PRIMEIRA DISCUSSÃO NO BLOG


Olá, comunidade do Pibid, subprojeto de Inglês:

Nossa primeira discussão no blog parte de 02 leituras realizadas por vocês:

1 – As Orientações Curriculares para o Ensino Médio (OCEM); e,

2 – Pedagogia da Autonomia (Paulo Freire).

A tarefa desta semana é:

a) registrem no blog que passagem(ns) do livro de Freire vocês entendem que dialoga(m) com o documento lido (OCEM);

b) pensem um pouco nas suas experiências como aprendizes de língua inglesa na escola e falem um pouco das suas memórias positivas ou negativas e como vocês conseguem lê-las, hoje, à luz das 02 leituras supramencionadas.

Last but not least, como contribuição para ajudar a pensar sobre as suas memórias, deixamos essa leitura: clique aqui.

Um esclarecimento: todos devem postar de acordo com as orientações trazidas acima. Além disso, é importante ler os posts dos demais e interagir. É possível que o post de um colega faça você rever suas ideias iniciais, seja concordando ou discordando. Se for o caso, registrem também, ok?

Boas reflexões,

Profas. Ana Karina e Ana Lúcia

106 comentários:

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    1. Voluntário: Emerson Andrade Oliveira.

      Segue abaixo os pontos mais relevantes os quais eu acredito que merecem ser discutidos e que de alguma forma, esteve presente na leitura dos textos disponibilizados e na minha experiência enquanto aluno de ensino fundamental e médio em escola privada.
      A priori, através da leitura do livro "Pedagogia da Autonomia" (Paulo Freire) foi perceptível a gama de influências e reflexões que remetem diretamente no ensino. No primeiro capítulo do livro, "Prática docente, primeira reflexão", Freire traz uma análise pautada nos questionamentos da ética, do respeito, da dignidade e da autonomia do educando. Além disso, indaga também a função do educador quando esse não permite e não favorece a participação dos alunos, desconsiderando os seus pontos de vistas e principalmente, a bagagem histórica de experiências.
      No segundo capítulo, "Ensinar não é transferir conhecimento", o autor aborda a relação ética entre o professor e os alunos, bem como o estímulo para envolver estes em atividades que possam favorecer e construir um meio de pensamento crítico. Somado a isso, questiona e afirma a importância do professor em "exigir" condições de espaços e materiais para exercer a sua docência – Atrelando a ética, respeito, construção e (trans) formação da criticidade.

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    2. A posteriori, acredito que o ponto chave de maior relação entre o livro do Freire e as OCEM se encontra presente no quesito do tema “União entre alunos e professores”, com o intuito de quebrar e não proporcionar a exclusão. Vale ressaltar que a inclusão pode ser proporcionada através da música, dança, atividades esportivas, entre outras áreas de atuações, levando assim uma relação e comprovação positiva para com duas ideias centrais abaixo que são afirmadas pelo o Freire:
      “o pedagogo precisa de segurança no conhecimento o qual é adquirido, para passar com confiança. . .”
      “o pedagogo deve utilizar meios de linguagem de fácil compreensão para entendimento da população, ouvir, aceitar e realizar críticas. . .”
      Atrelando a essa análise acima, segue algumas das minhas experiências:
      No que diz respeito as experiências como aprendiz de língua inglesa na escola, elas foram marcadas por duas etapas. A primeira, ensino fundamental em um colégio particular, e a segunda pautada no ensino médio, porém em uma outra instituição de ensino privada.

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    3. Na primeira, existia fortemente as concepções do Behaviorismo e de Vygotsky. A escola e alguns professores enxergavam os alunos como robôs que estavam prontos para receber a gama de informações e frases gramaticais do inglês desfocadas de textos. Quando eu me refiro ao Behaviorismo ou “psicologia comportamental” é relatando que a instituição fazia muito uso do comportamento do estudante como uma forma de atrelar ao “conhecimento”. Se um determinado aluno apresentava um “bom comportamento” ele estava disposto e “totalmente favorável” a receber o conteúdo de uma outra língua, o qual muitas vezes estava desprovido de meios de interação, como por exemplo, música, filme, jogos, entre outros aspectos. (Ou seja, gramática seca e verbo To Be, hahaha). Somado a isso, os professores apresentavam um comportamento puxando as ideias do Vygotsky, pois acreditavam-se ser um mediador e que iriam “desenvolver” o aluno atribuindo com as suas relações históricas, culturais e sociais.
      Na segunda experiência, a situação é bem diferente com relação a primeira. As aulas de inglês passaram a apresentar momentos de estudos (gramática + diversas áreas), como por exemplo, a música, fotografia, dança, textos da literatura inglesa e questões gramaticais com diversas imagens e diálogos. Os professores apesar de preocupados com o resultado do Enem, não enxergavam os alunos como “mais um ser” na sala de aula, mas sim como indivíduos que apresentam relações pessoais internas e externas com os outros alunos e com a sociedade em geral. Aqui, existia uma maior preocupação dos professores no sentido de como o assunto era trabalhado e de que forma ele era entendido por parte dos alunos.
      Em suma, com a leitura do Paulo Freire e dos outros materiais disponibilizados, esse conjunto de ideias me proporcionou uma reflexão quanto futuro professor. É preocupante as situações das escolas brasileiras, uma vez que a maioria delas estão centradas em bater metas e colher “bons” resultados (globalização), e não apresentam espaços positivos para uma maior interação entre professor e aluno. Por um outro lado, enxergo à docência como um combustível para ser utilizado que some e melhore positivamente o ensino de língua inglesa.

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  2. Bolsista: Natan Marques dos Santos

    A) “No capítulo 1 (um) – “Não há docência sem discência” do livro “Pedagogia da Autonomia” de Paulo Freire, o autor critica o conservadorismo e autoritarismo dos professores, levando muitos alunos à beira da exclusão, como foi abordado no tema “2 (dois) Inclusão e Exclusão” – “Global/Local”, do livro Orientações Curriculares do Ensino Médio (OCEM). Esta exclusão não dá espaço para o discente participar da aula e questionar os temas indagados pelos docentes. Diante disto, nós, futuros professores, precisamos dar espaço para o aluno participar da aula, deixando-o pensar e criticar, levando a ideia de inclusão para a sala de aula.

    Outra reflexão interessante é que as OCEM sempre ressaltam nos tópicos a ideia de estimular os alunos a construírem seus próprios pensamentos. Isto está presente no capítulo 2 (dois) de Pedagogia da Autonomia (Ensinar não é transferir conhecimento), que diz que o discente precisa pensar por conta própria, assim, tendo a capacidade de escolher seu caminho, bem como criticar o atual sistema no qual vive.

    B) Minhas experiências como aprendiz foram bastantes importantes. No ensino médio, o professor de inglês era muito inclusivo no sentido de dar espaço para a gente falar, questionar e refletir sobre temas importantes, como Política. Porém, o docente tinha um aspecto negativo: ele não “desgrudava” do livro didático. Tudo era feito através do livro. O professor não pensava em outras formas de passar o conteúdo (como: discutindo sobre uma música). No futuro, acredito que posso me inspirar no aspecto positivo do docente; dar espaço para o aluno desenvolver seu próprio conhecimento. Mas também não irei me apegar totalmente ao livro didático. Vou desenvolver outras práticas de ensino, assim, não deixando o ambiente de ensino monótono.

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    1. Olá, Natan! Por que você acredita que havia esse apego ao livro didático por parte do professor?

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    2. Olá, Édipo, boa noite! Então, eu nunca perguntei ao professor o porquê dele se apegar ao livro didático. Mas tenho certeza que ele não usava esse método por preguiça ou por ele ser acomodado, até porque ele era muito dedicado a sua função. Acredito que docente era apegado ao livro devido ao seu processo de formação. Por exemplo, o professor não costumava participar de eventos e palestras. Quem sabe isso faria ele refletir sobre o uso do livro didático.

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    4. Oi, Natan, essa sua experiência foi em escola pública ou privada? Outra questão: ainda que primordialmente seguindo o livro, o professor conseguia permitir as vozes dos estudantes, não é isso? De que maneira ele se afastava da educação bancária e entendia o ensino de inglês como um processo mais crítico e cidadão?

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    5. Hello, Natan. Você comentou que o professor que você teve sempre esteve atrelado ao uso do livro didático. Você ainda citou que ele poderia ter incluído uma música. Mas você não acha que, mesmo usando o livro didático, não é possível atrelar outro meio de aula a ele (livro) sem a necessidade de abandoná-lo?

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    6. Olá, Lucas Natan.
      Acredito que o "problema" que o colega citou, foi o apego demasiado do livro didático sem permitir espaços para novas ideias e trabalhos. Vale ressaltar que, muitas vezes esse método é imposto ao professor, o qual fica de "mãos atadas". Eu convivi com uma professora há 2 anos atrás em um cursinho de inglês, a qual foi demitida por fugir das regras que eram impostas pela a empresa e não ser a favor do método de lições que eram jogadas para o aluno sem uma maior preocupação e aanãlise. A mesma não abandonava o livro, porém apenas o utilizava como uma forma de seguir uma ordem e transformava o conhceimento na classe através de outros meios de ensino. Ainda consigo me recordar de uma aula que ela utilizou uma peça de teatro em um vídeo bem curto para explicar o grau dos adjetivos e 2 tempos verbais ao mesmo tempo. Então, acredito que o professor possa utilizar o livro sim! Porém precisa de um jogo de cintura para não ficar centrado em apenas um método de ensino.

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    7. Hello, Emerson. Era exatamente essa a resposta que eu estava esperando do Natan, sendo a sua de extrema valia. Realmente tem de haver "um jogo de cintura", como você disse. E eu diria que, ademais, o MEC deveria não apenas pegar a editora com seus livros e repassar às escolas, para nós escolhemos, mas também exigir livros que realmente contribuam com o aprendizado do aluno de instituição pública. Pois os livros que observo nessas instituições, nao todos, apenas associam o assunto a celebridades ou qualquer assunto, que facilmente encontrado pode ser, para divertir somente, em vez de divertir criticamente.

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    1. Olá, caríssimo Natan !
      Para complementar o que você disse no primeiro ponto, sobre o professor dar espaço para que o aluno participe ativamente da aula, friso que o dito não se esgota em "dar espaço", mas sim promover, criar esse espaço, visto o que em muitas ocasiões, o professor está aberto ao que os seus educandos podem oferecer, e até deseja que os tais sujeitos participem com criticidade do que lhes é por ele posto e exposto, mas seu método pedagógico é mecanicista, conservador(como você mesmo qualificaste). Assim como seu professor que era inclusivo, mas que tinha um método tanto quanto mecânico.
         "[...] ensinar não é transferir conhecimentos, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção. "( Freire, Paulo, Pedagogia da Autonomia)

      " Professor não é aquele que ensina, mas o que desperta no aluno a vontade de aprender" ( Piaget)

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  4. A)
    “Reiteramos, portanto, que a disciplina Línguas Estrangeiras na escola visa a ensinar um idioma estrangeiro e, ao mesmo tempo, cumprir outros outros compromissos com os educandos, como, por exemplo, contribuir para a formação de indivíduos como parte de suas preocupações educacionais.”, p. 91, OCME.
    “É nesse sentido que reinsisto em formar é muito mais do que puramente treinar o educando no desempenho de destrezas (...)”, p. I. FREIRE, Paulo.

    “A credibilidade dos projetos de inclusão, segundo o que informam as investigações, seria construída por uma ação que abrange: capacitação de professores; engajamento de escolas no processo de inclusão; preparação dos pais dos alunos; preparação de funcionários; recursos condizentes com os propósitos do projeto do projeto; cursos de licenciatura em universidade e faculdades atualizadas e sintonizadas com a proposta de inclusão; adequação do currículo escolar às necessidades atuais da sociedade.”, p. 94-95, OCME.
    “Por que não discutir com os alunos a realidade concreta a que se deva associar a disciplina cujo conteúdo se ensina, realidade agressiva em que a violência é constante e a convivência das pessoas é muito maior com a morte do que com a vida?”, p. I. FREIRE, Paulo.

    “O projeto de letramento pode coadunar-se com a proposta de inclusão digital e social e atender a um propósito educacional, pois possibilita o desenvolvimento do senso de cidadania.”, p. 98, OCME.
    “É por isso que transformar a experiência em puro treinamento técnico é amesquinhar o que há de fundamentalmente humano no exercício educativo: o seu caráter formador.” p. I. FREIRE, Paulo.

    “Considerando, como vimos anteriormente, que o conhecimento é sempre social e culturalmente situado, os novos conhecimentos introduzidos em determinada prática sociocultural ou determinada comunidade de prática entrarão numa inter-relação com os conhecimentos já existentes.”, p. 109, OCME.
    “O que quero dizer é o seguinte: não posso de maneira alguma, nas minhas relações políticos-pedagógicas com os grupos populares, desconsiderar seu saber de experiência feito.”, p. I. FREIRE, Paulo.

