos ou não, os problemas nas finanças da família tembém influência, porque existe a necessidade de arrumar
    um emprego o mais rápido possivél para ajudar em casa.
    Durante o filme percebi que na minha infância tive sentimentos muito comuns, eu me vi em muitos alunos, uns quando
    diziam que não se achavam capazes de serem alguém, de alcançar alguns sonhos. É percepitivél que essa cosmo visão é
    compartilhada, porque a massa dominadora dissemina esse pensamento, mas ao mesmo tempo é possivél ver que todos possuem
    sonhos. Contudo a pergunta sempre é, mas como eu consigo eles? até porque os alunos olham para a própia realidade e também para o
    o que a elite pensa a respeito deles, é então que eles chegam a conclusões como: sentimentos de desistência,
    de querer parar, porque não conseguem se enxergar além das possibilidades. Só então o olhar de um bom professor que
    tem amor pela profissão consegui realmente mostrar que é sim possivél e que mesmo eles desacreditados, esse profissional
    pode fazer eles acreditarem, até porque educar é libertar, é trazer a luz do ensino para o desconhecido e mostrar que
    através da educação temos nossa carta de alforria do livre pensar. Um dos pontos cruciais que na minha opnião melhoraria
    o desenvolvimento educacional nas escolas públicas, é torna a escola um lugar prazeroso de ficar, fazer com que os alunos
    sitam prazer de estudar e de ficar na escola, trabalhar com novas descobertas também aguçaria o desejo dos alunos de sanar
    suas dúvidas. A quebra do ensino monótono também influênciaria para um progresso ao qual o desejo de aprender se torna-se
    prazeroso, um bom exemplo seria a retirada dos alunos da sala para outro espaço como a (floresta, manguezal, mar,
    rio etc.), e através dessas experiências demonstrar os apectos teoricos aprendidos em sala de aula, é na verdade fazer com
    que o conteúdo aprendido em sala se torne útil, se torne vivo e eficaz, que seja duradouro e não apenas passageiro.
    O conteúdo abordado nos materiais do pibid são muito úteis no tocante a necessidade do aluno e a realidade do própio,
    é aí então que o filme dialoga com os textos trabalhados, porque o texto demonstra as necessidades do própio e maneiras de
    como podemos influênciar na melhora do apredizado em sala de aula, o filme nem se fala porque trata das dificuldades
    da instituição de forma geral e que certas medidas as vezes não vistas como eficazes (já que os recursos são poucos), são
    tomadas tentando alcançar soluções de problemas. Uma coisa que me tocou muito foi em relação a parte em que paulo freire
    cita a questão do equilíbrio entre licenciamento e a autoridade, um aluno conseguiu definir isso bem no filme quando ele
    diz que ( o professor é nosso colega,brinca com a gente torna a aula agradavél, a aula é interessante, mas quando estamos
    errados ele reclama e exige um bom comportamente), essas palavras foram essências para minha vida como futuro docente.

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    1. Olá Josué!

      Também acredito que uma boa maneira de quebrar a monotonia das aulas seja "libertar" os alunos das paredes da sala de aula e levá-los a ambientes dentro da própria comunidade que agregue conhecimento a eles. Achei incrível quando, no documentário, em uma escola do Pará, o professor levou seus alunos para dentro do rio para ensiná-los sobre a densidade da água! Acredito que isso ajuda tanto no conhecimento prático daquilo que os alunos estão ouvindo na teoria, bem como no reconhecimento do lugar onde se vive, para que esses alunos também despertem seu senso crítico e de cidadania em relação à comunidade da qual fazem parte.

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  15. O filme trata a realidade e por isso assisti-lo fez com que tivéssemos diversas reações. Ficamos felizes ao ver jovens sonhando, ficamos tristes ao vê-los sem serem sonhados, ficamos com raiva ao ver a situação que eles se encontram…O filme faz a gente refletir sobre a educação que as nossas crianças têm, nos faz querer mudá-la, nos faz ter a coragem de agir. Tanto no filme quanto nas escolas que estão participando do PIBID conseguimos ver as realidades das pessoas, vemos que muitos alunos sonham com o curso superior, mas, infelizmente, não foram sonhados para isso. Vemos que os sonhos de muitos alunos também são coisas que ao ver do outro pode ser “pequeno”, mas que para ele é justamente tudo o que ele sempre quis. Pensando nisso, partimos mais uma vez para o que a gente já vem discutindo, que o professor deve observar e se inserir no ambiente do aluno, buscando os instruir da melhor maneira, os inspirando, ajudando e respeitando todos eles. Todos os textos lidos, os debates realizados e vídeos assistidos se casam e faz com que a gente pense cada vez mais sobre a educação e o que é ser um educador na sociedade em que vivemos.

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  16. 1) O tema relaciona-se com as questões tratadas no Projeto, uma vez que, pensamos no ensino em escola pública, levando em consideração os obstáculos atuais, o que está ocorrendo no contexto educacional, para pensar estratégias, tais estratégias visarão o que esperamos da educação pública e o que podemos fazer nesse aspecto. Outro fator que já chama a atenção é por conter todos os participantes formadores do ambiente escolar, alunos, gestores, professores, mostrando a visão destes.

    2) A) ao longo do documentário revivi momentos e inseguranças que tive e tenho como uma estudante, retratou a realidade de uma sociedade desigual, que não valoriza àqueles que podem mudar a situação do país, o sentimento de angústia e revolta e de querer reverter o quadro de injustiça social no qual vivemos, e que só é possível através da adoção de uma nova visão acerca da educação, esta que precisa se reinventar apesar das dificuldades, pois trata-se de perceber os alunos como seres cheios de potencialidades, de problemas e também impossibilidades que o contexto social impõe.
    Frases marcantes ditas e que fizeram lembrar-me do motivo pelo qual escolhi ser professora apareceram durante o documentário, uma delas “os alunos olham para os professores como uma luz no fim do túnel”, creio que muitos alunos se inspiram na figura do profissional de ensino, e como futuros profissionais, observar o lado humano do ensino é fundamental, mostrar que todos são capazes é um dos pilares da educação.
    Outro fator importante, foi perceber que tudo o que foi visto no documentário, está relacionado a busca de jovens por um direito que é previsto no artigo 205 da Constituição e que aparece no início do mesmo, ou seja, são vistos problemas existentes enquanto as pessoas estão apenas em busca de um direito. Penso que para que sejamos bons profissionais, devemos lutar para garantir esse direito, para que não ocorra o que foi falado no documentário “quando o meu sonho foi tirado de mim, eu desisti dele também”.

    B) as relações que podem ser feitas entre ambos são diversas, como conhecer problemáticas relacionadas ao ambiente escolar, falta de recursos, considerar o contexto sociocultural do aluno, lidar com a diversidade e desejos de uma juventude que procura por coisas novas sempre, e principalmente como inovar o ensino em escola pública, uma vez que, temos que trabalhar com uma nova geração, precisamos assim, reformular aquilo que já não funciona, tais questões foram abordadas no Pibid, pois como futuros professores é necessário considerar tais fatores, são um conjunto de dificuldades que devem ser estudadas, com o contato direto que já tivemos com a escola e nos colocando na posição de profissionais do ensino, já começamos a agir no processo de mudança para uma educação pública de qualidade.

    C) A conexão entre Pibid e o documentário pode ser percebida em vários pontos, um deles foi exposto em uma pergunta de uma professora “ como fazer diferente se não somos preparados para isso? ”, creio que a professora fez uma reflexão acerca de sua própria formação para lidar com as peculiaridades vividas no ensino público, isto me fez lembrar do Pibid pois o projeto promove esse preparo para o futuro professor, promove o contato com a possibilidade de fazer diferente e consequentemente ajudar na mudança educacional.

    D) Vi muito de ‘Pedagogia da Autonomia’ durante o documentário, trazendo reflexões sobre o ensino público de qualidade que deveria ser um direito que o Estado garantisse sem o descaso que é vivenciado, reflexões como “é possível um ensino emancipador numa sociedade opressora? ” “Como está sendo tratada a curiosidade do aluno? ”.
    Alguns dos levantamentos que estão presentes na OCEM também são vistos no documentário, como o fato do aluno não conseguir relacionar conteúdo com sua realidade.
    O documentário mostra que para que ocorra um ensino emancipador, é preciso acima de tudo lutar, reconhecer-se como cidadão, fazer parte do processo de mudança e valorizar o conhecimento.

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  17. Quando vi o título do filme pensei que seria de apenas uma pessoa que teve seus sonhos e desejos nunca fomentados e incentivados durante a vida. Comecei a assistir e vi que estava, em partes, errado sobre o pensamento. A medida que fui assistindo fui tendo a visão e a importância da docência, até então não tinha parado para analisar desta forma. Vi que nós, futuros professores, temos um papel importante e fundamental na formação pessoal dos alunos, seja no incentivo aos sonhos, seja no apoio por problemas familiares. As professoras frisaram bem no encontro no Dom Luciano com a frase "as vezes somos psicólogos", na hora eu não achei que uma frase tão simples teria um significado posterior tão grande.
    Continuei assistindo e percebi que os professores podem ensinar a voar, e ajudar aqueles que não têm asas a construírem sua própria maquina de voo. Que somos pessoas muito importante na vida dos alunos a ponto de que caso façamos algo que venha a causar incomodo, poderá refletir tanto no aprendizado quando na vida deles. Percebi também a importância da pesquisa em sala de aula, da auto reflexão, citada por um dos professores e que contribuiu na sua formação e atuação em sala, uma vez que não sabemos as diferentes realidades a serem enfrentadas e devemos estar preparados para as n situações que aparecerem. Por fim, uma das coisas que mais me chamou atenção foi uma frase de um outro professor quando ele frisou: "O jovem pede que tenha aula, o jovem pede que tenha aula boa, que ele participe e saia melhor que entrou". Tal pensamento reforça a ideia da importância de nós, futuros professores, estarmos preparados e dispostos a ajudar no crescimento dos nossos alunos, seja estando dede cedo numa sala de aula (através do PIBID) ou investindo em pesquisas com novas visões de ensino.