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    1. B) Na minha memória, não tive bons professores de inglês até a oitava série. Lembro de professores nos ensinando as cores, o verbo “be”, meses do ano, dias das semanas e não muito mais do que isso. Uma professora tentou usar músicas para nos ensinar o idioma, mas não havia muito contexto, elas nos passava transcrições das letras e tocava uma ou outra música pop, nos solicitando acompanhá-la em coro. Há a possibilidade que essa impressão ruim até aqui, me viesse do fato da falta de contexto do ensino da língua, de como ela esteve fora da minha realidade por muitos anos e etc., etc.
      As experiências boas começam com uma professora que me acompanhou do nono ano do fundamental até o terceiro do médio. Apesar dos problemas comuns de ensino que se manifestavam em nossa escola, a professora sempre conseguiu fazer ótimos trabalhos. Lembro como durante todo esse período suas aulas foram plurais em atividades e temáticas abordadas. Aprendemos gramática, fizemos exercícios de audição, de compreensão de texto, de fala, trabalhamos em rodas de leitura e etc. A única crítica que eu poderia fazer seria o quanto nossa professora sempre deixou claro em seu discurso, que aquela matéria tinha a ver com ENEM, vestibular, não necessariamente com cidadania, aprendizado, mas eu, no fundo, nem essa crítica poderia fazer. Porque todos os textos trazidos e discutidos em sala de aula tinham questões sociais envolvidas, questões históricas, ideológicas. Além de que, essa professora, sempre se envolveu ao máximo em ações interdisciplinares. Não esteve presente em sua fala a importância da cidadania, como estava a de passar em uma universidade, mas sempre esteve intrinsecamente presente em seu ensino.
      A relação que enxergo entre meus relatos e as leituras que fiz com meu primeiro contato, aparentemente descontextualizado, com a língua inglesa. A falta de contexto, o idioma fora da minha realidade, o desentendimento em relação a importância do idioma. Em contrapartida, foi toda essa relação que me levou, mais tarde, à interdisciplinaridade, pluralidade de atividades realizadas e do enriquecimento cultural e ao poder empoderador que um idioma pode trazer para um jovem de classe baixa. O que está presente tanto nas OCEM quanto no discurso “freireano” de ir além do conteúdo necessário à disciplina, mas de formar cidadãos.

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    2. Matheus, com base em todas as contradições que parecem ter sido vividas nos seus anos escolares, como você se enxerga como futuro professor de inglês? O que da leitura de Paulo Freire e das OCEM você acredita ser primordial para um trabalho que você consideraria coerente de ensino de inglês?

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    3. Acho que tenho por obrigação tirar o melhor mesmo dos piores professores, aprender com o erro desses e não cometê-los; e, além de me espelhar nos bons, tentar inovar, através do mix próprio de experiências para fazer algo novo e próprio. Acho que não se pode seguir nenhuma teoria à risca, mas conceitos como o de respeito a voz do aluno, de trabalhar em aula com a realidade do mesmo, ou seja: autonomia e inclusão social - e a construção da noção de importância de um idioma estrangeiro, isso nas suas várias instâncias - são os mais importantes. Creio que, no momento, é que de melhor pude tirar das leituras.

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  5. Bolsista: Silmara Cavalcante O. de Araujo

    A) Gosto bastante quando Freire discute, em vários trechos do livro, sobre a dicotomia entre o ensino condicionado (que, infelizmente, faz parte do ensino tradicional da maioria das escolas brasileiras) e a pedagogia da autonomia. No começo do livro, ele declara que "formar é muito mais do que puramente treinar o educando no desempenho de destrezas" (p. 16) e que é necessário "reconhecer que somos seres condicionados mas não determinados" (p. 20), ou seja, trata-se do típico ensino tradicional que tem na imagem do professor, um ser detentor dos conhecimentos, e na imagem dos alunos, seres que serão condicionados aos saberes transmitidos pelo docente. Isso relaciona-se à ideia da inclusão/exclusão que Natan comentou acima, pois nessa "aprendizagem", o aluno é totalmente excluído da possibilidade de construir seu conhecimento ativamente, junto aos professores. Já quando Freire discute sobre a pedagogia da autonomia, que possibilita aos alunos a construção de seu próprio conhecimento e o desenvolvimento do senso crítico, tal ideia pode ser relacionada à noção de inclusão trazida pela OCEM e a proposta de ensino trazida nela, baseada no pensamento de Edgar Morin, que neste sentido dialoga com Freire:

    "As propostas epistemológicas que se delineiam de maneira mais compatível com as necessidades da sociedade atual apontam para um trabalho educacional em que as disciplinas do currículo escolar se tornam meios. Com essas disciplinas, busca-se a formação de indivíduos, o que inclui o desenvolvimento de consciência social, criatividade, mente aberta para conhecimentos novos, enfim, uma reforma na maneira de pensar e ver o mundo. Para isso, estimula-se um ensino que se preocupe com 'uma cultura que permita compreender nossa condição e nos ajude a viver, e que favoreça, ao mesmo tempo, um modo de pensar aberto e livre', como nos dizeres de Morin" (OCEM, p. 90).

    Portanto, tais ideias nos levam a refletir não somente sobre o ensino de inglês (ou de outra LE), mas sobre o modelo pedagógico adotado por grande parte das escolas brasileiras, que não leva em consideração a formação integral do aluno e acredita, muitas vezes, na relação docente/discente baseada no autoritarismo (como Natan comentou). Sobre isso, Freire declara que "a desconsideração total pela formação integral do ser humano, a sua redução a puro treino fortalecem a maneira autoritária de falar de cima para baixo" (p. 113), enquanto a OCEM também nos permite refletir acerca disto.

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    1. B) Quanto às minhas memórias como aprendiz da língua inglesa, são positivas quando se trata dos contatos iniciais e, infelizmente, não tão positivas em relação ao ensino médio. Meu primeiro contato foi na 5ª série, em uma escola privada que adotava o Ensino Positivo, meu professor falava bastante em inglês na sala de aula e ensinava não somente conteúdos gramaticais, mas também vocabulário e pronúncia. Nas 6ª e 7ª séries, estudei em outra escola privada, o professor falava algumas frases em inglês e trabalhava com músicas, leituras, tradução. Já na 8ª série, estudei em uma escola municipal no RJ e a professora dedicava boa parte da aula à leitura e pronúncia, junto aos conteúdos gramaticais. No ensino médio, na escola pública (aqui em SE), lembro que tinha muita falta e trocas de professores, o que prejudicava o avanço nos conteúdos (como relatado na leitura sugerida), as aulas eram voltadas ao verbo To Be e, durante os 3 anos, só estudei Simple Present e Present Continuous (enquanto no ens. fund. já tinha visto conteúdos mais avançados). Além disso, a maioria dos meus professores nessa época eram desmotivados. Então, acredito que um dos pontos fundamentais durante e após a formação de professores, trata-se de como encaramos a educação, pois mesmo havendo muitos obstáculos, é necessário que tenhamos a convicção de que, como bem coloca Freire, "se a educação não pode tudo, alguma coisa fundamental a educação pode. Se a educação não é a chave das transformações sociais, não é também simplesmente reprodutora da ideologia dominante" (p. 110).

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    3. Pontos interessantes, Silmara. Gostei muito do seu destaque do texto de Freire (p.110): "se a educação não pode tudo, alguma coisa fundamental a educação pode." O que você acha fundamental que realizemos por meio do ensino de língua inglesa, com base na leitura das OCEM?

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    4. Olá Karina! Acredito que o fundamental, com base nas OCEM, é que trabalhemos os conceitos de inclusão e cidadania. Inclusão no sentido que havia falado anteriormente, propondo ao aluno uma participação ativa na construção de seus conhecimentos e, especificamente em relação à língua inglesa, considerando os conhecimentos prévios desse aluno, bem como o uso prático desse conhecimento no seu cotidiano, como no exemplo que Oliver nos trouxe na última reunião, sobre despertar no aluno que ele já conhece e utiliza diversas palavras/expressões em inglês no seu dia-a-dia. Assim, podemos amenizar um certo estranhamento que a língua possa despertar em alguns estudantes, ou mesmo a ideia de "não gosto e não preciso do inglês".

      Quanto à cidadania, acho importante que, através da linguagem, possamos despertar no aluno essa noção de pertencimento à sociedade, bem como aguçar a percepção da existência de múltiplas culturas e que, cada uma com suas peculiaridades, tem sua devida importância e espaço. Assim, acredito que ajudamos a desenvolver um sentimento de respeito à diversidade.

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  9. Freire é um grande pensador que, dentre outros aspectos, sempre viu a Educação como meio de intervenção para a melhoria do indivíduo tanto para o seu eu singular quanto para o seu eu social. Em Pedagogia da Autonomia, uma das palavras-chave que permeia a obra é "empatia".

    Ser empático vai além de se sensibilizar com o outro. Eu diria que seria um trabalho mais profundo que detectar o problema de alguém, por exemplo, e "walk in their shoes". É você saber como isso acontece e poder fazer algo para minimizar o mesmo; e, para tanto, como em toda lida com problemas, isso também requer processo.

    A Educação é um processo. Processo esse que, segundo o autor, deve ser de uma pedagogia fundada na ética. Por ética, entende-se por aquela que não se limita a simplesmente suprir as demandas do mercado de trabalho. Na verdade, deve ser uma ética que esteja alinhada com as premissas de fazer com que o indivíduo contemple a relevância de sua bagagem cultural, social e afins; analise os espaços que ele e os demais transitam; seja crítico em relação a eles; e possa, até mesmo, mudá-los, ou melhor, ressignificá-los.

    Com relação ao nosso papel de educadores:
    "É por esta ética inseparável da prática,
    jovens ou com adultos, que devemos lutar. E a melhor maneira de por ela lutar é vivê-la
    em nossa prática, é testemunhá-la, vivaz, aos educandos em nossas relações com eles.
    Na maneira como lidamos com os conteúdos que ensinamos, no modo como citamos
    autores de cuja obra discordamos ou com cuja obra concordamos." (p. 8)

    Fazendo um gancho com a fala acima, a ética, em meu ver, além disso, deve confluir para o empoderamento do indivíduo com o discurso de que "todos devem ser agentes atuantes, de fato, desses espaços" e não meramente passivos aos discursos que, por vezes, econômica e socialmente falando, vêm "de cima para baixo". Então, vem o questionamento mais específico da nossa área: em Língua Inglesa, qual é o papel do professor?

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  10. As OCEM de Língua Estrangeira (que, deveras, também "bebeu" em Paulo Freire) traz essa perspectiva de que o professor deve prezar, além e através das competências linguísticas, pela Educação em prol da cidadania. Cidadania essa que pode ser estabelecida de uma processo de ensino-aprendizagem da língua, pelos seus métodos e/ou abordagens, que tenham por objetivo a fomentação de um indivíduo, acima de tudo, crítico e (continuo batendo na tecla) atuante.

    Infelizmente, no meu período escolar do Ensino Fundamental, eu fui exposto a um ensino da língua inglesa que era permeado por uma rigidez de métodos tradicionais e um tanto arcaicos que, à época, já não satisfaziam as minhas necessidades.
    No entanto, seria ingrato da minha parte não reconhecer bons professores que tive, principalmente no Ensino Médio, quando estudei, por exemplo, no Colégio Estadual Atheneu Sergipense, com a professora Iranci Tominasi (creio que se escreva assim o nome dela) e pude ver a importância que a língua tem e aonde ela poderia me levar (e, de fato, levou). E tudo começou pela palavra "empatia". Não tenho a intenção de romantizar a situação, mas, se assim o for, que seja, pois eu posso dizer que foi a empatia que essa minha professora tinha ao contextualizar suas práticas de sala de aula com a minha realidade e necessidades, que me fez ler o mundo de outra maneira, já que o inglês me possibilita ver, hoje, o mundo em geral através de diversas óticas, que, inclusive, são modificadas a todo instante.

    Por fim, espero que nós professores, em serviço ou em formação, possamos ser sensíveis com os nossos alunos e tenhamos o compromisso profissional e social, sem desconsiderar, claro, o ensino da língua. Como discutimos em nossa última reunião, nossos alunos não são como "tabula rasa", como presumia alguns autores (Locke é um deles), que estão ali esperando, vazios, os conteúdos serem "despejados" em suas mentes. Mais do que professores (que professam algo), somos mediadores, negociadores e, também, eternos aprendizes. Para tanto, precisamos ser, também, empáticos e humildes para com eles.

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    1. Imagino, professor, que até dado ponto uma certa "rigidez" (me referindo ao que o senhor comentou) seja necessária. Paulo Freire fala sobre essa necessidade de autoridade, sem, claro, sufocar a liberdade do aluno. Sobre o professor como mediador, tenho a impressão de que os melhores professores trabalham com esse diálogo constante, ouvindo e questionando seus alunos. Tal qual professores que, por exemplo, fazem isso se tornar uma prática ao organizar um debate de ideias e conseguir, realmente, criar um ambiente de discussão de ideias, se colocando como mediador e estimulando criticidade.

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    2. Ética, empatia...Édipo recuperou palavras-chave para nós educadores. Será que elas têm acompanhado você como aprendizes? E como futuros professores?

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  11. “Para que ele se torne um processo crítico e eficaz, é importante evitar, nessa inter-relação, a mera importação do novo, sem promover a devida interação com o velho, por meio da qual tanto o recém-importado quanto o previamente existente se transformarão, criando algo novo.” (OCEM, 2006)
    “Por que não discutir com os alunos a realidade concreta a que se deva associar a disciplina cujo conteúdo se ensina, a realidade agressiva em que a violência é a constante e a convivência das pessoas é muito maior com a morte do que com a vida? Por que não estabelecer uma necessária “intimidade” entre os saberes curriculares fundamentais aos alunos e a experiência social que eles têm como indivíduos?” (FREIRE, 2013, p.32)

    Um dos muitos pontos em que as OCEM e o livro “Pedadogia da Autonomia” conversam, é que o conhecimento novo não pode anular o conhecimento prévio, ao contrário, estes devem se fundir criando algo novo. Isso pode ser feito ao relacionar o conteúdo de uma aula com uma coisa que o aluno já conhece, por exemplo. É evidente que o mesmo aprenderá muito mais rápido e de modo muito mais prazeroso, em contrapartida, quando o docente anula esse conhecimento, ele acaba dificultando a aprendizagem do discente, já que o assunto ministrado passa a se tornar algo distante, causar desânimo, ou ainda, fazê-lo pensar: “Isso não está relacionado com o que eu vivo. Então, por que aprender?” E, na escola, lembro-me bem de ter vivido isso, pois muitos assuntos eram passados de forma tão vazia que, apesar de gostar de inglês, eu não sentia que aquilo realmente me incentivava a aprender aquela língua, ou ainda, contribuía para minha cidadania. As aulas de inglês me incentivaram a querer aprender mais, porém não foi de um modo bom, na verdade, o distanciamento do idioma nas aulas criou em mim uma vontade de querer ensinar melhor do que o modo como aprendi. Me recordo também, de uma aula que a professora de inglês treinou o “listening” por meio de uma música, onde nós tínhamos que completar os espaços em branco com as palavras ouvidas,e a maioria, senão todos, conhecia a música e conseguiu fazer a atividade. Isso só mostra o quanto é importante relacionar o conteúdo com a realidade dos alunos.

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  12. A) Ao iniciar a leitura de Pedagogia da Autonomia deparei-me com a frase “formar é muito mais do que puramente treinar o educando no desempenho de destrezas”, o que relaciona-se diretamente com uma questão levantada no início do terceiro capítulo das OCEM, a questão do ensino de inglês na escola e nos institutos de idiomas, o que as diferenciava, a partir disso, no decorrer do capítulo a questão é esclarecida, a diferença se dá pelos objetivos de cada uma. Isso significa que, a escola além de ter como objetivo ensinar, tem um compromisso na formação dos indivíduos, portanto, é necessária a compreensão do conceito de cidadania, o que Paulo Freire traz em sua obra, justamente essa busca pela autonomia de ser do sujeito que aprende.
    Outro levantamento presente nas OCEM que dialoga com Pedagogia da Autonomia, é que o ensino não pode estar desvinculado de valores sociais, culturais e políticos, Paulo Freire ressalta que é preciso estabelecer relações entre o que é ensinado e o que ocorre no meio, por este motivo o preparo para a docência tem que levar em consideração tais aspectos. Formar pensadores críticos e que sabem que somos seres condicionados, tanto culturalmente como socialmente, mas que não somos determinados e que é possível mudar a realidade social. Desse modo as leituras nos mostram que ser docente vai além de “transferir conteúdo”, é essencial fazer com que o aluno conheça as razões pelas quais estudar poderá ajudar e mudar sua vida.
    Mais um aspecto concernente é que a preparação científica e ética citada na obra de Freire, conta com o respeito aos outros e a capacidade de aprender com o diferente, ou seja, o aprendizado é mútuo, o docente deve mostrar ao aluno que há uma heterogeneidade, quem ensina sempre aprende e vice-versa. Sem dúvida, isso nos leva a uma das frases marcantes de Pedagogia da Autonomia “Aprender precede ensinar”, diante desta constatação Freire monta uma rede de ideias nas quais, o aspecto da cidadania, o respeito a carga cultural do aluno, o respeito mútuo, a ética, a inclusão, aparecem como indissociáveis e intrínsecos. Todos esses elementos estão presentes nas OCEM. A leitura das OCEM e do livro de Freire alargam nossa visão, nos faz perceber que ser docente demanda responsabilidade e criticidade no ato de ensinar.


    B)As memórias positivas que possuo como aprendiz, sempre estão relacionadas a atividades lúdicas, nas quais o inglês era facilmente adquirido, uma destas memórias que mais marcaram-me, está associada a uma música, uma atividade que colocou toda a sala no processo. Após adquirir repertório com as leituras, percebo que, essa atividade marcou na memória pelo fato de que os alunos tiveram uma participação ativa no processo, não foi somente uma aula mecânica, houve interação, essa que é fundamental na educação, ao colocar os alunos para colaborar na construção da aula e tentar fazê-los usar conhecimentos já adquiridos, o que está ligado ao conceito de aprendizagem significativa, o que fez com que elementos formais fossem adquiridos com mais facilidade.
    Por outro lado, experiências negativas também marcaram-me, hoje percebo que isso ocorreu pelo simples fato de sentir que os conteúdos eram algo distante, por consequência uma aula distante, na qual não parecia haver significado, o que fica elucidado em Pedagogia da Autonomia, o ensino não dever ser dissociado da realidade do aluno.

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  14. A) Ao analisarmos o livro "Pedagogia da Autonomia" de Paulo Freire, vemos, em inúmeras vezes, seu diálogo com o documento "As orientações Curriculares para o Ensino Médio (OCEM". Porém enfatizemos o diálogo que diz respeito a importância do professor respeitar o pensamento crítico do aluno e sua autonomia intelectual. Para Freire: É preciso, sobretudo, e aí já vai um destes saberes indispensáveis, que o formando, desde o princípio mesmo de sua experiência formadora, assumindo-se como sujeito também da produção do saber, se convença definitivamente de que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção. E de acordo com o documento OCEM: o aprimoramento do educando como ser humano, sua formação ética, desenvolvimento de sua autonomia intelectual e de seu pensamento crítico, sua preparação para o mundo do trabalho e o desenvolvimento de competências para continuar seu aprendizado. (Art. 35)

    B) A realidade da maioria das escolas públicas do Brasil não é admirável, ao longo de sua formação os alunos enfrentam vários problemas em relação a falta de recurso das suas escolas e, referente à aula de língua estrangeira, eles encontram muitos professores que não possuem domínio das habilidades básicas para execução de seu trabalho. Minhas recordações, assim como a maioria dos alunos das escolas públicas do Brasil, não são majoritariamente positivas, pelo contrário, vivenciei muitos problemas nas minhas aulas de LE. Pois, parte relevante dos professores não tinham domínio suficiente das habilidades oral e escrita da língua que ensinavam, isso dificultava a aprendizagem dos alunos e, com falta de recursos para dinamizar suas aulas, os professores de LE não estabeleciam relação daquilo que ensinavam com a vida dos alunos, por isso os alunos sentiam-se desestimulados.
    Em seu livro Pedagogia da Autonomia, Paulo Freire trabalha a ideia de que os professores precisam produzir e/ou construir conhecimento e não apenas transferir. Vejamos o que Freire fala sobre os professores que focam apenas em transmitir conhecimento ignorando as noções e senso crítico dos alunos: É preciso, sobretudo, e aí já vai um destes saberes indispensáveis, que o formando, desde o princípio mesmo de sua experiência formadora, assumindo-se como sujeito também da produção do saber, se convença definitivamente de que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção.

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  16. A) Ao decorrer das leituras dos dois documentos, pude confirmar o pensamento de que mesmo estando em pleno Seculo XXI, métodos arcaicos de ensino ainda estão presentes em nosso sistema de educação, tais métodos tradicionais que possuem falhas bastante discutidas. O que os professores e futuros professores precisam ter noção é que, antigamente, o professor era tido como única fonte de conhecimento em sala de aula, ou seja, ele poderia guiar seus alunos para onde quisesse sem ser questionado, porém, hoje em dia, as coisas mudaram, principalmente com ajuda da internet, e o fácil acesso a partir dos celulares, os alunos já possuem uma carga de conhecimento prévio e um acesso imediato a tal conhecimento devido a essas facilidades e mecanismos dos dias atuais, coisa que antigamente só era possível em livros, enciclopédias encontrados apenas em bibliotecas. O ponto em que quero chegar é que precisamos tratar a sala de aula “ não mais como se estivéssemos em uma seca e o professor fosse um bebedouro com única fonte de conhecimento, estamos em um mar de conhecimento e devemos ensiná-los a nadar” ( LAMARINO, 2017,TEDxUSP), ou seja, diante dessa facilidade devemos priorizar essa carga que o aluno possui e procurar contextualizar com essas diferentes realidades e guiá-los para uma forma correta de aquisição desses conhecimentos.

    Um dos pontos tratado acima são dialogados entre “ Pedagogia da Autonomia” e as “OCEM” quando Freire cita:
    “Ensinar exige respeito ao saberes dos educandos” p. I. FREIRE, Paulo.
    “O educador democrático não pode negar-se o dever de, na sua prática docente, reforçar a
    capacidade crítica do educando, sua curiosidade, sua insubmissão.” p. I. FREIRE, Paulo.

    Possuindo relaçao com essa citação presente na OCEM:

    “Com isso, é importante fazer com que
    o aluno entenda que, em determinados contextos (formais, informais, ofi -
    ciais, religiosos, orais, escritos, etc.), em determinados momentos históricos
    (no passado longínquo, poucos anos atrás, no presente), em outras comunidades
    (em seu próprio bairro, em sua própria cidade, em seu país, como
    em outros países), pessoas pertencentes a grupos diferentes em contextos
    diferentes comunicam-se de formas variadas e diferentes.” p. 92, OCEM

    Aproveitando o gancho, outro ponto que me chamou atenção e pode ser considerado o mais importante é que o papel do professor antes de mais nada possui o objetivo da formação da cidadania do aluno, fazer dele um ser cidadão, ético com senso crítico.

    “Quando falamos sobre o aspecto educacional do ensino de Línguas Estrangeiras, referimo-nos, por
    exemplo, à compreensão do conceito de cidadania, enfatizando-o. Esse é, aliás,
    um valor social a ser desenvolvido nas várias disciplinas escolares e não apenas
    no estudo das Línguas Estrangeiras […] mas entende-se que “ser cidadão” envolve a compreensão
    sobre que posição/lugar uma pessoa (o aluno, o cidadão) ocupa na
    sociedade.” p. 91, OCEM

    “Uma pedagogia fundada na ética, no respeito à dignidade e à própria autonomia do educando.
    Como os demais saberes, este demanda do educador um exercício permanente.” p. I. FREIRE, Paulo.

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    1. B) Eu estaria sendo muito ingrato em não reconhecer o ótimo trabalho feito pela minha única professora de inglês que tive. Estudei maior parte do fundamental e os três anos de ensino médio com ela nesta mesma escola ( Colégio José Fernandes da Fonseca ). Embora ela aplicasse o método tradicional de ensino, quase sempre focando em conteúdos gramaticais, ela até tentava trazer algo mais lúdico, como músicas, games, etc. Na tentativa de despertar o interesse da turma em sua aula. Porém, por ser uma escola privada, ela não tinha tanta autonomia, nem tempo permitido para tais atividades, pois devia seguir as ordens dadas pela direção: “Seguir o livro didático e terminá-lo no período certo” e “ Foco no ENEM”. Dessa forma, apenas uma minoria da turma ( incluindo eu) se interessava e gostava de aprender inglês, isso porquê já possuíamos um “conhecimento prévio”, eu por exemplo, já possuía um contato com inglês a partir dos jogos eletrônicos, músicas e filmes ( graças ao meu irmão mais velho) em minha casa, ou seja, uma parte daquilo visto em sala de aula, de certo modo, tinha um contexto para mim. Mas e aqueles que estavam sendo apenas “ vítimas do método tradicional de ensino”, digamos assim, em que nada daquilo que via em sala de aula não possuía nenhuma relação com sua realidade ou em que nada daquilo serviria em sua vida? Talvez essas relações até existissem, mas a peça fundamental para trazer essa resposta (o professor) não tenha sido precisa, quanto ao despertar do senso crítico de meus colegas, fazendo com que buscássemos ou percebesse esse contexto entre o ensino do inglês com a nossa própria realidade e que a língua inglesa está muito mais próxima de nós do que imaginamos.