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  18. Quando vi o título do filme pensei que seria de apenas uma pessoa que teve seus sonhos e desejos nunca fomentados e incentivados durante a vida. Comecei a assistir e vi que estava, em partes, errado sobre o pensamento. A medida que fui assistindo fui tendo a visão e a importância da docência, até então não tinha parado para analisar desta forma. Vi que nós, futuros professores, temos um papel importante e fundamental na formação pessoal dos alunos, seja no incentivo aos sonhos, seja no apoio por problemas familiares. As professoras frisaram bem no encontro no Dom Luciano com a frase "as vezes somos psicólogos", na hora eu não achei que uma frase tão simples teria um significado posterior tão grande.
    Continuei assistindo e percebi que os professores podem ensinar a voar, e ajudar aqueles que não têm asas a construírem sua própria maquina de voo. Que somos pessoas muito importante na vida dos alunos a ponto de que caso façamos algo que venha a causar incomodo, poderá refletir tanto no aprendizado quando na vida deles. Percebi também a importância da pesquisa em sala de aula, da auto reflexão, citada por um dos professores e que contribuiu na sua formação e atuação em sala, uma vez que não sabemos as diferentes realidades a serem enfrentadas e devemos estar preparados para as n situações que aparecerem. Por fim, uma das coisas que mais me chamou atenção foi uma frase de um outro professor quando ele frisou: "O jovem pede que tenha aula, o jovem pede que tenha aula boa, que ele participe e saia melhor que entrou". Tal pensamento reforça a ideia da importância de nós, futuros professores, estarmos preparados e dispostos a ajudar no crescimento dos nossos alunos, seja estando dede cedo numa sala de aula (através do PIBID) ou investindo em pesquisas com novas visões de ensino.

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  19. A princípio me chamou a atenção o fato de o documentário trazer à tona principalmente a voz dos alunos. O próprio título "Nunca Me Sonharam" já faz referência aos alunos, ao que eles tem a dizer, ao que sentem...
       Fui ao longo do filme acumulando em mim um sentimento de responsabilidade que terei pra com os meus alunos. Quero motivá- los, contribuir para que a mudança aconteça, quero sonhá- los.
       É notável para mim como ponto de conexão entre o que vi no documentário e as visitas às escolas o anseio por mudança que tem os docentes, que com várias dificuldades não se permitem ficar na estagnação.Se a escola "chata" salva muitos alunos, como dizem no documentário, imagine sendo ela atrativa. Acredito que desenvolver projetos nos quais se sonhem os alunos pode fazer a diferença. Ações e projetos que se relacione à realidade na qual vivem, que torne os discentes não mero objetos, mas sujeitos da aprendizagem.
    Muitos aspectos do documentário se relacionam à Pedagogia da Autonomia, como por exemplo contrastes feitos entre a educação bancária e educação libertadora; a importância da apreensão da realidade e ensinar exige saber escutar. Também observei a questão da exclusão e inclusão no que diz respeito não só ao ensino de Língua Inglesa como vimos em OCEM, mas num âmbito geral da educação, pois essa deveria incluir, mas por muitas vezes não pensar o aluno acaba o excluindo.

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    1. Olá Luiza!

      Também percebi essa conexão (entre o documentário e as escolas que visitamos) acerca do anseio por mudança na educação e acredito que não somente por parte dos docentes, como também dos discentes, pois ao visitar a Feira das Eletivas, por exemplo, percebi a empolgação dos alunos com os projetos das disciplinas eletivas, que propunham a eles, relações entre as disciplinas estudadas e seu cotidiano, como a educação financeira para suas vidas, o uso da arte para repensar o ambiente escolar, etc.

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    2. Obrigada por comentar minha postagem,Silmara!
      Eu me senti um pouco limitada pra falar em relação aos alunos pelo fato de nao ter tido muito acesso ao dialogo com eles, entende? Pois as visitas que fizemos até o momento teve mais particularmente o intuito de conhecer um pouco sobre a escola, sua estrutura, funcionamento...Mas não duvido e sei que eles também anseiam por mudança.
      Deve ter sido muito prazeroso participar da Feira das eletivas, seria ótimo se todos pudéssemos ter ido. No entanto durante a última reunião presencial já foi possível ter a ideia do quão é algo impolgante.

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    3. Entendi! Foi muito bom mesmo ter conhecido a feira e acredito que ao longo do projeto, outras oportunidades virão pra que todos possam conhecer também! :)

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  20. bolsista Gabrielle Costa

    2- De imediato o sentimento é de tristeza por ver a situação em que se encontra a
    educação brasileira nos interiores do nosso país, por serem regiões carentes de
    recursos públicos a população pobre não tem escolha que não seja trabalhar muito
    desde cedo para conseguir o pão de cada dia, e como é de costume essa rotina é
    passada de pai para filho, assim a criança ao invés de ser incentivada aos estudos
    é incentivada ao trabalho. Eu conheço várias pessoas que assim como os depoimentos
    do documentário queriam ter tido a oportunidade de seguir o caminho dos estudos mas
    a vida que tinham exigiam o trabalho e muitas vezes conciliar os dois não da certo.
    Nas escolas em que visitamos mesmo sendo de capital é possível ver que a evasão é
    um problema presente, como apresentado no documentário, os motivos são os mesmos...
    trabalho, grávidez na adolescência, a dificuldade de chegar até a escola...Mas ao
    mesmo tempo é animador ver que os estudantes não param de sonhar e querem uma escola
    melhor, querem oportunidades, de concluir os estudos, ingressar na univerdidade, ser
    feliz... Mesmo com todas aquelas dificuldades e falta de investimentos. Progamas como
    o Pibid tem o poder de entrar na escola e ver além da grade currícular, enxergar os
    alunos como aprendizes e promover metodologias diferentes daquelas aplicadas, trazer
    os alunos pra mais perto da escola, dos professores, trazer a realidade deles para a
    sala de aula mostrando o quanto faz a diferença na vida deles e influencia de maneira
    positiva toda essa aprendizagem.

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  21. 1) Inicialmente, a partir do título e do resumo apresentados, o tema do documentário me remeteu à minha experiência no Ensino Médio na escola pública enquanto aluna da educação básica, onde tínhamos uma estrutura bem básica nessa escola (cadeiras velhas de madeira, quadro de giz, alguns ventiladores que funcionavam através de ligação direta entre os fios, um pátio para convivência, etc.), além de professores que se dividiam entre os que eram assíduos e ministravam suas aulas, e aqueles que faltavam ou só apareciam para “passar exercício”. Então, principalmente em relação ao título “Nunca me sonharam”, me pareceu, a princípio, que este documentário denuncia o descaso do Estado perante a educação pública no país, tanto em relação à estrutura física das escolas, quanto em relação a valorização dos professores, alunos e da própria educação. Após assistir ao trailer, me fez refletir sobre como, hoje em dia, no presente, enquanto aluna da graduação e participante do Pibid, bem como no futuro, enquanto professora, posso contribuir para melhorar esse cenário e ajudar os alunos da educação básica a continuarem na escola e terem uma aprendizagem efetiva.

    2) Após assistir ao documentário, pude perceber que o título se refere especialmente aos alunos, pois esse “nunca me sonharam” mostra o quanto são negligenciados com o descaso da educação, quando a escola, na verdade, deveria funcionar por eles e para eles, o que muitas vezes não acontece, como um dos alunos declara em sua fala. Entretanto, outra fala que chamou minha atenção foi a de que a sociedade deve se mobilizar para que as escolas funcionem como deveria e para que a educação brasileira melhore, ao invés de ficar esperando por isso do Estado. Uma das conexões que mais ficou clara para mim entre esse doc e as escolas que visitamos é justamente essa motivação da maioria dos alunos em continuar na escola, apesar de todos os problemas, e essa vontade de fazer parte da mudança, de ver e fazer a situação nas escolas melhorar. Nesse sentido, acredito que seria interessante desenvolver ações/projetos que tanto incentivassem os alunos a desenvolverem/compartilharem suas habilidades, seus talentos, como também que envolvesse a família e a comunidade onde a escola está inserida, para que ambos percebessem a importância dessa escola na vida dos alunos e na própria comunidade, uma vez que, não havendo esse diálogo, fica difícil para que a escola consiga apoio e envolvimento da sociedade. O documentário e as leituras realizadas até então dialogam bastante, em diversos aspectos, seja em relação à questão da inclusão/exclusão e ao desenvolvimento desses alunos enquanto cidadãos trazidos pelas OCEM; como acerca do afeto com que os professores devem tratar seus alunos, trazido por Freire, junto à noção de desenvolver o senso crítico desses estudantes e dialogar com eles, para que haja essa troca entre professor/aluno; a necessidade de melhorar a formação inicial dos professores, trazida por Vera Menezes, para que assim, esses professores consigam ministrar aulas melhores; a possibilidade de, com o ensino integral, junto a um ambiente atrativo, tornar a escola um ambiente em que os alunos queiram permanecer por mais tempo e se sintam acolhidos; a necessidade do trabalho em equipe, apontada por Nóvoa, que dialoga com essa integração que deveria haver entre escola, família e sociedade, entre outros, já comentados acima pelos colegas.