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  17. A- A OCEM é, indiscutivelmente, influenciada pela obra freiriana, basta uma simples leitura em ambas as obras para perceber as claras referências, segue algumas dessas claras referências para exemplificar:
    “Quando falamos sobre o aspecto educacional do ensino de Línguas Estrangeiras, referimo-nos, por exemplo, à compreensão do conceito de cidadania, enfatizando-o. Esse é, aliás, um valor social a ser desenvolvido nas várias disciplinas escolares e não apenas no estudo das Línguas Estrangeiras.” P. 91, OCEM.
    “Por isso mesmo pensar certo coloca ao professor ou, mais amplamente, à escola, o dever de não só respeitar os saberes com que os educandos, sobretudo os de classes populares, chegam a ela –saberes socialmente construídos na prática comunitária – mas também, como há mais de trinta anos venho sugerindo, discutir com os alunos a razão de ser de alguns desses saberes em relação com o ensino dos conteúdos.” P17, FREIRE.


    “Explicitamos que as questões que buscam desenvolver o letramento crítico levam em conta o trabalho que vinha sendo realizado em leitura nas escolas nos últimos anos. Ou seja, continua-se trabalhando a compreensão geral, dos pontos principais e as informações detalhadas do texto, assim como os elementos lingüístico-textuais oferecidos pelos textos selecionados, os quais contribuem para a compreensão e o exercício de interpretação (construção de sentidos). O letramento crítico representa uma ampliação e uma definição desse trabalho de leitura no que se refere à expectativa de desenvolvimento crítico dos alunos.” P.116, OCEM.
    “Como manifestação presente à experiência vital, a curiosidade humana vem sendo histórica e socialmente construída e reconstruída. Precisamente porque a promoção da ingenuidade para a criticidade não se dá automaticamente, uma das tarefas precípuas da prática educativoprogressista é exatamente o desenvolvimento da curiosidade crítica, insatisfeita, indócil. Curiosidade com que podemos nos defender de “irracionalismos” decorrentes ou produzidos por certo excesso de “racionalidade” de nosso tempo altamente tecnologizado.” P 18, FREIRE.
    Dessa forma, pensar OCEM dissociada de Paulo Freire é inadmissível.


    B- Não tenho muitas lembranças sobre meu aprendizado de inglês no ensino fundamental, lembro apenas que cursei do 6° ao 9° ano com a mesma professora e apesar de nutrir certo interesse pelo idioma, não era uma aluna muito exemplar, minhas notas não eram altas e não aprendi muita coisa. Já no ensino médio, ingressei sem dominar nem o verbo “to be”, novamente, cursei todos os anos com uma única professora, dedicada à profissão e com preocupação especial com cada um de seus alunos, além de desenvolver atividades gramaticais, ela trabalhava músicas, pronuncia, interpretação e etc., apesar de todos os esforços, não conseguiu despertar meu interesse pelo idioma, foi só quando entrei em um curso de idioma no final do primeiro ano que comecei absorver os conteúdos, as aulas eram bastante dinâmicas, mas sem deixar de lado a gramática.
    Meu aprendizado de inglês se deu, em grande medida, no curso de idiomas, confirmando assim, aquilo que é exaustivamente repetido sobre a ineficiência do ensino de língua estrangeira no ensino básico. Certamente ainda tem muito a se fazer para a melhoria do ensino público regular.

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    1. É engraçado pensar nisso, porque, apesar da minha boa experiência durante o Ensino Médio, tenho a impressão de que quando comecei a participar de um curso de idiomas houve uma potencialização das minhas habilidades linguísticas no inglês. Pergunto-me se isso dá por causa da diferença de duração de cada, pelo fator de escolha e interesse de se dispor a fazer um curso, se por causa da necessidade da escola em aprovar alunos em universidade. Imagino que envolva um pouco de tudo isso e muito mais até, mas não quando li a OCEM e ouvi as discussões sobre, de fato, ensinar inglês na escola pública, ter isso como objetivo tanto me estimula quanto me assusta. Penso se é possível, da forma como se coloca o ensino-aprendizagem hoje em dia. O que acha?

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    2. Eu vejo que muitos alunos saírem da escola regular com alguma base do inglês e outros saem sem nada aprender, o que acontece também com outras disciplinas, isso me leva a pensar que pode ser uma responsabilidade individual, de esforço aplicado, determinação e etc., acredito que quando se entra em uma escola de idiomas, as habilidades são melhores desenvolvidas, o que não quer dizer que o aluno sairá de lá dominando o idioma, tive vários colegas durante o curso que terminaram junto comigo, mas que ainda não possuíam domínio satisfatório para o nível. O que reforça mais uma vez o esforço individual. Não quero com isso tirar a responsabilidade da escola, seja pública ou privada, de oferecer as condições necessárias aos alunos para que possam adquirir boa formação, mas entender a baixa qualidade da formação hoje como responsabilidade total da escola e do professor também não me parece o caminho adequado. Talvez a forma como se coloca o ensino-aprendizagem hoje não seja a melhor, como mencionei antes, certamente ainda tem muito a se fazer para a melhoria do ensino, basta saber se estamos buscando caminho correto.

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    3. Concordo de que o esforço individual também está muito em voga nesse processo. Mas acredito que seja papel de um professor estimular esse esforço.

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  19. Bolsista: Mylena de Andrade Mota

    A) Ao dizer que “formar é muito mais do que puramente treinar o educando no desempenho de destrezas” logo no início do livro “Pedagogia da Autonomia”, Paulo Freire remete automaticamente para as claras diferenças nos objetivos de ensino entre o ensino de línguas estrangeiras na escola regular e os cursos de idiomas. Essas diferenças se dão pelo fato de que, enquanto no ensino regular buscam-se ensinar o idioma e, ao mesmo passo, contribuir para a formação de cidadãos, os cursos de idiomas focam majoritariamente no desenvolvimento das habilidades necessárias para o domínio da língua estrangeira estudada.

    Além disso, quando Paulo Freire, no capítulo 2 do livro “Pedagogia da Autonomia”, deixa claro que “ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção”, ele estabelece uma conexão direta com o conceito repetidamente exposto nas OCEM de que é necessário dar ao aluno liberdade para expressar suas indagações e compartilhar seus conhecimentos prévios para, assim, contribuir para o desenvolvimento de uma sala de aula sem barreiras entre o professor e os alunos.

    B) A língua inglesa começou a chamar a minha atenção quando estava nos anos finais do Ensino Fundamental, porém, nessa época, tive duas professoras que não estimulavam nem um pouco os alunos a aprender o idioma. Elas estabeleciam uma relação de autoridade e focavam, basicamente, em ensinar o clássico “Verb to be” utilizando o livro de didático, sem dar espaço para que os alunos fizessem questionamentos ou compartilhassem seus conhecimentos (o contrário do conceito de “respeito aos saberes dos educandos” que Paulo Freire cita na parte 1.3 do Capítulo 1 “Não há docência sem discência” no livro "Pedagogia da Autonomia") e excluindo totalmente a contextualização necessária para despertar o interesse dos alunos. Consequentemente, me tornei autodidata e passei a buscar o aprendizado do idioma através da internet, com músicas, textos em blogs e vídeos. Com isso, me vi evoluindo meu nível de inglês e, em contra partida, vi meus colegas de sala estagnados por falta de estímulo, o que remete ao tema 2 das OCEM, “Inclusão/Exclusão”.

    Entretanto, no Ensino Médio tive Olivaldo Lima (mais conhecido como Oliver) como professor e, ao ensinar o conteúdo interligando-o com a vida real e mostrando a importância do idioma, me ajudou a expandir minha paixão pelo Inglês e, consequentemente, meu conhecimento. Por fim, sou grata pois foi essa boa experiência que me estimulou a ingressar na graduação e me sinto imensamente realizada com essa escolha.

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  21. A) "Todos sabemos da necessidade de reflexões, de atualizações a respeito dos pensamentos
    sociais, educacionais e culturais na área do ensino. Mas também sabemos
    o quanto é difícil mudar atitudes em nós mesmos, como pessoas, e nas instituições
    que construímos ou ajudamos a preservar. Muitos de nós projetamos uma escola
    melhor, um ensino mais satisfatório, uma educação mais condizente. Se isso nos
    leva a pensar em reformulações, talvez possamos refl etir sobre o que nos lembra
    Morin (2000, p. 20): “A reforma do ensino deve levar à reforma do pensamento, e a
    reforma do pensamento deve levar à reforma do ensino”. Continuamente. Consideramos
    que essa seja uma premissa inspiradora dos fundamentos das Orientações
    Curriculares para o ensino de Línguas Estrangeiras na escola média." P. 88, OCEM, que se relaciona muito com a obra de Paulo Freire (Pedagogia da Autonomia) a partir do momento em que é falado que "Ensinar exige consciência do Inacabamento", explicando com exemplos de que um conhecimento nunca será repassado de forma idêntica a outro aluno, por que é necessário adaptação e, a partir do momento que um assunto é ensinado, mais alguma coisa é acrescentada por parte dos discentes, fazendo com que, numa próxima explicação, ainda mais informação seja compartilhada com os próximos.

    B) Infelizmente tenho mais aspectos negativos do que positivos em relação a minha experiência com o aprendizado de Língua Inglesa, porém reconheço que as mesmas coisas aconteceram com as outras disciplinas também e tenho total conhecimento que tais fatos se davam devido à metodologia e regras exigidas pela coordenação da escola em que estudei. 1- Durante todo o meu ensino médio o ensino do Inglês foi voltado exclusivamente para as interpretações dos textos do ENEM, o que ajudou em meu desempenho no mesmo, porém todo um resto que poderia ser abordado, algo que estimulasse a criticidade, foi deletado. 2- Tudo era voltado para a gramática e apenas a competência "reading", com pouquíssimos usos do "writing" foram usadas. Eu, que passei o 1° e o 2° ano fazendo curso de idioma, tinha um bom estímulo em conversação e isso entrou em completo desuso no 3° ano, porque eu só precisava do inglês para responder 5 questões na prova do vestibular. 3- Não havia nenhuma utilização de filmes, músicas ou clipes, por mais que a escola (particular) tivesse recursos, porque o foco dos alunos não podia sair nem por um segundo dos acertos das questões. O professor era limitado pela escola e limitava os alunos. Felizmente essa metodologia não diminuiu o meu amor pela língua e ainda assim escolhi estudar licenciatura na Universidade. Penso que, mesmo que focando no ENEM, poderia existir debates em cima de textos críticos, que estimulariam o uso do inglês, o entendimento e o prazer pelo aprendizado da Língua Inglesa.


    Milena Barreto Lira

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    1. Parece-me que a escola particular, ao exigir uma concretude de sucesso do trabalho de um professor em número de aprovações em universidade, veta um pouco (muito, eu acho, na verdade) os estímulos críticos, a formação de cidadania e etc. Gostaria de ouvir um professor que já deu aulas em colégios privados falar se realmente há uma clara, ou mesmo implícita, obrigação no tocante a aprovar alunos ou na formação de criticidade e cidadania, confirmando ou não essa minha hipótese.

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    3. É exatamente isso. Há mais preocupação em formar robôs que acertam questões, que estimular o gosto pelo inglês ou por qualquer matéria e assunto.

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  22. “A pedagogia da autonomia nos apresenta elementos constitutivos da compreensão da prática docente enquanto dimensão social da formação humana.” (p. 7) e a OCEM dialoga com Freire objetivando refletir “sobre a função educacional do ensino de Línguas Estrangeiras no ensino médio e (...) reafirmar a relevância da noção de cidadania” (p. 87) entre outros aspectos relevantes.

    Freire enfatiza que “ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção.” (p. 13) e questiona “por que não estabelecer uma necessária “intimidade” entre os saberes curriculares fundamentais aos alunos e a experiência social que eles têm como indivíduos?”(p. 17) (parte já citada acima pela colega Vivian Valéria). Dialogando diretamente com a OCEM ao defender que “propostas epistemológicas (de produção de conhecimento) que se delineiam de maneira mais compatível com as necessidades da sociedade atual apontam para um trabalho educacional em que as disciplinas do currículo escolar se tornam meios. Com essas disciplinas, busca-se a formação de indivíduos, o que inclui o desenvolvimento de consciência social, criatividade, mente aberta para conhecimentos novos, enfim, uma reforma na maneira de pensar e ver o mundo. Para isso, estimula-se um ensino que se preocupe com “uma cultura que permita compreender nossa condição e nos ajude a viver, e que favoreça, ao mesmo tempo, um modo de pensar aberto e livre”, como nos dizeres de Morin (2000, p. 11).” (p. 90)

    Terminei o ensino médio em 2003, e não me recordo de ter tido contato com o inglês no ensino médio. Lembro-me apenas que tive uma professora gentil durante um ano no ensino fundamental que apresentou um livro didático muito bonito e colorido, e além disso, o fato de ter recebido a visita de ingleses do Texas na igreja a qual pertencia, foi o que me fizeram sempre querer aprender inglês. Pelo fato de não ter tido base nenhuma em inglês no ensino regular e pelas tentativas frustradas de aprender inglês em cursinhos breves e gratuitos, é que resolvi fazer inglês na UfS e hoje tenho a convicção de que aprender inglês envolve muitos aspectos que permeiam a vida e a formação do cidadão, como: as oportunidades oferecidas no ensino regular e fora dele, a condição social de cada aluno e o meio em que vive, e a construção de sentido que o indivíduo faz em frente às suas experiências positivas e negativas e o que deseja aprender. Eu quero poder ensinar pra os meus alunos o que tenho aprendido hoje, que inglês é ferramenta de transformação, de ampliação de sonhos e de realidade.

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  23. Olá!
    Resaltando algumas citações do livro de Paulo Freire juntamente relacionadas com a OCEM.
    Palavras-chave: cidadania, sociedade

    "O operário precisa inventar a partir do próprio trabalho, a sua cidadania que não se constrói apenas com sua eficácia técnica, mas também com sua luta política em favor da recriação da sociedade injusta, a ceder seu lugar a outra menos injusta e mais humana" (pg.:52 no pdf, livro Pedagógia da Autonomia -Freire)

    "Ser cidadão envolve a compreensão sobre que posição/lugar uma pessoa(o alunado, cidadão) ocupa na sociedade; nessa perspectiva, no que compete ao ensino de idiomas a disciplina Lingua Estrangeira, pode incluir o desenvolvimento da cidadania" (pg.: 88 à 90 - OCEM)
    Resaltando assim, o valor educacional do ensino de Línguas Estrangeiras, que vai muito além dos fins comunicativos, pois cosntituem os indivíduos como cidadãos do mundo.

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  24. A respeito da minha vivência enquanto aluna da rede pública:
    Ao longo da minha formação básica tive apenas dois professores de lingua inglesa, bons professores. E desde os ultimos anos do ensino fundamental ja se afirmava a minha vontade de aprender ainda mais sobre as linguas estrangeiras; e apartir dai conhecer novas culturas, lugares e novos saberes. Infelismente não tive muito acesso a internet,computadores e celulares, nesse período de formação,o que me privou de buscar uma autonomia maior em relação a o estudo do inglês e outros.
    Sob esse aspecto pude relacionar um fato importante na OCEM "Infelismente,na tradição do ensino de linguas a gramática trm sido utilizada como algo que precede o uso prático da linguagem"(pg:107- OCEM)
    E aparti disso, fizeram-nos refetir e se questionar sobre o porque valorizar demasiadamente a gramática, e esquecer de todas as suas outras funções no que tange a linguística; que sempre estão interrelacionadas. Os alunos em sala de aula quere ir além do tradicionalismo, romper barreiras e se constituir cidadãos do mundo.

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  25. Juliana Santana Matos Santos, voluntária
    A)
    “(...). É por isso que transformar a experiência em puro treinamento técnico é amesquinhar o que há de fundamentalmente humano no exercício educativo: o seu caráter formador. Se se respeita a natureza do ser humano, o ensino dos conteúdos não pode dar-se alheio à formação moral do educando. Educar é substantivamente formar.”
    FREIRE, Paulo. Autonomia da aprendizagem.

    “(...). Com essas disciplinas, busca-se a formação de indivíduos, o que inclui o desenvolvimento de consciência social, criatividade, mente aberta para conhecimentos novos, enfim, uma reforma na maneira de pensar e ver o mundo.”
    OCEM; pag 90.
    “Reiteramos, portanto, que a disciplina Línguas Estrangeiras na escola visa a ensinar um idioma estrangeiro e, ao mesmo tempo, cumprir outros compromissos com os educandos, como, por exemplo, contribuir para a formação de indivíduos como parte de suas preocupações educacionais.”
    OCEM; pag 91.


    B)
    Na primeira escola na qual estudei, tive apenas uma professora que me ensinou desde que vi a matéria de Inglês pela primeira vez. Lembro-me de ter estudado com ela por vários anos, mas os assuntos pareciam ser os mesmos todos os anos. Era pura gramática. A única diferença era o livro que era usado, que por sinal ela era muito apegada. Suas aulas pareciam limitar nós alunos àquela sala de aula, porque os assuntos eram muito distantes da nossa realidade e não dialogavam com nada em nossas vidas.
    No entanto, minha visão do Inglês na escola alterou drasticamente quando passei a estudar com essas outras professoras no meu período de ensino médio. Eu já tinha experienciado cursos específicos de inglês e eu achava que as aulas no ensino básico deveriam ser iguais. E eles não eram totalmente distintos! Minhas professoras não eram completamente apegadas ao livro, faziam semestralmente trabalhos avaliativos que nos faziam ver o inglês além do livro, por exemplo: trabalhamos pesquisando variadas culturas no mundo, incluindo culinárias diferentes, a compreensão do inglês através de séries e muitos outros. Haviam também trabalhos interdisciplinares que relacionavam o idioma inglês à outras matérias e ver os diferentes papéis que uma língua pode exercer em determinadas situações. Porém, no 3° ano do ensino médio, o foco se tornou vestibular e essas atividades se tornaram cada vez mais raras. Tínhamos quase que fórmulas para resolver questões de ENEM.



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  26. Bolsista: Sandy Cristine Bezerra Dos Santos


    A)‘‘É uma pena que o caráter socializante da escola, o que há de informal na experiência que se vive nela, de formação ou deformação, seja negligenciado. Fala-se quase exclusivamente do ensino dos conteúdos, ensino lamentavelmente quase sempre entendido como transferência do saber. Creio que uma das razões que explicam este descaso em torno do que ocorre no espaço-tempo da escola, que não seja a atividade ensinante, vem sendo uma compreensão estreita do que é educação e do que é aprender.’’(FREIRE, 2013, pg.23)
    ‘‘Com essas disciplinas, busca-se a formação de indivíduos, o que
    inclui o desenvolvimento de consciência social, criatividade, mente aberta para
    conhecimentos novos, enfim, uma reforma na maneira de pensar e ver o mundo.
    Para isso, estimula-se um ensino que se preocupe com “uma cultura que permita
    compreender nossa condição e nos ajude a viver, e que favoreça, ao mesmo tempo,
    um modo de pensar aberto e livre”, como nos dizeres de Morin (2000, p. 11).’’(OCEM, 2006, PG.90)

    Ambos os livros falam sobre a formação de indivíduos, como ensinar não é somente uma forma de você encher a cabeça do aluno unicamente com seus conhecimentos, ao invés de permitir que o discente também lhe ensine coisas, seja da realidade deles, ou até mesmo alguma curiosidade sobre o assunto que o docente esteja falando sobre na sala de aula. É importante entender que ensinar não é meramente uma transferência de saber, como Paulo Freire cita, e sim uma troca de pensamentos, ensinamentos e conhecimentos.


    b) São poucas as memórias positivas que possuo como aprendiz da língua inglesa, em todo o meu ensino fundamental e médio, o colégio tinha somente uma professora de inglês, a qual me ensinou ano após ano até os últimos dias do ensino médio. A aula era cansativa e repetitiva, olhando do ponto de vista de Freire, uma aula mecânica, realizada com poucas conexões feitas à nossa realidade, o que fazia a maioria dos alunos ter um único propósito: o de decorar os tempos verbais para as provas. Além disso, ela se apegava muito ao livro didático, que os alunos nem sempre podiam se identificar com as situações presentes no livro, não é a minha intenção colocar a culpa da falha de aprendizagem na professora, pois sei que muitos colegas meus não estavam interessados na língua, porém, posso dizer que o método dela afetou de forma considerável a maneira como a turma passou a ver a língua inglesa.

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  27. Bolsista: Lucas Santana Pinto Cardoso

    A) Baseado no que já foi dito, Paulo Freire em seu livro critica as formas de ensino tradicionais. Defende uma pedagogia fundada na ética, no respeito, na dignidade e na autonomia do educando. Questiona a função de educador autoritário e conservador, que não permite a participação dos educandos, suas curiosidades, e suas experiências adquiridas ao longo da vida e do meio social que está inserido. Coloca vários argumentos em prol de um ensino mais democrático entre educadores e educandos, tendo em vista que somos seres inacabados, em constante aprendizado. Todo indivíduo seja educadores ou educandos devem estar abertos a curiosidade, ao aprendizado durante seu percurso de vida. Nesse sentido destaca a importância dos educadores e suas práticas na vida dos alunos. Atitudes, palavras, simples fatos advindos do professor poderão ficar marcados pelo resto da vida de uma pessoa contribuindo positivamente ou não para o seu desenvolvimento. Enfatiza a cautela quando o assunto é educar, pois educar é formar. Além disso, no capítulo 2 Paulo Freire aborda a questão da ética entre docente e discente. "Ensinar não é transferir conhecimento", mas sim respeitar a autonomia e a identidade do educando. Semelhante as essas ideias de Paulo Freira, a OCEM também acredita que uma das funções da educação é formar cidadãos críticos que possam estabelecer a criticidade e que tenham o domínio de produzir sentido a partir do que se lê e estuda. Daí a importância de deixar o aluno produzir seu próprio conhecimento. Assim, ele estará apto para questionar vários aspectos de sua vida, sejam eles sociais, econômicos e políticos, baseado na identidade e no meio que está inserido.

    B) Levando em consideração a minha vida escolar, infelizmente não tive boas experiências. Apesar de ter estudado em escola privada, o ensino não era bom. Em inglês especificamente, tive péssimos professores tanto no aspecto de dinâmica, como nos conceitos supracitados de Paulo Freire. Não existia preocupação por parte do professor em relação aos alunos, era apenas uma aula massante em que apenas se "via" literalmente o verbo to be, pois não havia produção de aprendizado; devido a falta de preocupação e desvalorização do próprio professor, a matéria era vista como algo fútil e não importante. Chegou o ensino médio, novo professor, e nada mudou. Não havia a preocupação de explorar as quatro habilidades da língua (reading, writing, speaking, listening), era somente "empurrado" a gramática, de forma superficial. Além disso, o professor não se importava e não levava em conta o que o aluno já conhecia da língua, não havia interação professor/aluno. É, infelizmente, uma realidade que causou graves consequências aos alunos, principalmente no que diz respeito a ter causado bloqueio da aprendizagem do inglês, além de ter "formado" alunos com aversão a língua inglesa. Os poucos que sabem ou se interessaram pelo idioma, são os que buscaram aprender por conta própria, em casa ou em cursinhos. É lamentável, mas ainda acontece esse tipo de ensino, e não somente em escolas públicas, como também em escolas privadas.

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  28. Bolsista: Milena Santana


    a)” Não haveria criatividade sem a curiosidade que nos move e que nos põe pacientemente impacientes diante do mundo que não fizemos, acrescentando a ele algo que fazemos. Como manifestação presente à experiência vital, a curiosidade humana vem sendo histórica e socialmente construída e reconstruída Precisamente porque a promoção da ingenuidade para a criticidade não se dá automaticamente, uma das tarefas precípuas da prática educativo-progressista é exatamente o desenvolvimento da curiosidade crítica, insatisfeita, indócil”. Pedagogia da Autonomia – Paulo Freire, P.18.
    “Nesse trabalho de leitura, que visa a um letramento crítico, ganham ênfase as representações e as análises a respeito de diferenças, tais como: raciais, sexuais, de gênero e as indagações sobre quem ganha ou perde em determinadas relações sociais. As perguntas na atividade A ajudam os alunos a examinar a escolha dos autores por determinadas representações do mundo, mas não os levam necessariamente a desenvolver uma crítica social. Nessa proposta de letramento, não se espera, logicamente, que os alunos deixem de celebrar o Dia das Mães por entender essa data como uma marca de consumismo. Porém, espera-se desenvolver consciência crítica sobre, por exemplo, o que significam as várias datas comemorativas ao longo do ano e se elas devem ou não provocar sentimentos de opressão (ou de exclusão) naqueles que a elas não podem/querem aderir”.OCEM –P.116
    Tornar-se um ser crítico e ajudar outros a se tornarem críticos é fundamental, não podemos ser alienados e apenas ouvir e concordar. Para mim, essas passagens são de suma importância, visto que como futuros professores iremos ajudar muitos a formarem suas opiniões e ajudá-los a pensar adiante e de forma inteligente é fundamental em todos os aspectos da vida e não apenas no ambiente escolar.
    b) Ao pensar sobre as minhas experiências no ensino médio em relação ao estudo da língua inglesa não tenho comentários positivos. Estudei a vida toda em escola pública, não tive professores de língua inglesa que me faziam despertar o interesse por aprender esse idioma e por mais que eu não soubesse tanto a gramática da língua, tanto eu quanto os meus colegas percebíamos vários erros que os professores cometiam ao nos ensinar a gramática, além de achar as aulas muito entediantes e parece até clichê, mas lembro que 70% do assunto dado era o verbo “ To be” , todo ano era repetido e achava aquilo muito chato. No 3º ano do ensino médio entrei em um cursinho de inglês em busca de acrescentar algo ao meu currículo e ao começar a estudar senti muita diferença entre os professores da escola e os professores do cursinho. As aulas no cursinho eram ministradas de forma que despertava o meu interesse em aprender o idioma , a cada aula os assuntos eram diferentes e senti o meu nível de fluência aumentar o que não acontecia na escola. E ao ler esses dois materiais me ajudou a refletir sobre o meu passado na escola e pensar sobre o presente e o futuro na minha formação, aspectos negativos dos meus professores eu posso tomar como exemplo para não aplicar em sala de aula e os conselhos apresentados nos livros posso tentar aplicar ao máximo que eu puder para que esse histórico não se repita com os meus futuros alunos.