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  22. Ao assistir o documentário inicialmente fui criando um processo de identificação a partir das falas dos adolescentes e dos ambientes e realidades mostradas. Vivenciei a realidade da escola sem estrutura e de um modelo de ensino antigo, que dava o conteúdo pronto para a repetição e nunca para despertar no aluno uma consciência crítica e sua formação para a cidadania. Essa mesma falha também aconteceu na formação dos meus professores da época do Ensino médio.
    O adolescente está em seu processo de busca pela identidade. A desconsideração que há em volta da simples opinião deles sobre si e sobre o mundo e de sua vivência diária, acontecem ao mesmo tempo em que frequentam a escola, e esse processo influencia diretamente na relação deles com a escola e com a aprendizagem. Ensina-se o jovem a apender sem ambicionar muito, causando dessa forma o encurtamento de seus sonhos.
    Por isso a importância de se ouvir o aluno, seus anseios, projetos e sonhos! Freire defendeu que ensinar exige saber escutar! Que os alunos precisam ser ouvidos e deve-se dialogar com eles. Manter a chama do sonho acesa, tanto no professor quanto no aluno, é a mola mestra para transformar a nossa realidade e nunca desistir de continuar caminhando para alcançar um fim!
    Penso ser a escola um lugar de acolhimento, resgate e transformação. Nos diversos depoimentos pude enxergar isso. Mesmo com todas as falhas no sistema educacional, sempre tiveram os professores que fizeram a diferença, e como hoje temos a oportunidade de pensar, repensar e refletir sobre as condições educacionais e sobre sua prática, temos todas as condições de fazer a diferença como docentes e influenciar outros.
    O PIBID assim como o vídeo traz a importância da relação da troca, troca de conhecimentos e experiências entre alunos, coordenadores, supervisores e as diferentes realidades de cada escola e seus alunos. Tudo contribui juntamente para a construção do nosso objetivo maior, que é melhorar a educação. Freire diz que “quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender.” E é exatamente isso, que as vivências aqui nos proporcionam. A educação é uma semente que plantamos aqui e agora e só mais na frente colheremos seus frutos.
    Acredito que o melhor projeto a ser experimentado na escola, ainda é a sensibilidade de sentir e buscar apreender o ambiente escolar e o aluno. Parece meio que utópico, mas acredito que ao passo que nos voltamos para compreender o outro e as diferenças, encontraremos meios de interagir, dialogar e estabelecer uma relação proveitosa. Paulo Freire mostra que ensinar exige respeito aos saberes do educando e apreensão da realidade que o cerca, e não apenas transferir conhecimento.
    De fato não alcançaremos a todos, nem resolveremos tudo, mas aquilo que estiver ao nosso alcance e depender de nós, devemos nos esforçar para ir ao encontro e fazer a nossa parte!

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    1. Adorei sua definição de escola, sobre ser "um lugar de acolhimento, resgate e transformação"! :D

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  23. Bolsista: Sandy Cristine Bezerra dos Santos

    1) O título ''Nunca me sonharam'' pode ser um pouco confuso, mas assim que se assiste o trailer acaba ficando muito claro, pelo menos para mim. O documentário parece questionar a educação brasileira e o que ela está representando atualmente, como ela precisa de mais investimentos, de mais interesse, e de mais apreço de todos na sociedade, porque afinal, educação não deveria ser uma interrogação (uma dúvida), e sim uma exclamação (uma certeza) na vida de todos.

    2) a) Me identifiquei muito, sempre me senti fora do lugar por 'estar no mundo da lua', ser muito tímida e me sentia excluída durante uma boa parte do ensino médio, parecia que ninguém queria ficar perto de mim, felizmente isso mudou com a UFS, mas ainda há momentos, e acredito que não sou a única. Sempre agradeço muito aos meus pais e minha irmã por não me pressionarem e falarem que eu posso ser e fazer o que eu quiser nessa vida.

    b) Nas escolas que visitamos, assim como no documentário, vemos pessoas diferentes umas das outras, de raças, estilos e pensamentos diferentes, além disso, podemos perceber o quanto os alunos afetam a visão dos professores sobre muitas coisas, como a professora Alessandra de Carvalho Dias disse no comentário ''é angustiante vê-los esperando essas oportunidades, não só pra eles, mas pra mim também''.

    c) Já acontece em algumas escolas com o Projeto de Vida, que acredito que ajuda muito os alunos que se proponham a realmente estar no projeto com corpo, alma e coração. E também os clubes de áreas específicas como dança, poesia, música, entre outras, porque acredito que que um dos problemas é você achar que não tem ninguém que te entenda, e que com esses clubes podemos ter pessoas completamente diferentes se unindo por uma causa, um objetivo, ajudaria a diminuir um pouco as dúvidas dos jovens e suas inseguranças.

    d) Houve várias partes do filme em que me vi pensando muito em Paulo Freire, de todas as leituras que fizemos essa me causou um impacto maior que as outras, e talvez seja por isso que relacionei várias partes do documentário com o que está no livro.

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    1. De acordo com o que você compartilhou no tópico "2-A" é de grandíssima importância o apoio e a compreensão de nossos parentes, sem acrescentar mais pressão além das que já nos circundam quando adentramos no ensino médio. Ótimo argumento Sandy!

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  24. Bolsista: Rafael da Silva Santos
    1)
    O título por si só carrega uma visão negativa, de abandono e desesperança naqueles que deviam ser incentivados a mudarem sua realidade atual seja da própria vida, de seu bairro, cidade quissá de seu país. A história não nos deixa mentir quando falamos que nunca foi dado o devido valor, atenção e investimento à educação como é dado no plano ideológico e teórico, mais especificamente nas campanhas políticas; então o que temos quando pensamos, verdadeiramente no que compete a educação, é um sentimento de profundo desapontamento com as autoridades por fecharem os olhos para o presente e futuro de uma nação que tem capacidade excedente para elevar o país ao estágio de potência mundial.
    2) Após assistir ao filme:
    A)
    O documentário nos faz acessar automaticamente nossa memória, tamanho o grau de semelhanças avistadas em inúmeros contextos, pelo caráter emocional e pela vivacidade com que os depoimentos foram colhidos, nos provocando de modo orgânico o desejo de estar presente para contribuir com o avanço e desenvolvimento daqueles alunos. Em muitos momentos por meio das falas, desejos e desabafos tanto dos discentes e seus familiares; dos docentes e coordenação da escola através da empatia pude sentir as dificuldades, a sensação de ter o fracasso caminhando ao lado, a incerteza, o medo, o choque de realidade absurdo e de todo esse desequilíbrio enraizado em nosso sistema educacional público, que foi bem pontuado pelo redator Felipe Silva, quando disse "[...]fazem uma corrida pra chegar no topo do prédio, só que o cara tá largando do quinto andar e eu tô largando do subsolo. E ele vai de elevador.", é preciso mudar urgentemente e percebemos a inércia de nossos governadores que não olham para o jovem que faz uso da educação pública, que não sonha em ver esses adolescentes sendo um futuro professor, advogado, médico, engenheiro, químico, etc; e aqui pego emprestada a fala de Jamile Melo, uma aluna, ela diz "[...]dizem que jovens são o futuro da pátria, só que, o que eles estão fazendo pra melhorar nosso futuro?", então mais do que nunca precisamos ensinar a sociedade sobre as leis que regem nosso país, nossa história e tratar de assuntos que realmente são importantes para sua formação para que num futuro eles possam continuar fazendo a diferença.
    B)
    Temos visto e conhecido escolas que apesar de estarem em localidades bem distintas ainda sofrem com semelhantes problemas estruturais, mas que em todas vale ressaltar um ponto bastante engrandecedor tanto para o projeto como para nosso ensino que é a vontade, o desejo docente em querer ser parte desse processo de crescimento, em instruir seus alunos e motivá-los a pensar fora da caixa assim como estabelecer em suas aulas conexões com o mundo fazendo esses jovens enxergarem que a escola não ensina pra responder provas mas para a vida.
    (Continua)...

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    1. C)
      Desde o primeiro encontro do projeto somos provocados a pensar, refletir sobre a conexão entre a forma como percebemos o mundo e de como ele nos toca, de que maneira ele interage com nossos sentimentos, com o que pensamos e quais as pontes podemos construir a partir dessa documentário como: olimpíadas, jovem senador, rádio escolar, sábado cultural, etc. Atividades essas que muito contribui na busca de conhecimento como, especialmente, o bem estar do aluno nas escolas tornando sua rotina prazerosa de modo a quebrar o conceito de que escola é chata, de que escola é uma prisão.
      D)
      Percebemos no discurso dos presentes nesse vídeo diversas relações com as leituras que fizemos, e acentuo aqui a onipresente menção dos princípios tanto da BNCC quanto do livro Pedagogia da Autonomia, e chove frases, falas que trazem fortes vínculos com esses documentos supracitados, como "A educação ela não muda o mundo, a educação muda as pessoas e as pessoas mudam o mundo."; numa outra fala temos as palavras do economista Ricardo Paes de Barros, evidenciando a educação como porta para a garantia de direitos, onde você precisa entender a sociedade em que vive para se entender. Ouvimos também professores falando sobre a importância de desenvolver o senso crítico e a autonomia dos alunos, conhecer o lugar onde eles vivem e melhorar a interação comunidade-escola com atividades extracurriculares além de interdisciplinarizar esse sistema de ensino fragmentado, parafraseando o Patrício Oliveira, que se refere as diversas aulas de diversas materias diárias que o aluno tem e ao final do dia não consegue unir aquele conhecimento e perceber, na realidade dele, as conexões que gerem um todo. Macaé Evaristo, professora e mestre, fala da importância de se trazer a política e a discussão sobre os conflitos éticos para a escola e de sua emancipação visando a formação de uma sociedade melhor.
      É mais que necessário ensinar, não só ensinar os jovens a serem ótimos cidadãos e prepará-los para trilharem o caminho que eles escolherem, mas ensinar a sonhar, trazer a esperança e a concretização desses sonhos, como foi dito por Marcus Faustino, que devemos escutar os jovens, saber o que eles querem fazer e o que pensam assim como parar de ver o ensino médio como rito de passagem mas como um lugar onde coisas importantes acontecem e que podem impactar a sociedade, por fim, faço uso pela enésima vez de uma frase citado pelo mesmo, onde ele diz "[...]deixem os jovens inventarem o mundo".