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  29. a) No livro Pedagogia da autonomia, Paulo Freire relata a incansável batalha do professor em sala de aula entre “o que fazer” e “como deve ser feito”, deixando claro que o que é pregado pelo eticamente correto para o ensino, nem sempre é feito. O que vemos em sala de aula é o um ensino obsoleto, com métodos ultrapassados que não criam, muita das vezes, o interesse pelo conteúdo ensinado. É importante ressaltar que “quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender”(p.12). Paulo e a OCEM sugere que o docente tem que ter a consciência que ele constrói o conhecimento mas também aprende ao contrui-lo junto aos alunos. Que o conhecimento prévio não deve ser descartado o que inclui seus valores sociais, culturais e políticos. O autor ainda diz que: "É preciso, indispensável mesmo, que o professor se ache repousado no saber de que a pedra fundamental é a curiosidade do ser humano" (p. 96). Ele o a OCEM, nos remete a pensar que o professor tem a reponsabilidade de incitar a curiosidade nos alunos afim de torna-los um ser critico, que são capazes de entender, analisar e interpretar questões transformando esse conhecimento em uma nova questão.


    b) Apesar de ter tido aulas em colégio particular e publico, infelizmente não tenho muitas aspectos positivos sobre os ensinamento passados da língua inglesa. Minhas experiências em sala de aula não foram muito diferentes do método tradicional, com o ensino do verto to be e aulas sobre a gramatica inglesa. Meus professores não conseguiram despertar meu interesse nas aulas mesmo que eu já tivesse uma certa afinidade com a língua. Comecei a me interessar pela ensino da língua quando já havia terminado o ensino médio e estava fazendo cursinho pre vestibular, pois tive a oportunidade de fazer um curso por um valor simbólico. Apesar do curso ter me ajudado um pouco a mais, porem, também não fugiu do método tradicional.

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  30. Nayla Raquel S. Corrêa

    a) Ao me deparar com a leitura dos documentos, notei questões arcaicas e que sucedem resultados insatisfatórios, no que diz respeito a formação do indivíduo, muito pertinentes no cenário educacional atual. É papel da escola formar o cidadão crítico. Parte integrante desse processo é o ensino de uma língua estrangeira que é de colaboração indiscutível para o estimulo da criticidade do aluno. Isso se dá levando em consideração que ensinar uma LE vai além de explanar normas linguísticas, ensinar LE é também atribuir fatores sociais e culturais.

    “O conceito de letramento se afasta de uma concepção de linguagem, cultura e conhecimento como totalidades abstratas e se baseia numa visão heterogênea, plural e complexa de linguagem, de cultura e de conhecimento, visão essa sempre inserida em contextos socioculturais” (OCEM, p. 109).

    Análogo a isso, é o trecho “A promoção da ingenuidade para a criticidade não se dá automaticamente, uma das tarefas precípuas da prática educativo-progressista é exatamente o desenvolvimento da curiosidade crítica, insatisfeita, indócil.” (FREIRE, p. 150). Nessa Passagem Freire enfatiza o que já foi citado anteriormente, é dever do professor progressista instigar no educando o senso crítico. Para isso, é de grande valia salientar a importância de respeitar os conhecimentos prévios do aluno e utilizá-los como ferramenta de interação e debate associado aos conceitos científicos.

    Outrossim, outra colocação importante diz respeito ao uso da ética conexo ao curso da evolução da crítica. Notório em “A necessária promoção da ingenuidade à criticidade não pode ou não deve ser feita à distância de uma rigorosa formação ética ao lado sempre da estética.” (FREIRE, p.16). Não somente nesse ponto, mas em todo o exercício da docência se faz essencial utilizar de ética para lidar com seres humanos.

    b) Durante o ensino médio tive uma professora excelente e muito dedicada. Acredito que ela tenha seguido grande parte das sugestões dadas pelas OCEM e pelo livro Pedagogia da Autonomia, pois sempre nos respeitou e nos apoiou em lutas pelos nossos direitos, sempre foi muito generosa em relação aos seus horários de atendimento, entre outras coisas e sempre teve ética profissional.

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    1. Nayla, muito importante o fato da sua professora apoiar os alunos, acho que é de professores assim que precisamos no ensino publico. Se perguntarmos a outras pessoas muitos vão dizer uma experiencia contraria a sua, porém assim como você eu tive uma professora que em pouco tempo ensinou muita coisa do inglês, o que muitos outros professores não se importariam de fazer. Creio que com a motivação vinda dos professores, os alunos possam se interessar mais pela aprendizagem em outro idioma.

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  31. a) “O mundo da cultura que se alonga em mundo da história é um mundo de liberdade, de opção, de decisão, mundo de possibilidade em que a decência pode ser negada, a liberdade ofendida e recusada. Por isso mesmo a capacitação de mulheres e de homens em torno de sabereis instrumentais jamais pode prescindir de sua formação ética. ” FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia; pág.28

    “(...) trabalhar em prol de uma “alfabetização” dos alunos (indivíduos, cidadãos) (SOARES, 2004) condizente com as necessidades da sociedade em que vivem, de uma sociedade que tem as suas próprias características, porque é interpelada por uma história e uma cultura em constante construção e reconstrução. ” OCEM, 2006. pág.97

    O aluno vem com todo um conhecimento histórico cultural que não pode ser desleixado pelo professor, pelo contrário nós como professores devemos levar em consideração estes conhecimentos como uma forma de estimular o aluno e melhorar nosso método de ensino, devemos integrar o ensino de uma língua estrangeira a esta realidade que o aluno trás para sala e acredito que estes dois trechos dos documentos trazem isso de forma clara.



    b) minhas experiências como aprendiz da língua inglesa foram extremamente maravilhosas principalmente com meu último professor do ensino médio que integrou o ensino do inglês instrumental com algo que nos cativava e fazia-nos querer participar e aprender inglês, ele não estabelecia limites ou barreiras para nosso aprendizado, discutíamos series, letras de músicas, livros, biografias, cultura, redes sociais enfim de tudo um pouco ele nos apresentou, e este método de imersão na língua que ele utilizava com a gente funcionou tão bem que grande parte dos alunos foram atrás de programas na universidade como o ISF para continuar o aprendizado da língua, acredito que transformar o aluno desse jeito é o nosso objetivo como professores da língua, hoje eu olho para minha antiga turma e miro nela um exemplo de como quero que minhas turmas sejam futuramente.

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  32. Bolsista: Letícia Conceição Santos Ramos Alves

    (A) “Estender o horizonte de comunicação do aprendiz para além de sua comunidade linguística restrita própria, ou seja, fazer com que ele entenda que há uma heterogeneidade no uso de qualquer linguagem, heterogeneidade esta contextual, social, cultural e histórica. Com isso, é importante fazer com que o aluno entenda que, em determinados contextos (formais, informais, oficiais, religiosos, orais, escritos, etc.) em determinados momentos históricos (no passado longínquo, poucos anos atrás, no presente), em outras comunidades (em seu próprio bairro, em sua própria cidade, em seu país, como em outros países), pessoas pertencentes a grupos diferentes em contextos diferentes comunicam-se de formas variadas e diferentes” (OCEM, 2006, p.92)
    “Por que não discutir com os alunos a realidade concreta a que se deva associar a disciplina cujo conteúdo se ensina, a realidade agressiva em que a violência é a constante e a convivência das pessoas é muito maior com a morte do que com a vida? Por que não estabelecer uma necessária “intimidade” entre os saberes curriculares fundamentais aos alunos e a experiência social que eles têm como indivíduos? Por que não discutir as implicações politicas e ideológicas de um tal descaso dos dominantes pelas áreas pobres da cidade? A ética de classe embutida neste descaso” (FREIRE, 2013, p.32)
    Ambos os textos sugerem a conciliação entre a realidade do aluno e os assuntos a serem tratados em classe, tornando a proposta pedagógica como um material a ser trabalhado com acréscimos e incentivos por parte dos docentes. Partindo da leitura de ambos os livros, torna-se inevitável o questionamento: Porque não incentivar o aluno a expressar seu conhecimento prévio alinhado ao assunto tratado em classe? Os livros complementam-se no sentido que apresentam a relação interpessoal entre o educador e o educando, a partir dessa análise podemos reiterar que o professor através das práticas discursivas possa tornar o ensino mais próximo do aluno, exercendo como o professor Édipo citou o processo de empatia, no qual o professor no papel de educador deve auxiliar o aluno visando suas dificuldades e ,caso seja possível, fortalecendo suas habilidades pessoais. No contexto do ensino de uma nova língua, assim como a inglesa, vale a pena frisar que o estímulo do professor sobre o aluno no sentido de tornar o mesmo mais próximo da língua é essencial, através da leitura de textos ou conversação acerca de temas atuais, pois a partir dessa premissa pode-se construir a ponte entre discente e idioma, de maneira gradual.
    O livro “A Pedagogia da Autonomia” de Paulo Freire partir das primeiras palavras leva o leitor ao viés político-social e a não aceitação das desigualdades sobre o homem como um mal inevitável e de inviável mudança. E sim, o incentivo a mudança desta situação visando o crescimento político-social do educando com um cidadão político. Assim como Aristóteles em sua obra “Política” afirma que: “A polis faz parte das coisas naturais e que o homem é por natureza um animal político. A política, ou melhor a ação política, que significa “ação que visa o bem comum” é e pode ser prática por todos os cidadãos, ou melhor os políticos”. O que de maneira direta nos remete a OCEM a qual reitera o papel educacional do ensino de Línguas Estrangeiras na escola e a noção de cidadania.

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    1. (B) Ao longo da minha experiência como discente, obtive professores da língua inglesa empenhados em tornar o inglês mais próximo do aluno com dinâmicas em classe e a apresentação de músicas conhecidas no idioma e de maneira intermediaria eu ouvia constantemente músicas em inglês e series legendadas que de maneira indireta forneceu-me mais vocabulário. Entretanto tal procedimento por parte de alguns professores não se tornou presente em todos os anos que obtive o ensino do inglês. A presença do ensino do “verbo to be” é essencial para o conhecimento da língua, mas após o mesmo, qual assunto deveria ser tratado em seguida? Em sala de aula, no ensino fundamental e médio era recorrente o ensino dos tempos verbais para os alunos, sem os mesmos conhecerem as palavras presentes nas frases da atividade, pois grande parte deles tinham maior contato com o inglês na escola, anulando-se a possibilidade do vocabulário através de uma série televisiva ou músicas, e tornando o entendimento do idioma como algo distante. Acredito que o ensino da língua inglesa deveria se pautar não apenas nas normas gramaticais inicialmente e sim na aquisição de vocabulário e a relação da língua com a vida do discente, promovendo de certa forma o questionamento do quanto estamos inseridos na mesma. O que significa Pay per view, delivery ou login? Tais palavras estão inseridas no nosso cotidiano e muitas das vezes não nos damos conta de que fazem parte de outro idioma. Com isso, futuramente, como docente, pretendo fomentar a aquisição do vocabulário com indicações de livros e filmes em inglês, em consonância com o ensino gramatical, promovendo a discussão dos mesmos em classe.

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  33. Bolsista: Mariana Virginia Santana Reis

    A) No livro Pedagogia da autonomia, “formar é muito mais do que puramente treinar o educando no desempenho de destrezas”, "Não há docência sem discência, as duas se explicam, e seus sujeitos, apesar das diferenças que os conotam, não se reduzem à condição de objeto, um do outro. Quem ensina aprende ao ensinar, e quem aprende ensina ao aprender", “ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção”, "É preciso, indispensável mesmo, que o professor se ache repousado no saber de que a pedra fundamental é a curiosidade do ser humano"

    “Com essas disciplinas, busca-se a formação de indivíduos, o que inclui o desenvolvimento de consciência social, criatividade, mente aberta para conhecimentos novos, enfim, uma reforma na maneira de pensar e ver o mundo.”
    OCEM.