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  25. “Nunca Me Sonharam”... É impressionante o quão forte e significativo é esse titulo. Acredito que assim com eu, muitos se sentem representados por essa frase. Não deixaría de citar a forte trilha sonora que compõe este filme, porém o que mais me marcou foram os belos discursos dos educadores e principalmente dos alunos, cada um com seus próprios anseios e frustrações causadas pela triste realidade de descaso político e social com a educação brasileira. Esse filme me fez refletir mais ainda sobre importância e responsabilidade de ser professor, o quão gratificante deve ser no futuro saber que aquela semente que você plantou, germinou e deu bons frutos. É difícil não se comover com cada historia de vida testemunhada por aqueles jovens, que em meio a tantas dificuldades não desistem de sonhar, já outros acabam desiludidos, largando os estudos por causa dos problemas sociais e econômicos. O que mais dói é saber que talvez seja essa a intenção dos governantes, manterem a educação precária, com poucos recursos e investimentos, para continuarem com o ciclo de aproveitamento das classes dominantes para com a população. Assim como no documentário, as escolas que visitamos por parte dos encontros do PIBID, também enfrentam problemas de infraestrutura, pois a falta de infraestrutura reflete no desestímulo do aluno em ir para a escola ou continuar em sala de aula, ao ver aquelas paredes cinza com grades nas portas, quando na verdade o ambiente escolar deve ser agradável, atraente, servindo de estimulo e motivação. Graças ao PIBID pude perceber que diante desses problemas, o professor pode através dessas dificuldades e diferentes realidades encontradas nas escolas, atingirem seus objetivos, basta usar a criatividade, vontade e dedicação para dar sentido naquilo que ele está passando para seus alunos. Sendo assim, como já vimos nas leituras dos textos de Paulo Freire, devemos dialogar com nossos alunos, despertando seu senso critico para que se tornem cidadãos ativos, autônomos e eternos realizadores de seus próprios sonhos.

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  27. 1) Pensar no desafio da escola pública para mim é pensar como ser um bom educador sem muitos recursos(ou nenhum) e como lidar com questões que prejudicam o aprendizado, tanto dentro quanto fora do ambiente escolar. Há fome, trabalho, preconceito, conflitos da adolescência e de um adolescente que muitas vezes precisa assumir uma postura e responsabilidades de adulto. Para além de todas essas questões, ainda existe o sonho(e muitas vezes a falta dele). Pensar nos conflitos do ensino público é pensar em questões de sobrevivência, culturais, de educação e de poder. Tanto poder de uma política que olhe pelo ensino e pelos jovens, quanto o poder que uma educação pode trazer.

    2) Assistindo ao filme eu lembrei muito de meu ensino médio, dos meus próprios sentimentos e conflitos. Ser adolescente, em especial nessa geração cheia de informações, é difícil. O papel de ser professor é igualmente desafiador. Aprendemos, na universidade, o ensino de fórmulas, aprendemos o conteúdo que deve ser repassado para nossos alunos, nossos professores dividem conosco experiências, mas não existe uma fórmula para aprendermos a lidar com o sonho dos alunos, nem com os desafios que passaremos juntamente com eles para que consigam realizá-los. Sei que, enquanto professora, preciso estar preparada para aquilo que não é do meu alcance, sei que preciso cuidar para não me frustrar. Todavia, também hoje sei que não serei apenas uma pessoa que entra numa sala de aula indiferente ao externo da matéria a ser ensinada, tampouco serei detentora de conhecimento, conforme também leituras de Paulo Freire. A coisa que ficou mais evidente ao assistir ao filme foi que meu aluno está ali para somar, não ficar em uma caixa, em seu papel de aluno inferior ao professor, porque isso não existe. A professora Cristiani do colégio Hamilton, ao levar a experiência com as matérias eletivas, evidenciou aquilo que o filme trouxe, a particularidade do aluno. Ao explorar o lado curioso, interessado do aluno, isso ajuda que ele traga resultados positivos tanto na matéria específica a ser ensinada quanto nos outros âmbitos escolares e no lado social! Não pude deixar de comparar ambas as situações com a matéria da professora, com o dos alunos do filme que foram levados a representar a sua escola num jogo de futebol. Tenho aprendido no PIBID a acrescentar à vida de meus alunos bagagem cultural, experiências que façam com que eles sintam-se interessados, tenham acesso à informação, conhecimento e sobretudo respeito. E com o filme, reforcei minha ideia de que numa sala de aula não tem só pessoas, têm muitos sonhos, expectativas, também medo e também conflitos que cabem a escola, aos professores, e a sociedade de uma forma geral cuidar.

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  28. BOLSISTA: IRVING CAROLINE ANDRADE ALMEIDA


    Não sei se isso aconteceu com os colegas, mas acredito que muitos devem ter se emocionado como eu. Segurei o choro e por vezes não me contive ao ver esse documentário. Foi muito interessante ver a palavra UTOPIA exposta nesse vídeo. Lembrei de quantas vezes essa palavra já passou pela minha cabeça nos últimos tempos... Sempre imaginando se o que nós queremos que aconteça com a educação no Brasil é puramente utopia. Me sinto um pouco impactada e ao mesmo tempo mais encorajada, refleti que o pouco vale muito e que as poucas ações e intenções podem mudar tudo. Concordo com o que foi dito, a revolução pode ser feita nos pequenos gestos e que, o rendimento dos alunos está diretamente ligado ao modo que os tratamos. Foi interessante também ver o relato do aluno que dizia ter o professor como amigo e sendo assim não queria decepcioná-lo.
    Não precisamos somente de boas escolas, mas também, e principalmente de boa educação. A escola precisa ser interessante. Não é só a infraestrutura que deve ser melhorada na educação do nosso pais, não é somente ter mais acesso a educação. É tornar a escola um lugar o qual o aluno sinta desejo de ir, um lugar atrativo, um lugar que seja visto como meio de mudança.
    Pude perceber a importância de se conhecer a bagagem que cada aluno está trazendo para a escola e como isso pode fazer a diferença no dia-a-dia, como citado pelo professor de matemática.
    Com as experiências que estamos tendo nas escolas que vimos até agora com o PIBID, percebo e entendo a preocupação para a formação de uma geração de professores mais sensíveis e preocupados. Partindo um pouco para as escolas que vimos dentro do PIBID, devo dizer que eu acredito muito no sistema de ensino integral, para mim, apesar do muito tempo na escola, é uma maneira de tornar a escola mais interessante, já que podemos contemplar diversas experiências de maneira mais lúdica. Desta maneira o aluno aprende de maneira fácil e prazerosa.
    Não tem como ver esse documentário e não se deparar com as frases de Paulo Freire o tempo inteiro nas nossas mentes. Acredito que o filme traz muito as ideias que ele expõe no livro "Pedagogia da Autonomia". Deve existir uma troca de babagem na relação aluno e professor, o aluno deve ser instigado a ter questionamentos. É preciso fomentá-los de curiosidade e também dar voz a essa juventude.

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  29. Bolsista: Lucas Santana Pinto Cardoso

    O título retrata muito bem a realidade das escolas públicas do país. As expectativas que cada aluno e jovem tem ao entrar na escola (seus sonhos de fazerem a faculdade) e a realidade que é vivenciada (as dificuldades sociais, sendo elas a baixa infraestrutura das escolas, más professores, preconceito, pobreza, etc.). Além disso, o trailer traz a ideia da grande importância da educação, colocando em ênfase o ensino da humanidade nas escolas e não somente um conteúdo que não terá valor na vida social com o intuito de evitar a evasão nas escolas.
    Ao longo do filme, pude perceber as várias realidades precárias de educação no Brasil. É possível ainda inferir, o quão profundo se faz ao longo do filme. Alguns momentos fazem facilmente nos emocionar, mostrando a vida de alguns estudantes, que até então não tem alimento em casa, ou tem que sair da escola para ir trabalhar e sustentar a casa. É notório a grande diversidade de ideias, muito sonho, muita vontade, e pouca gente para escutar. Outro sentimento que chamou bastante minha atenção particular é os depoimentos dos jovens que sofrem ou sofreram preconceito na escola. “Para muitos, a escola é um lugar de discriminação e preconceito”. A frase citada aparece no filme e demonstra a propagação de preconceitos raciais, de gênero, social e muito mais, é uma fase em que muitos dos alunos sofrem psicologicamente e tem que lidar sozinho, o que causa a evasão e o desinteresse. Além disso, ainda se tem aquela ideia de que o aluno não quer nada, ou é desinteressado, mas, no entanto, é o professor quem faz a aula. O rendimento dos alunos está ligado diretamente na gestão, em como o professor trata o aluno e como é administrada sua aula.
    É interessante observar que, durante as visitas nas respectivas escolas do PIBID, pude perceber o quão semelhante a realidade do filme é presente nas escolas. O olhar, a vontade de experimentar outras coisas, de vivenciar, dos sonhos que cada estudante almeja e os diferentes tipos de personalidades, e em alguns casos é notável a carência afetiva dos alunos em relação aos país, que muitas vezes são ausentes. É muito importante destacar que não existe uma escola perfeita numa sociedade opressora.
    Assim como foi possível ver professores e estudiosos que realmente se importam em mudar a educação no Brasil, nós, como futuros professores, temos que pensar para formar futuros pensantes e críticos. De maneira análoga como se fez presente no filme a importância do ensino da cidadania e conhecimentos contemporâneo da humanidade, fazer com que haja a intertextualidade nas matérias, fazer com que o aluno desenvolva o conhecimento adequado, e não somente grave para aplicar na prova e obter aprovação. É necessário mudar essa mentalidade que é proveniente dos anos 30. Aliado a isso, pode-se incluir nas matérias a arte, para tornar o aprendizado mais eficaz por parte dos alunos. A ideia de que o aluno já tem uma bagagem antes de ir à escola é algo que precisa existir na mentalidade dos professores. Saber dialogar e deixar que o aluno construa seu conhecimento é uma maneira eficiente de respeitar a bagagem vivida pelo discente.
    De forma muito concisa, o filme dialogo com algumas das abordagens lidas do PIBID, como exemplo das ideias de Paulo Freire, no qual o escritor defende a importância de formar cidadãos críticos, da forma de ensino em sala de aula como a Pedagogia da Autonomia, e entre outros conceitos que são marcados por alguns professores e estudiosos no filme.

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    1. Olá Lucas!

      Em relação ao que você comentou (e que é trazido no documentário) sobre ser necessário trazer conhecimentos contemporâneos para a escola, cujo modelo é proveniente dos anos 30, me lembrei de uma frase bastante conhecida do educador José Pacheco (de quem falei na discussão passada), onde ele diz que "No Brasil, como em Portugal e em outros países, continuamos a ensinar jovens do século XXI com professores do século XX e um paradigma do século XIX. Esse é o principal problema". A primeira vez que ouvi isso achei bem impactante, mas se refletirmos sobre, percebemos que ainda é a triste realidade das escolas públicas brasileiras. Espero que consigamos ajudar a melhorar essa situação! :)

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    2. Muito boa observação, Silmara. Exatamente desse jeito que nossa realidade educacional se encontra, infelizmente! Obrigado pelo comentário, gostei bastante.

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  30. BOLSISTA: THÁRCIO DANILO VIEIRA DA SILVA

    O título do filme/documentário já nos deixa uma idéia crítica do abandono social, que acontece muito em relação aos professores do ensino público com os seus alunos, muitas vezes crianças/adolescentes que têm sonhos, que almejam coisas e lugares na vida, que tem uma visão ainda muito inocente do que é o mundo, que estão sendo formadas enquanto cidadãs. Retrata o sofrimento que vem em relação ao preconceito, às diferenças de classes e outros problemas.
    O que acaba nos levando muito às leituras que fizemos durante esse breve período de PIBID, como Paulo Freire, que nos diz que o aluno que está ali na sua sala de aula, não é apenas um vaso onde você vai depositar o seu conhecimento, você enquanto professor não domina todo ele, nós estamos ali para mostrar um caminho, dizer que eles podem seguir por aquilo, que é o que achamos que é a verdade, mas que elas podem não aceitar simplesmente, mas participar na construção do senso crítico, fazê-los questionarem. Muitas vezes a educação opressora acaba trazendo à tona suas realidades difíceis, afastando-os mais ainda dos seus sonhos e ambições.
    Não sei se talvez eu tenha uma idealização muito utópica do que eu almejo para a educação no nosso país, mas eu fiquei bem emocionado com o documentário, com os relatos dos jovens, com as oportunidades que nunca são oferecidas da mesma forma pra todos. Nem todos tem o direito de sonhar, mas de aceitar aquilo que lhes é dado, que elas acham que é tudo o que elas merecem e podem ter...

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  31. Docente: Mariana Virginia Santana Reis.

    Os desafios do presente acabam influenciando bastante nas expectativas para o futuro de muitos alunos, percebe-se que uns contem seus sonhos, o que querem ser, e outros nem sabem se vão estar vivos ou se acontecerá algo que os impeçam de continuar com os estudos. Eu senti uma mistura de sentimentos, feliz pelas expectativas apesar da realidade e triste com a falta de pensamento positivo. Nas visitas que fizemos as escola, não me sinto muito capaz de argumentar bem sobre os alunos ou demais professores, mas pelo que vi em modo geral, as escolas e seus discentes parecem se empenhar para dar uma boa educação(de maneiras diversificadas, o que acaba chamando a atenção dos alunos) apesar da falta de investimento. Coisas que eu gostei bastante nesse tempo foi perceber esse empenho por parte dos professores para com os alunos, a maneira com que os alunos se envolvem nos projetos por conta própria. Creio que esses novos métodos e muitos outros que podem ser até sugestão dos próprios alunos, já que o professor ensina, mas também acaba aprendendo com os alunos, a realidade precária de ensino em escolas publicas pode mudar para melhor. As discussões até agora, textos, videos estão bastante intercalados e fazm com que o pensamentos de nós docentes em licenciatura se torne muito mais amplo sobre a educação e a realidade em nossa sociedade.

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  32. Bolsista: Letícia Conceição Santos Ramos Alves

    O título remete a ideia de que o documentário apresentará a realidade de estudantes que por motivos diversos não obtiveram anteriormente uma orientação e apoio por parte do Estado e família para desenvolver-se em meio a sociedade. Analisando o trailer é notório que a evasão escolar continua sendo uma problemática presente em nossa sociedade por motivos políticos, econômicos ou sociais, e que é necessário o investimento na permanência do jovem no ensino, pois a sociedade como um todo só tem a ganhar com o ensino.
    Durante o filme me senti um pouco aflita, triste, chorei e sorri muitas vezes a cada depoimento dos alunos, acredito que o filme conseguiu transmitir com sensibilidade as mazelas que a falta de investimento governamental no ensino podem influenciar a vida em diversos setores, pois sem a aquisição do mesmo, o cidadão não consegue se reconhecer na realidade que está incluso e muitas das vezes desconhece seus direitos fundamentais. A cena que mostra o menino falando “Nunca me sonharam como psicólogo ou como professor” eu achei muito bonita, pois na realidade que ele estava incluso os pais não conseguem enxergar a dimensão de oportunidades que o estudo pode transmitir.
    A realidade apresentada no filme se conecta com as escolas que visitamos com o PIBID no sentido que o direito a educação depende sobretudo do governo, pois o resultado dependerá além dos esforços dos professores, mas da condição que o discente e o docente estão inclusos. Levando em consideração que 82% dos jovens são estudantes da rede pública é extremamente importante que nós como futuros professores estejamos cientes da realidade das “juventudes” a partir de documentários ou presencialmente nas escolas para que possamos trabalhar de maneira mais humana futuramente.
    Com isso, é notória a importância de projetos que visam o estimulo do pensamento politico do aluno como o “projeto de vida” que vimos que está presente em algumas das escolas que visitamos através do PIBID, acredito que a ideia central seria apresentar ao aluno a importância do ensino na vida dos jovens, e através desses projetos tornar o aprendizado como uma atividade prazerosa.
    Por fim, a conexão entre os textos que lemos e o filme é evidente. Outrossim, podemos ressaltar a frase de Paulo Freire no livro Autonomia da pedagogia “Ensinar não é transferir conhecimento”, no filme conseguimos perceber que a relação entre os professores apresentados e os alunos ultrapassa a transferência de conhecimento e sim os mesmos atuam como motivadores, parceiros e amigos.





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  33. A priori, a impressão que tive foi que o filme abordaria a displicência com que milhares de sonhos dos alunos são tratados. Ao assistir, me senti muito triste com a fragilidade notada em todo o âmbito educacional, no entanto, senti-me inspirada por alguns exemplos de educadores comprometidos com a profissão e que não mediram esforços para levar a educação até a sua comunidade, dentro e fora da sala de aula. Cabe aqui citar o exemplo do diretor que formou um time com os alunos tidos como mais indisciplinados da escola.

    Além da estrutura das escolas (já citada por colegas anteriormente), nota-se a infinidade de sonhos com os quais os docentes lidam diariamente. Análogo a isso, é a árvore de sonhos que vimos na visita ao colégio Dom Luciano. Tais vistas e posteriormente o contato regular com uma escola pública nos predetermina a maior familiaridade com o sistema e nos torna mais aptos a manejar aquilo de que dispomos a fim de que os objetivos da formação sejam alcançados.

    Vi no documentário muito de Paulo Freire, em se tratando da alegria e esperança, virtudes essenciais à docência segundo ele. Em diversos momentos no filme notei educadores que não perderam a esperança mesmo em uma realidade caótica. Outrossim, notei pontos discordância com as OCEM referentes as condições estruturais necessária com finalidade de incluir e democratizar as oportunidades.

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    1. Ótima lembrança a da árvore dos sonhos no Dom Luciano! Algo que pode parecer tão simples, mas é de um grande incentivo para que os alunos possam sonhar e traçar metas para realizar esse sonhos.