    Paulo Freire orienta ao mesmo tempo que incentiva os educadores e educadoras a refletirem sobre seus fazeres pedagógicos.

    B) Meu interesse pela língua inglesa começou a pouco tempo. Porém a partir do ensino fundamental ela me foi obrigatória na escola. Sempre tive professores que não estimulavam os alunos a realmente aprender a língua, era mais algo decorativo apenas para tirar boas notas. No meu ensino médio tive professores que realmente buscavam ver uma mudança nos alunos, em relação a aprendizagem de inglês, e isso acabou me encorajando a pensar mais sobre aprender um novo idioma. Ainda no ensino médio, em escola publica, algumas vezes alunos no pibid iam para a sala e conversavam com o professor sobre o inglês e o projeto(PIBID), e isso acabou me encorajando a chegar onde estou, posso relatar que aprendi mais no período em que estudei essa matéria no ensino publico, do que no privado(até o 9 ano). No meu caso.

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  34. Bolsista: Gabriel Ricardo Farias Silva
    A) Debruçando-se sobre as Orientações Curriculares para o Ensino Médio, é possível compreender que as concepções apresentadas como diretrizes são de vertente Freireana. Um ponto bastante pertinente é o que diz respeito ao objetivo da docência, que reside na perspectiva de que ensinar não é apenas transferir conhecimento, mas criar possibilidades para a sua construção e produção e que a formação do cidadão está atrelada a esse pensamento, enfim, saliento que estas passagens dialogam entre si:

    ”Em tempo, essa pergunta pode passar a impressão de que o ensino de Línguas Estrangeiras voltado somente para o aspecto lingüístico do idioma não educa. Ele educa, mas contribui para uma outra formação, aquela que entende que o papel da escola é suprir esse indivíduo com conteúdo, preenchendo-o com conhecimentos até que ele seja um “ser completo e formado”. Quando falamos sobre o aspecto educacional do ensino de Línguas Estrangeiras, referimo-nos, por exemplo, à compreensão do conceito de cidadania, enfatizando-o. Esse é, aliás, um valor social a ser desenvolvido nas várias disciplinas escolares e não apenas no estudo das Línguas Estrangeiras.” (OCEM, p. 91)

    “As considerações ou reflexões até agora feitas vêm sendo desdobramentos de um primeiro saber inicialmente apontado como necessário à formação docente, numa perspectiva progressista. Saber que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção. Quando entro em uma sala de aula devo estar sendo um ser aberto a indagações, à curiosidade, às perguntas dos alunos, a suas inibições; um ser crítico e inquiridor, inquieto em face da tarefa que tenho – a de ensinar e não a de transferir conhecimento. É preciso insistir: este saber necessário ao professor – que ensinar não é transferir conhecimento – não apenas precisa ser apreendido por ele e pelos educandos nas suas razões de ser – ontológica, política, ética, epistemológica, pedagógica, mas também precisa ser constantemente testemunhado, vivido.” (Pedagogia da Autonomia, p.21)

    B) Tive “duas experiências” enquanto estudante/aprendiz de Inglês no Ensino Básico, já que acabei migrando no final do Ensino Fundamental para a Escola Pública e continuei nesta até a formação. Na instituição particular que eu frequentei da 4ª à 7ª série, o ensino de Inglês era voltado para a multimodalidade, o professor tinha preocupação em utilizar mecanismos que fugissem um pouco da experiência linear que o material didático proporcionava, e era extremamente convidativo participar das aulas, obviamente havia algumas falhas como: a omissão da realidade dos sotaques e do contato com outras culturas, jeitos de falar, ou seja, era tudo muito padronizado e acabava se contendo à aulas de Inglês Instrumental. Após isso, (fora da instituição privada) eu não tive contato com o Inglês na 8ª série, e só fui me envolver com a língua inglesa novamente no 1º ano do Ensino Médio, foi uma experiência ruim: a minha professora não dava aulas direito e quando dava, ficava perceptível que ela não queria estar ali, isso durou o ano letivo inteiro. No 2º e 3º ano, as propostas de aulas e o corpo docente de línguas estrangeiras da escola mudaram, e foi a partir disso que meu aprendizado em Inglês progrediu bastante, pois os professores mantinham diálogo entre si, promoviam festivais de Língua Inglesa, discutiam com os alunos na sala, auxiliava um ou outro que tivesse dificuldade, enfim, acho que depois de ter esses bons exemplos dentro da escola, eu pude desenvolver algum grau de afeto pela Língua e pela docência. Concluo, salientando que, de fato, a docência é uma profissão que requer resistência (em relação ao sistema que os oprime veementemente) e adaptação com o perfil de cada aluno, entendo as particularidades e a heterogeneidade dos grupos.

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  35. A) Ambos os textos se relacionam quanto ao objetivo de formar educandos, e educadores, cidadãos críticos e conscientes do seu papel no mundo. Traçarei um pequeno diálogo com alguns pontos interessantes referente aos dois documentos. Antes de tudo é preciso saber que "(...)ensinar é algo mais que um verbo transitivo relativo. Ensinar inexiste sem aprender e vice-versa(...)". "É preciso que, pelo contrário, desde os começos do processo, vá ficando cada vez mais claro que, embora diferentes entre si, quem forma se forma e re-forma ao formar e quem é formado forma-se e forma ao ser formado(...)" (FREIRE, p.25), desse modo os educadores não podem entender que "(...)o papel da escola é suprir esse indivíduo com conteúdo, preenchendo-o com conhecimentos até que ele seja um ser completo e formado.", (OCEM, p.91).
    "É preciso, sobretudo, e aí já vai um destes saberes indispensáveis, que o formando, desde o princípio mesmo de sua experiência formadora, assumindo-se como sujeito também da produção do saber, se convença definitivamente de que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção.", (FREIRE, p.24). "Quando retomamos a questão educacional que sempre tem sido enfatizada nos
    documentos oficiais e reconhecida como necessária por tantos, estamos interpretando-a de acordo com essa visão de educação e de formação de educandos (indivíduos, cidadãos). Reiteramos, portanto, que a disciplina Línguas Estrangeiras na escola visa a ensinar um idioma estrangeiro e, ao mesmo tempo, cumprir outros compromissos com os educandos, como, por exemplo, contribuir para a formação de indivíduos como parte de suas preocupações educacionais.", (OCEM, p.91). "Percebe-se, assim, a importância do papel do educador, o mérito da paz com que viva a certeza de que faz parte de sua tarefa docente não apenas ensinar os conteúdos, mas também ensinar a pensar certo." (FREIRE, p.28).
    "Procura desenvolver um leitor como aquele que entende que aquilo que lê é uma representação textual, como aquele que, diante do que lê, assume uma posição ou relação epistemológica no que concerne a valores, ideologias, discursos, visão de mundo", (OCEM, p.98).

    B) Quanto a minha experiência quanto aluno de lingua inglesa durante meu ensino fundamental e médio tenho pouco, ou quase nada, a compartilhar. Tive um ensino bastante deficitário. Conheci professores que nada se importavam com seu papel de educador perante seus alunos. No entanto, houve uma professora que teve uma prática diferente e tentou algumas atividades com música, o que deu em parte certo, porém sua permanência não passou de dois meses no colégio. Essa é minha experiência com o inglês.

    Rafael da Silva Santos

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  36. a) Ao embebedar-me da apaixonante escrita poética e avassaladora de Paulo Reglus Neves Freire cresço e supero-e enquanto no processo formativo de docente que serei, de aprendiz que "programada" estou a ser e de cidadã que sou.
    Os textos trabalhados até agora se dialogam. É fato.
    Às orientações curriculares para o ensino( seja ele médio ou não, mas nesse caso se trata da OCEM)  é inerente os saberes necessários à prática educativa.
    Volto-me ao profissional de educação- professor-que no exercício de suas funções pedagógicas muitas vezes se desviam do pensar certo por ser mais fácil agir mecanicamente.

    "[...] os professores de inglês podem cooperar em sua própria marginalização
    imaginando-se como meros “professores de língua” sem conexão alguma com
    questões sociais e políticas. Ou então podem aceitar o paradoxo do letramento
    como forma de comunicação interétnica que muitas vezes envolve conflitos de
    valores e identidades, e aceitar seu papel como pessoas que socializam os apren-
    dizes numa visão de mundo que, dado seu poder [...] deve ser analisada critica-
    mente." (GEE, 1986, p. 722).


    " Do ponto de vista do pensar certo não é possível mudar e fazer de conta que não mudou. É que todo pensar certo é radicalmente coerente." ( Freire, 1996 p. 34)

    b) No que se refere às minhas experiências como aprendiz de língua inglesa na escola só tenho a dizer que me superei. O primeiro professor de inglês que tive demonstrava ter habilidade com o idioma. Porém quanto a prática docente sempre se apresentou ser alguém frustrado com sua profissão. Recordo-me que ele ministrava suas aulas sempre da mesma maneira: chegava à sala, escrevia o assunto no quadro e enquanto copiávamos aquilo no caderno, ele sequer se fazia presente na sala, sempre saia, como alguém que odiasse o que estava fazendo. Não posso e não vou generalizar, mas os demais professores com os quais tive contato não se diferenciavam muito, a não  ser por permanecerem no mesmo ambiente que nós (alunos), alguns gostavam de ensinar, mas ainda assim se tratava de um métodos conservador. Como disse no início, coube a mim superar aquele ensino bancário ao qual estava submetida.

      "O necessário é que, subordinado, embora, à prática "bancária",  o educando mantenha vivo em si o gosto da rebeldia que, aguçado sua curiosidade e estimulando sua capacidade de arriscar- se, de aventurar-se de certa forma o imuniza contra o poder apassivador do "bancarismo ".

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    1. Super se superou, Luiza! Tanto é que hoje você está entre nós pronta para ensinar da maneira que está sendo ensinada e não da maneira que foi. Ah, e parabéns pelo comment, ficou poético assim como o texto do Paulo.

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  37. A) “2.7 – Ensinar exige alegria e esperança
    O meu envolvimento com a prática educativa, sabidamente política, moral, gnosiológica, jamais
    deixou de ser feito com alegria, o que não significa dizer que tenha invariavelmente podido criá-
    la nos educandos.
    Mas, preocupado com ela, enquanto clima ou atmosfera do espaço pedagógico, nunca deixei de
    estar.
    Há uma relação entre a alegria necessária à atividade educativa e a esperança. A esperança de
    que professor e alunos juntos podemos aprender, ensinar, inquietar-nos, produzir e juntos
    igualmente resistir aos obstáculos à nossa alegria. Na verdade, do ponto de vista da natureza
    humana, a esperança não é algo que a ela se justaponha. A esperança faz parte da natureza
    humana(…)” P. 37, FREIRE.

    “Com essas disciplinas, busca-se a formação de indivíduos, o que
    inclui o desenvolvimento de consciência social, criatividade, mente aberta para
    conhecimentos novos, enfim, uma reforma na maneira de pensar e ver o mundo.
    Para isso, estimula-se um ensino que se preocupe com “uma cultura que permita
    compreender nossa condição e nos ajude a viver, e que favoreça, ao mesmo tem-
    po, um modo de pensar aberto e livre”, como nos dizeres de Morin (2000, p. 11).” P. 90, OCEM.
    Dessa forma, os textos nos levam a refletir que, na formação dos indivíduos é necessário não só concentrar-se na disciplina/conteúdo, mas na formação destes como cidadãos, bem como, reformular o ensino, desenvolver o senso crítico dos alunos e proporcionar experiências que vão além dos conhecimentos teóricos. Além disso, acho de extrema importância que nós, como futuros docentes, exerçamos o nosso trabalho com a mesma alegria e esperança citada por Freire, e tudo isso junto aos nossos alunos.

    B) No que diz respeito a minha experiência como aprendiz, eu nem sempre gostei de língua inglesa, meu primeiro contato com a língua foi no 5° ano do fundamental e não foi muito agradável. Lembro de ver inúmeras vezes verbo “to be”, como acredito que muitos de nós viu. Professores que sentavam e não exigiam mais que 1 ou 2 capítulos do livro respondido até o fim da aula, sem nenhuma orientação, explicação ou às vezes nem se quer correção!
    Talvez essas experiências tenham me bloqueado de querer aprender mais o inglês, uma vez que não via nada de interessante e atrativo em aulas como aquelas. Por incrível que pareça, meu interesse pela língua inglesa surgiu de forma bem inesperada, pouco antes de completar o ensino médio, bem como o interesse em cursar letras - inglês.
    Um professor que tive no cursinho preparatório para a universidade, foi quem despertou ainda mais essa vontade, pois mesmo como apenas uma aula por semana, ele nos ensinou muito mais do que responder questões de língua estrangeira no Enem. Em menos de um ano eu aprendi assuntos que nunca havia aprendido em todo meu ensino fundamental e médio, suas aulas iam além do objeto linguístico. Ele fato era um docente que rompia com essas barreiras, e essa experiência me fez enchergar o ensino de uma forma completamente diferente.