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  34. 1)Acredito que se trata da baixa expectativa que se tem sobre os cidadãos que estão na rede pública de ensino e do descaso que se tem para com a mesma. É um tema pertinente e bastante negligenciado. Muitos, inclusive eu, tem várias histórias de vida que se relacionam com esse tema, então é algo muito presente na realidade do nosso país.
    2) A) Durante o documentário consegui relacionar muito do que vivenciei e do que presenciei das vidas de alguns colegas meus. A parte do filme que falam: “nunca me sonharam e nunca me ensinaram a sonhar” tem um peso enorme, pois eu me lembro de que até o segundo ano do ensino médio eu não tinha grandes ambições, não tinha um grande sonho, assim como muitos colegas não tinham. Revisitar essas memórias me doem muito, é difícil lembrar disso e ver que vários jovens, assim como o meu eu do passado, não terem noção do próprio potencial por falta de apoio, de alguém acreditar neles, alguém que possa acender uma luz no fim do túnel. Depois de ver o filme, eu tenho muito mais claro na minha mente qual é a minha missão como professor, tenho noção do impacto que um bom educador tem na vida de um aluno e de que antes de serem nossos alunos, esses jovens são humanos, eles são como nós, eles são o futuro! Vou levar para a vida a frase sobre as Tâmaras que podem demorar até cem anos para dar frutos: “Você planta e não colhe, mas é importante que você plante.”
    B) Agora vejo as visitas que fizemos as escolas com um outro olhar, um olhar de alegria por ver que esse processo de melhoria já está acontecendo, de pouquinho em pouquinho, mas está! Principalmente na visita ao Jackson de Figueiredo, onde vi jovens com bastante energia, brilho nos olhos ao estar aprendendo e com muita vontade de poder ajudar e fazer parte do ambiente escolar.
    C) O PIBID está com certeza agregando bastante na minha formação, e acredito que na de todos que participam, para poder enxergar vários pontos de vista e aprender bastante sobre essa profissão que desejamos seguir. Graças ao PIBID, consegui enxergar várias coisas que estavam embaixo do meu nariz o tempo todo, sobre como eu posso me aproximar dos alunos, como fazê-los refletir, etc. Acredito que juntando essa experiência no PIBID com as nossas ideias e energia, podemos fazer contribuir bastante para a educação pública. Tenho algumas ideias que ainda estão no papel sobre atividades que podem ser desenvolvidas e acredito que passando mais tempo para poder enxergar o lado humano dos alunos, podem surgir ótimos projetos.
    D) Vários aspectos abordados no filme dialogam diretamente com as leituras que fizemos. Paulo Freire está presente quando se fala sobre respeito e ética, também sobre respeitar o conhecimento de vida de cada aluno e perceber que do mesmo jeito que eles aprendem algo conosco, nós também aprendemos bastante com eles. O texto da Vera Menezes quando se trata da questão em que a formação por si só, não dá conta de preparar o professor. Cada leitura feita tem uma grande importância, pois é algo que iremos encarar e que está presente na nossa educação. E ver como essas leituras dialogam com a realidade, eu sinto que estou evoluindo como pessoa, cidadão e futuro professor e essa experiência está sendo muito gratificante e motivadora.

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    1. Olá, Thiago!
      Gostei bastante dessa frase que você citou: “Você planta e não colhe, mas é importante que você plante.”. Também acredito que, mesmo que não vejamos os frutos do nosso trabalho, ainda assim vale a pena. Pois não semeamos para nós mesmos, pelo contrário, semeamos o conhecimento com a esperança de que nossa dedicação produza frutos na vida dos nossos alunos. E, para mim, vê-los produzindo frutos, já é uma grande recompensa.

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  35. Bolsista:
    Jhon Hennyson de Jesus Lima

    (1) Pelo título e pelo trailer do filme, nos remete à sonhos de pessoas que foram esquecidos, que aquilo que eles acreditam que pode realizar os seus sonhos, que é a educação, foi esquecida; e "Nunca me sonharam" é como se a pessoa não tivesse uma oportunidade de realizar o seu sonho. E o resumo do filme nos mostra que a realidade é bem dura com a maioria dos alunos sonhadores.

    (2) A) O filme nos mostra a realidade da maioria dos jovens, e principalmente os de escola pública, onde eles vêem que a educação é a única saída, a única escada que os ajudaria a subir e alcançar os seus sonhos e objetivos, mas a realidade da educação pública no Brasil não é uma das melhores e foi esquecida pelo governo, promovendo o desinteresse por parte dos alunos, resultando em desemprego, evasão escolar, analfabetismo, e onde qualquer coisa é motivo de evasão da maioria dos alunos, eles não vêem a escola como algo interessante e motivador. Mostra também a realidade social do aluno, a estrutura da escola, e principalmente o meio em que os alunos convivem diariamente e não tem como ser ignorado pois é uma bagagem não só emocional, como cultural e isso influencia de maneira significativa na educação do jovem aluno, e onde o professor precisa se posicionar e lutar pelos seus alunos.

    B) O que vimos no filme não é muito diferente da nossa realidade, vimos muitos alunos repetentes, porém muito aplicados, que querem algo a mais para a sua vida e estão lutando para isso, mas a educação brasileira é precária e isso gera uma série de dificuldades, o que às vezes acaba sendo um desafio para os alunos e um motivo de desânimo na maioria das vezes, fora ainda sua realidade social, os problemas em sua casa, bairro, cidade, gerando uma carga emocional muito grande para o aluno, então nós como futuros professores temos que batalhar pelos nossos alunos, motivando cada um deles é buscando melhor compreender de forma sábia cada um.

    C) Eu estudei a maioria da minha vida em escola pública e conheço muito da realidade dos alunos, e muitos deles não tem a oportunidade de ver a escola como algo bom e prazeroso, e nós como futuros professores podemos mudar essa realidade criando projetos, com músicas associadas às disciplinas, como a professora Ana Cecília já faz, murais, gincanas, atividades e feiras interdisciplinares e entre outros projetos, como filmes e conversações de trocas de experiências entre os próprios alunos e também entre os professores.

    D) Claro que dialogam, o que mais vemos é que o governo e os empresários, os "maiorais", não querem que às pessoas menos favorecidas tenham educação e não estão nem aí se vão ter ou não, porque para eles quanto menos pessoas letradas, melhor. Para eles é mais mão de obra barata, e não podemos deixar isso acontecer.
    E o filme dialoga bastante com o texto de Paulo Freire, principalmente quando fala de educação bancária, onde eles não se importam em construir uma geração com oportunidades de mostrar o que esses jovens são capazes de fazer.

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  37. Bolsista: Mylena de Andrade Mota

    Sinto que o título está ligado diretamente à falta de expectativas que as pessoas criam em relações aos jovens estudantes, visto que a educação no Brasil é muito negligenciada e carece de investimentos. Creio que esse seja o título pois ninguém os sonhou levando a vida a sério, buscando enxergar além da realidade dos pais, tendo senso crítico e, por fim, mudando a própria realidade através dos estudos.

    Inicialmente, senti uma angústia imensa por ver quanto pode ser feito e simplesmente não é pela falta de investimento e importância atribuída à educação. E também, por saber que esses servidores engajados em ter uma relação amigável e respeitosa com os alunos são uma exceção em meio a um mar de professores desestimulados. Logo em seguida, essa angústia foi substituída por esperança, pois vi que o modo como quero dar aula e tratar meus alunos é o caminho certo para que eles tenham rendimento significativo e saiam da escola preparados tanto para o mercado de trabalho quanto para serem cidadãos conscientes. Há uma frase no documentário que define exatamente o que eu senti quando visitei as escolas em que o PIBID está sendo realizado: "Eu quero participar da mudança." (1:14:15), pois, é como Jamile disse, se eu e meus colegas quisermos, podemos fazê-la acontecer. E para que essa mudança aconteça, precisamos ter em mente que o ensino e o aprendizado não se limita à sala de aula. Ao visitar o Colégio Jackson de Figueiredo, tive ainda mais certeza disso pois imaginei várias possibilidades de projetos a serem aplicados em todo o ambiente escolar. Acredito que quanto mais nós estivermos dispostos a abandonar paradigmas de ensino e usar a criatividade, mais nossos alunos ficarão engajados em reconhecer que há aprendizado a todo momento e em todos os lugares.

    Por fim, é incrível observar quanto do que viemos lendo e dialogando está ligado ao filme. Em diversos momentos, lembrei de Paulo Freire e seus ensinamentos em relação à ética e à transmissão de conhecimento recíproca. Além disso, como Vera Menezes explica que só a formação não é suficiente para sermos bons professores. Aliás, a cada dia tenho mais certeza de que para ser um bom professor é necessário, antes de tudo, ser um bom ser humano. Pois é através da empatia e da sensibilidade que faremos com que os jovens queiram continuar no lugar ao qual eles pertencem: a sala de aula.

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  38. A partir do texto e o trailer, pode-se observar os desejos almejados pelos alunos (atingir seus objetivos, ser melhor amanhã, dentre outros), dos gestores e demais componentes (realizar aquilo ao que se propuseram a ser: “instigadores” de sonhos, orientadores...) e as dificuldades que encontram na prática, pois na teoria, ou ainda, na cabeça de cada um, tudo vai seguir uma norma/regra e será realizada, mas com o passar do tempo as adversidades irão aparecer.
    Para mim, o filme é maravilhoso, pois retrata as situações vividas pelos adolescentes e aqueles que tentam fazer da escola um lugar melhor. Aborda toda a dificuldade enfrentada pelo jovem: desde os conflitos familiares, internos, externos, quanto as barreiras encontradas na escola (quer seja o se socializar, ser aceito por quem ele é, o que quer ser quando se formara, dentre outros); pelos gestores: alguns não tema capacidade para gerir a escola, as vezes têm mas o governo não disponibiliza recursos, outros não conseguem lidar com a mudança comportamental do jovem (entende-lo, ajuda-lo a ser melhor, retirar o melhor deles, dentre outros).
    Quando assistimos o filme e olhamos para a realidade das escolas que conhecemos no projeto - PIBID, observa-se que elas se parecem em alguns aspectos e é através deles que como futuros docentes temos que melhora-los ou copiá-los para aplicação futura. Alguns aspectos relatados no vídeo e que puderam ser observados nas escolas: 1 – A estrutura física: algumas parecem realmente uma prisão, 2 – Histórias de jovens com problemas sendo partilhadas com o professor, para que este pudessem orientá-los, 3- Professores capacitados que estão em busca de melhorias na e para a escola, 4 – Jovens com sonhos e capacidade de solucionar problemas, dentre outros.
    Para o desenvolvimento da educação pública, é necessário que quem governa tenha um olhar humano e através deste possa analisar o que realmente uma escola precisa, o que um jovem em fase de descoberta precisa para ser um pessoa/profissional melhor. E ainda, de que um professor precisa realmente para desenvolver bem o seu papel como educador. Apenas olhando para alguns destes questionamentos, creio que teríamos uma educação melhor.
    Diante disso, ao observamos as leituras realizadas e ao filme proposto, podemos ver que as atividades dialogam, porque todas falam de integração, melhorias, escutar os jovens, tirar o melhor deles, o professor têm que buscar meios de instigar os jovens a ter um olhar crítico, a escola precisa encontrar meios de ajudar os jovens a construir um futuro melhor, etc. Traduzindo, todos têm que fazer a sua parte para que o país torne-se melhor e vá além daquilo que queremos. Mas apesar disso, precisamos lembrar das tâmaras, onde “as sementes são plantadas hoje, e os frutos são colhidos anos depois”, ou seja, alguns resultados teremos de imediato, mas a maioria deles teremos a longo prazo.

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  39. 1. - "Não me sonharam" remete à realidade de vários adolescentes em diferentes regiões do Brasil, que têm uma coisa em comum: a falta de suporte e condições de se manterem na escola e, pior, vivos. A existência em si é uma luta, educar-se e manter-se educado, uma guerra.

    2. a) Assistindo ao filme, voltei aos tempos de ensino fundamental em que estudei em escola pública e tendo certeza absoluta que não conseguiria passar no instituto federal para fazer o ensino médio. Não me sentia nem um pouquinho preparado e me subestimava até a última gota. Por fim, passei.
    Me emocionou ver tantas pessoas com a mesma realidade e com o brilho nos olhos. Apesar de tudo, não se deixaram abalar por n e x questões e sempre correram atrás.
    Também me tomei por angústias, pelo quão descartável e seletivo é o nosso sistema educacional.

    B) Os problemas são iguais nas instituições. A falta de estrutura é a primeira coisa a se olhar, e é o que decorre o resto dos problemas. É muito difícil pra um aluno entender que aquele lugar desvalorizado o levará pra um caminho próspero, já que outras soluções de meio de sobrevivência são, aparentemente, mais viáveis.

    C) É, realmente, tornar a escola um lugar mais interessante de se estar. Já que a maioria dos alunos nem sabem o pq de estarem ali.
    Através de trabalhos, como gincana, jogos internos, feirinhas, que engajem o aluno e o torne participante dos trabalhos didáticos. E nós, como professores, devemos também praticar isso em sala de aula.
    O PIBID é o momento perfeito para termos acesso a essas realidades com outros olhos e estudar táticas do quê e como fazê-lo para melhorar o quadro.

    D) Sim, dialogam. Como meus colegas, me lembrei muito de Paulo Freire, sobre como a autonomia mudaria o olhar daqueles jovens, e que um jogo de virada de percepção mudaria muito a realidade da maioria dos jovens.

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  40. 1 “NUNCA ME SONHARAM” Reflete em mim o pensamento de pessoas oprimidas pela sociedade. Pessoas que não tem oportunidades e não são privilegiadas. Me faz pensar em quem sofre de alguma forma uma discriminação, racismo, vive em condição de pobreza e por isso ninguém enxerga um futuro nele.
    2 a) O filme é emocionante!! Pode não está ligado diretamente com a gente, mas é uma realidade que está muito mais próximo do que imaginamos. Me fez repensar meus passos no ensino médio que foi entre escola pública e particular. Vivenciei um pouco dessas dificuldades e entendo aas deficiências do ensino no Brasil. Senti que todos deveriam assisti para poder entender que nem todos tem as mesmas oportunidades e que a luta do outro nem sempre é vitimismo como muitos pregam por ai. É como um dos garotos falou: “dizem que a escola é para todos, mas não é. Se eu não posso mudar, tocar, como eu posso dizer que é meu”¿ É possível ver que são necessárias algumas mudanças no ensino e algumas delas podem e devem ser alcançada pelos professores e pela comunidade escolar.
    b) A realidade mostrada no documentário relata algumas que a gente vê nas escolas que visitamos. Alunos que sofrem por senti fome, que fazem as refeições na escola, a falta do apoio dos pais para continuar os estudos. Alunos que perdem para o tráfico, para a gravidez. Mas também deu para perceber que existem professores dedicados que incentivam os alunos para reaproxima-los da realidade escolar e mostram a importância de obter um bom currículo. Professores que mostram que o estudo é a base para um futuro que eles almejam e ao mesmo tempo criam seres críticos para poderem driblar as próprias dificuldades.
    c) é fácil pensar em algo quando não estamos inseridos naquela realidade, porém, isso torna meio que uma utopia quando não sabemos a história que o aluno carrega. Acho que o primeiro passo é esse, saber o que o aluno carrega consigo para poder elaborar melhores formas de trabalhar essas dificuldades.
    d) Dialogam! A verdade é que os textos que lemos trazem os obstáculos que a educação tem que enfrentar e sugerem um pouco do que pode ser feito para trabalhar essa realidade.

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  41. Bolsista: Leila Martins dos Santos Lima
    A) Eu me senti muito emocionada, do início ao final do documentário. Na verdade eu acho meio impossível quando, para nós futuros professores, é apresentado algo tão cheio de detalhes. Tão bem abordado. É impossível não se sentir tocado. Além de tocado, REPRESENTADO. Não só eu, muita gente falou isso aqui nos comentários, o fato de se ver naqueles jovens. De querer ser ouvido e de ter a sensação de que sua voz importa, que vale a pena argumentar e participar. Quando assistindo ou presenciado tenho contato com situações assim, vejo que escolhi a profissão certa. Aquela que faz meu coração arder. A educação vai mudar o mundo.
    B) Ver “Nunca me sonharam” me lembrou automaticamente cada rostinho que eu vi nas escolas que visitamos. É mágico pensar que cada mente tem milhões de sonhos, que cada corpo cheio de hormônios de um adolescente carrega a gana de ter o mundo na palma da mão. Mas como também foi visto nos comentários é extremamente difícil ser uma mente questionadora, numa sociedade repressiva. “Não existe educação emancipatória, numa sociedade opressora” disse a professora. Podemos associar entre o filme e a realidade das escolas que visitamos os desafios diários enfrentados pelos professores, a situação economicamente difícil de alguns alunos, a estrutura de algumas escolas. Mas o que eu mais associei entre os dois foi a força de vontade de cada professor, que têm um engajamento impressionante.
    C) O filme e a realidade pibidiana se conectam de forma impressionante, pois tratam sobre a mesma coisa: a realidade da educação brasileira. Eu acredito que todo modo operante de trazer o aluno pra perto do professor é válido. Como foi dito, é imperativa a adoção de uma educação mais horizontal, mais humana e igualitária. O professor é mestre, detentor de conhecimento, mas também humano. Aprendemos uns com os outros todos os dias, e o quanto nos permitimos aprender é o quão bom somos naquilo que fazemos. Portanto, o principal projeto que eu tenho em mente é ouvir o aluno, fazer esse aluno se sentir notado. A escola talvez seja a fase mais importante da vida desse indivíduo, o modo como ele passa os seus dias na escola definirá que tipo de cidadão ele será num futuro bem próximo.
    D) Sim, principalmente com Paulo Freire quando diz respeito à educação emancipatória. Quando expõe a necessidade de educar esses alunos de forma que eles se tornem bons cidadãos não apenas religiosamente doutrinados tiradores de dez. Mas seres pensantes, questionadores. O indivíduo que questiona cresce, mas mais que isso. O indivíduo que questiona também ensina, porque ele sabe mais.

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  42. Bolsista: Gabriel Ricardo Farias Silva
    “Reflete sobre o valor da educação”. Debruço-me sobre esse trecho do cartaz do anúncio do documentário na intenção de entender de que forma a educação mostra seu valor e se este é percebido pela sociedade. Como futuro profissional docente, creio que a educação é um dos maiores mecanismos de emancipação e liberdade dos cidadãos. Mas ao me deparar com “Os desafios do presente”, principalmente pra quem veio do Ensino Público, percebo que estes são meios de impedir a nossa ascensão.
    As minhas perspectivas sobre o filme foram além do esperado, me sensibilizei bastante com as situações e as dificuldades enfrentadas por cada aluno/gestor, e acredito que, como dito no próprio filme, esta seja uma das principais características do profissional docente: a sensibilidade. É interessante perceber também, que acabei me projetando naqueles alunos, já que passei pelo Ensino Público e por problemas semelhantes. Outra coisa que acredito ser pertinente, está na fala da educadora Macaé Evaristo, que também é colunista da Carta Educação e Secretária da Educação de Minas Gerais, segundo ela: “Resolver educação no Brasil, é resolve conflitos éticos presentes na sociedade”, entende-se a partir daí que existem outras questões problemáticas que contribuem para a desigualdade no país e estas fazem a manutenção de certas opressões que estão diretamente ligadas à educação e ao trabalho feito em sala de aula.
    Não tive contato direto com os alunos durante as visitas nas escolas, mas pude concluir que os estudantes sentem um prazer muito maior na aprendizagem quando desenvolver algum grau de afeto com o professor, acredito que algum aluno comenta sobre isso no documentário e que ele enxerga os professores como amigos, o que é fantástico, para além disso, existem N problemas estruturais e de gestão escolar que se conectam e que podem ser pontuados aqui: a falta de diálogo, problemas de estrutura do prédio, alimentação dos alunos, descaso e despreparo dos próprios docentes, etc.
    Tenho a consciência de que posso levar projetos para a sala de aula, mas que estes tenham alguma justificativa, dialoguem com a realidade do aluno e que auxiliem na solução de problemas encontrados naquele contexto, talvez algo que se assemelhe a expressão artística de crianças e adolescentes negros, discutir representatividade negra na mídia e em outros espaços, etc.
    “Não existe uma escola emancipatória numa sociedade opressora”, acho que essa fala resume bem a relação entre o documentário e os textos trabalhados, já que estabelece uma proximidade com os ideais freirianos que trabalhamos durante o esse período.

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  43. Samara Milena de Santana Barros - Bolsista

    a) A sensação que me acompanhou ao longo do filme foi de empatia. Jovens sedentos por mudanças, mas com vozes caladas pelas pessoas, tendo vários sonhos frustrados, vivendo um presente sem oportunidades, estando face a face com um futuro incerto.

    b) Ao ver os projetos da educação no papel, é de se admirar. Porém a realidade é totalmente diferente, acaba não acontecendo do mesmo jeito. Além dos projetos, as escolas também precisam de uma estrutura que acolha os alunos e professores, para que eles se sintam confortáveis no ambiente escolar. O que aumentaria o rendimento, a qualidade da aprendizagem. Na escola onde cursei o 3° ano, haviam salas muito quentes (a maioria delas), e ninguém conseguia se concentrar muito bem estudando nessas salas por conta do calor. Então faziam uma divisão: as turmas com as melhores notas ficam nas melhores salas, e as turmas com baixo rendimento vão para as salas quentes. Se o rendimento desses alunos era baixo, qual a motivação que eles tinham para tentar aumentar o rendimento?

    c) O filme faz uma crítica sobre os jovens não serem ouvidos, eles estão sempre com a mente borbulhando de ideias que antes de serem ouvidas são frustradas. Para desenvolver um projeto, além de usar os conteúdos programados, o professor também precisa ouvir, envolver o aluno na elaboração das atividades e ver o que se encaixa melhor com a turma, qual tipo de atividade seria melhor desenvolvida com os alunos.

    d) Os jovens realmente são o futuro da nação, como mostra o filme, são mentes em ebulição, cheias de ideias e sonhos ambiciosos. Mas infelizmente eles acabam recebendo cargas de desmotivação, por parte dos pais, da sociedade, da condição socioeconômica, da educação bancária- como Paulo Freire se refere, que acaba construindo paredes ao redor do aluno, diminuindo horizontes, esmagando sonhos.
    O filme nos mostra muito bem essas juventudes, com rotinas, condições de vida, oportunidades tão distintas, melhor dizendo, grande parte das vezes extintas.
    O professor tem um papel muito importante nesse contexto: além de transmitir conhecimentos, ele tem a missão de transmitir esperança através da educação. Inspirar, motivar, mostrar ao aluno que ele pode construir as próprias pontes e atravessar o que antes, era visto por ele como abismos.

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  44. Voluntária: Juliana Santana Matos Santos
    O título do documentário despertou em mim o sentimento de que existem muitos jovens ralando duro para conseguirem ser “alguém na vida” já que tudo parece estar tão contra eles que o direito de sonhar lhes é negado. Também acredito que existam muitos profissionais que se veem obrigados a superar inúmeros desafios afim de dar uma educação digna para seus alunos.
    Depois de assistir ao filme, posso resumi-lo em uma palavra: baque! Eu sempre estudei em escolas particulares e meu contato mais próximo com pessoas que passaram por situações similares as do filme foi o meu pai. Oriundo de uma família muito carente, negro e que passou por muitas dificuldades de natureza similar às mostradas no filme, ele conseguiu se erguer através do estudo. Eu me emocionei muito, principalmente porque das poucas histórias que ele me contou dessa época difícil da vida dele, ele mencionou um professor de química que colocou fé nele, na dedicação que ele tinha e que foi o pontapé para a carreira dele que futuramente iria vir a se formar em Química pela UFS, o primeiro da sua família a conseguir tal feito. E assim como o diretor acreditou nos alunos infratores e a professora da poetisa acreditou nela na 5° serie, a fé de alguém no meu pai o trouxe aonde ele está hoje.
    Ao longo do filme, a palavra “sonho” e as ressignificações feitas pelos profissionais me remeteu ao Projeto de Vida presente no Colégio Estadual Dom Luciano. Em que os sonhos dos alunos ao invés de comprimidos, são trabalhados para que se tornem realidade um dia.

    Uma das coisas que mais me chamou atenção no filme foi essa “compressão” de sonhos delimitados pela necessidade iminente de entrar no mercado de trabalho. Minha sugestão para reverter o quadro do ingresso precoce em trabalhos na maioria das vezes manual é que uma espécie de feira ou festival seja feito na escola para expor as possibilidades que os alunos têm depois de se formarem na escola, seja ingressar na faculdade ou fazer um curso técnico, o que seja, e que os meios para alcançar esses objetivos também sejam também expostos. O importante é que o aluno saiba que existem opções pra ele e que elas são possíveis sim de serem alcançadas. Outra coisa que também me veio à mente quando o sábado cultural apareceu foi de que, esse evento deveria ser universalizado para todas as escolas. Pois quando o aluno se reconhece como pertencente à escola, ele se sente mais “em casa” e a aprendizagem ocorre de maneira mais leve, deixando de ser um ambiente puro e unicamente feito para estudar.

    Quando é questionado como a educação nas escolas inseridas em comunidades carentes pode ser emancipatória já que os governantes do país desejam manter os pobres pobres, a assertiva de Paulo Freire de que a escola deve ser emancipatória e a metáfora que ele usa que a escola deve ensinar os pássaros a voar, esta possibilidade é jogada fora pelo bruto sistema social implantado e mantido no Brasil. O estudante que é pobre não é assistido pelo Estado e sua ascensão social é um desafio.

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  45. Bolsista: Lucas Natan Alves dos Santos

    A) Ao assistir ao filme, excelente por sinal, tristemente eu não me surpreendi ou me choquei com o que via. Uma vez conheço e entendo que aquela realidade mostrada é a brasileira, talvez de norte a sul do país.

    O que me surpreendeu, por entender antes de assisti-lo que o enredo giraria em torno dos professores, foi esse documentário trazer intrinsecamente a vida real que acompanha todo o alunado fora e dentro da sala de aula. Nos concedendo também a oportunidade de ouvir especialistas que não são da área Educação, mas veem na Educação o Futuro, e um futuro que não repete o passado, como a música do Cazuza.

    Sim, e o questionamento que mais me chamou atenção se deu a partir da fala do Gabriel Leal, de Juazeiro do Norte (CE), quando ele indaga se a escola pertencia aos estudantes ou aos governantes, pois esses são aqueles que mandam a chuva sem ouvir quem vai recebê-la.

    B) No meu ponto de vista, as escolas em que o PIBID se instaura, pelo menos no subprojeto de Língua Inglesa, retratam a educação pública do Brasil, claro, contudo é um retrato parcial porque há escolas que chegam a não oferecer o básico, o mínimo do mínimo.

    Mesmo assim a gente pode perceber nos colégios que visitamos situações bastante parecidas com as que o Nunca Me Sonharam nos apresentou: as grades por todos os cantos, a pintura que não motiva, o calor excessivo, dentre outras.

    C) Quando as OCEM mencionam que o ensino de uma língua estrangeira, por exemplo, resumido à gramática pode contribuir para uma visão parcial do que é realmente possuir outra língua, dessa maneira leva-se o/a aluno/a a dois caminhos: ou passa a odiar aquela língua ou se submete àquele tipo de ensino que recebe visando algo melhor num futuro próximo.

    Assim, projetos não apenas de Línguas, mas também de outras disciplinas, se fazem essenciais. A feira das eletivas (SEED/SE Escola Educa Mais, 2016) é um projeto interessantíssimo que, na minha opinião, não deveria ficar restrito às instituições de ensino integral. Seria uma grande alternativa a escola aproximar os alunos da vida em comunidade, principalmente das comunidades mais carentes, porque o que eu vejo é uma divisão, é um muro entre a escola e a vida dos moradores ao entorno. E tudo que a gente não pode fazer, ou contribuir para a permanência, é colocar outro tijolo no muro, igual ao clássico do Pink Floyd.
    Seria uma troca: os alunos apresentariam o que sabem a seus pais, a seus vizinhos, a sua família; e todos em esses, em troca, retornariam com o que eles sabem, o que não é pouco. Conhecimento retornável. Ajudando a não apontar o dedo ao senso comum, igual propõe Freire (1996).

    D) Dialogam, inegavelmente. Quando nós paramos para observar o artigo de Paiva (2006) sobre as experiências tanto negativas quanto positivas em relação ao ensino, principalmente, no filme isso é relatado. Havendo uma situação - que foi negativa a priori mas que se tornou positiva e - que me chamou super a atenção. Foi a do professor de matemática, Rurdiney da Silva do Espírito Santo, que, após a agir no calor do momento por causa de simples caderno sujo, buscou a ter conhecimento acerca de como era vida do aluno e isso mudou as suas maneiras de ver e de agir. Essa situação remete a Paulo Freire que em Pedagogia da Autonomia, à página 9, postula: o erro na verdade não é ter um certo ponto de vista, mas absolutizá-la e desconhecer que, mesmo do acerto de seu ponto de vista é possível que a razão ética nem sempre esteja com ele.

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