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  38. A) No capítulo 1 "Ensinar exige respeito aos saberes dos educandos" do livro "Pedagogia da autonomia" de Paulo Freire, o autor faz uma crítica ao método de ensino das escolas e dos professores. Para Paulo Freire é preciso que o professor respeito os saberes dos educandos, sobretudo os de classe populares, cujos os quais apresentam saberem construídos na prática comunitária, além de suas diferentes culturas e pensamento crítico. Assim, é possível relacionar ao capítulo 3 "O papel educacional do ensino de línguas estrangeiras na escola e a noção de cidadania", do livro "Orientações Curriculares para o Ensino Médio" (OCEM). Neste capítulo, o ensino de línguas estrangeiras é comparado entre a escola regular e os cursos de idiomas. Fica explícito que são instituições com finalidades diferentes e que geralmente a escola regular concentra -se apenas no ensino linguístico ou instrumental da língua, desconsiderando o pré conhecimento educacional e cultural do aluno.

    B) Minhas experiências como jovem aprendiz de Língua Inglesa (LI) são negativas. Ao longo do meu ensino fundamental tive poucos professores, isso definitivamente foi um problema ao longo de minha formação. Quando ingressei no ensino médio a carga horária da LI foi diminuída e minha professora faltava constantemente. Além disso, nos dias que eu tinha aula, as atividades eram feitas apenas com foco para o vestibular (ENEM), dificultando o interesse dos alunos em adquirir uma segunda língua

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  39. A)1.2 - Pedagogia da Autonomia de Paulo Freire -
    Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino**. Esses que-fazeres se encontram um no
    corpo do outro. Enquanto ensino continuo buscando, reprocurando. Ensino porque busco, porque
    indaguei, porque indago e me indago. Pesquiso para constatar, constatando, intervenho, intervindo
    educo e me educo. Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e comunicar ou anunciar a
    novidade.
    Ambos os livros deixam claro a importância da relação teoria/prática. Como também, da importância do estímulo a formação de alunos "pensantes", seres críticos, questionadores e formadores de opinião. E do ensino como fonte de pesquisa inesgotável.
    Ensinar não é apenas transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção. Já dizia Paulo Freire. O que nos propõe a pensar que devemos desenvolver e estarmos preparados para que a sala de aula seja um ambiente de constante indagações, de alunos inquietos e curiosos.
    Ambos os livros também nos mostram como a Educação é a maior ferramenta para inclusão social.E como o professor tem papel fundamental na formação do ser como cidadão do mundo.
    "...mas contribui para uma outra formação, aquela que entende que o
    papel da escola é suprir esse indivíduo com conteúdo, preenchendo-o com conhecimentos
    até que ele seja um ser completo e formado. Quando falamos sobre
    o aspecto educacional do ensino de Línguas Estrangeiras, referimo-nos, por
    exemplo, à compreensão do conceito de cidadania, enfatizando-o. Esse é, aliás,
    um valor social a ser desenvolvido nas várias disciplinas escolares e não apenas
    no estudo das Línguas Estrangeiras."(Pag. 91 - OCEM)

    B) Assim como a minha colega de alguns posts acima, também faz um certo de tempo que conclui o ensino médio, sendo mais precisa foi no ano de 2006. Não sou boa de recordações, mas lembro-me bem de ter despertado minha paixão pelo Inglês ainda jovem, no auge dos meus 14 anos. Em meio a rebeldia da minha adolescência, me apaixonei por uma banda (Coldplay), a qual segue sendo minha favorita até os dias de hoje. Mas a minha influência mais forte com certeza foi crescer vendo minhas primas construirem suas vidas em Londres. A partir daí tomei gosto pela língua e sempre tive excelentes professores. Ao contrário do que muitos disseram, sempre tive meus professores de Inglês como exemplos de pessoas que eu sempre pude admirar, mas confesso lembrar de sempre ser a única interessada no que eles explicavam. Porém relacionando com os dias de hoje e também com toda a experiência sobre a aula de aula a qual já tive oportunidade de ter, consigo ver o lado dos alunos que não se interessavam. Despertar o interesse do aluno dentro da sala de aula não é tarefa fácil e deve fugir do óbvio. Hoje, percebo que tudo que menos quero é ser apenas uma "gramatiqueira", muito menos uma professora medíocre, que sabe, mas não consegue despertar o desejo do aluno em aprender.

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  40. Bolsista: Suzanclecya de Souza Araujo
    A)
    "É preciso, sobretudo, e aí já vai um destes saberes indispensáveis, que o formando, desde o princípio mesmo de sua experiência formadora, assumindo-se como sujeito também da produção do saber, se convença definitivamente de que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a
    sua produção ou a sua construção." FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia; pág.13 (pdf).
    Esse trecho descreve o que o autor, posteriormente, chama de "do-discência” e está represetado nas OCEM quando estas se referem ao papel das disciplinas na formação do indivíduo. Esse papel não se restringe à transmissão de conhecimento para o aluno, como se ele fosse uma tábula rasa, mas é também responsável pelo desenvolvimento de sua capacidade de pensar de forma crítica e de produzir conhecimento, passando de objeto para sujeito no processo de aprendizagem.
    "Se, na experiência de minha formação, que deve ser permanente, começo por aceitar que o formador é o sujeito em relação a quem me considero o objeto, que ele é o sujeito que me forma e eu, o objeto por ele formado, me considero como um paciente que recebe os conhecimentos -conteúdos- acumulados pelo sujeito que sabe e que são a mim transferidos." FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia; pág. 13 (pdf).
    Considero que aqui se inicia a reforma do pensamento, dita por Edgar Morin (2000, p. 20) como necessária à reforma do ensino e considerada o princípio dos fundamentos das Orientações Curriculares para o Ensino Médio (OCEM). Essa reforma de pensamento rejeita o "ensino bancário" e desenvolve a "curiosidade epistemológica", defendendo a necessidade de um ensino/aprendizagem crítica(o).

    B)
    Para ser sincera, minhas experiências na aprendizagem da Língua Inglesa nem sempre foram positivas, especialmente na escola pública. Meus professores, em sua maioria, deixaram à desejar quanto à competência linguístico-comunicativa. Tive uma base teórica, ensinaram-me a gramática básica, as cores, os números, mas nenhum deles foi além disso. Eu sempre me interessei pelo inglês, mas meu contato com a língua era raso e a escola não proporcionava um contato mais profundo. Com o tempo, a influência da cultura inglesa, através da música e dos filmes, despertou em mim uma necessidade de aprofundar meus conhecimentos. No entanto, visto que, a sala de aula, no meu caso, não era um ambiente propício à esse envolvimento com o idioma, decidi buscar por conta própria. No início foi difícil saber como começar sozinha, mas a internet me ajudou bastante a evoluir nesse processo. Não culpo os professores, pois, muitos até iniciam a carreira cheios de entusiasmo e dispostos a fazer a diferença, entretanto, com o tempo, acabam sendo desestimulados pela realidade da educação, pela falta de recursos, apoio e o pior, pelo desinteresse dos alunos.

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    1. Parabéns por sua explanação, Suzan. Realmente, os anos de trabalho, em ambientes que não ajudam muito, além do desinteresse dos alunos ainda são um grande filme de terror. Mas qual a profissão perfeita? Acho que não ha! Agora, o que você considera interessante para transformar alunos desinteressados em interessados?

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    2. Bom dia, Lucas! No meu caso, a maioria dos meus professores não tinha muito entusiasmo e não mostravam o quanto o inglês é incrível e pode ser aprendido de diversas maneiras. Acredito que, antes de tudo, nós mesmos devemos ter experiências com a língua e então levar essas experiências com entusiasmo para os alunos, mostrar a eles que o inglês pode ser divertido e incentivá-los a buscar mais por conta própria, até por que uma aula por semana não é suficiente. Porém, sabemos que só o nosso entusiasmo não basta, então, uma alternativa é levar o idioma de uma forma divertida, estimulando a criatividade e envolvendo coisas que sejam do interesse dos alunos e, para isso, é necessário conhecê-los melhor. Eu gosto bastante do Canguro English, um canal no Youtube que mostra que é possível aprender inglês sem "sofrer". Um exemplo dele que apliquei no meu aprendizado foi usar minha série favorita (HIMYM) para aprender gramática, vocabulário e pronúncia. Então criei meu próprio método e aprendo inglês do jeito que eu gosto. É esse tipo de experiência que pretendo levar para meus futuros alunos. É claro que esse é só um exemplo, existem inúmeras possibilidades para aprender de acordo com nossos interesses e objetivos.

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  41. Bolsista: Lucas Natan Alves dos Santos

    Mais do que um “manual de autoajuda para educadores”, como já ouvi falar, Pedagogia da Autonomia do grande Paulo Freire é uma obra que não deveria estar restrita apenas aos graduandos de licenciaturas, porém a qualquer ser humano que queira ser além disso um bom cidadão, que queira além disso ser um ser, não racional, mas um ser que pensa sobre tudo e sobretudo. Se cada um dos brasileiros tivesse a oportunidade que nós tivemos, a de leitura desta obra, não viveríamos num país onde tiros, por exemplo, são dados a qualquer hora, em qualquer lugar, em qualquer pessoa, a qualquer custo, por quaisquer motivos.

    Ao ler Pedagogia da Autonomia e as Orientações Curriculares para o Ensino Médio, percebo que essa segunda (obra) “bebeu” a primeira, igual o Prof. Édipo mencionou nos comments, em vários aspectos, os quais retomarei mais adiante. Em sua obra, Paulo Freire traz críticas principalmente ao esquecimento dos educadores a respeito do significado da palavra pedagogia, que não é quem detém, mas quem conduz o conhecimento.

    Crítica essa que também aparece na música Estudo Errado do Gabriel o Pensador, de 1995, na qual o rapper satiriza o processo do ensino que recebe, mas não menospreza a figura do(a) professor(a) e nem da escola, ele somente espera que o ensino o “prepare pra vida” e não o faça de “ameba” através do “decoreba”. Contudo há esperança. E Paulo Freire nos recorda isso ao lembrar de que todos somos sujeitos inacabados propícios à evolução (página 8) envolvidos num grande processo de “construir e reconstruir” a realidade a qual pertencemos (página 18).

    Entretanto as OCEM também nos recorda, lá à página 88, que nem de longe é uma tarefa fácil, mas como Freire ressalta ao longo do seu texto: não é impossível. E ele, até o índice 1.3, concede a nós duas formas de adaptação. A primeira se trata da força de vontade do/a educador/a ao adaptar o que tem em mãos para propiciar a curiosidade (para ele, a produtora de conhecimento) de seu alunado e, consequentemente, fazer com que haja uma aprendizagem/criticidade.

    Já a segunda forma se caracteriza pelo adaptar dos assuntos que têm de ser dados às realidades dos estudantes. Nas OCEM é passado como letramento, multimodalidade e hipertexto, a partir da página 97. Em relação ao meu ensino de Inglês, por vir de escola pública, não foi um dos mais criativos possíveis, mas, mesmo se restringindo ao “passar no ENEM” e à gramática, a maioria de meus professores fizeram por merecer em meio à falta de condições, greves constantes, falta de reconhecimento e lembro os primeiros anos da minha educação, do pré-escola até a antiga segunda série, serem os mais criativos, apesar de estudar em uma casa residencial.

    Esse ensino bancário está impregnado no nosso país desde que o ensino de Línguas Estrangeiras, inicialmente Francês e Inglês, foi liberado no Brasil, ainda em 1809 pelo Dom João VI (Santos, 2011)*. E se continua impregnado é porque no nosso país nunca houve políticas, ou estão havendo desde um tempo recente, preocupadas com o estabelecimento de um ensino voltado à formação do habitante (do Brasil) enquanto cidadão, mas sim à formação do habitante enquanto produtor das riquezas do país e da fonte de roubo de alguns políticos. E as Orientações Curriculares, à página 96, ressalta que o ensino da Língua Inglesa, advindo por causa do capitalismo e da globalização, não pode se concentrar nesta visão realista pois se levará nossos alunos apenas à perspectiva parcial, como o mercado de trabalho.

    E para tal desconstrução Paulo Freire aponta que os estudantes deixem a condição de passivos e os professores da de ativos demasiado, o que precisa haver é uma assertividade, na qual não se pode confundir “autoridade com autoritarismo, licença com liberdade” (pág. 45) na busca por um mundo melhor. Um mundo que não é, mas está sendo nas palavras do próprio Paulo Freire (pág. 56).

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  42. Bolsista: Thiago de Melo Cardoso Santos

    A)Essas duas obras que indubitavelmente são indispensáveis para a formação de profissionais da educação, dialogam entre si constantemente. Dentre esses momentos, um dos que mais me chama atenção é o que trata e conhecer a realidade do discente e o que nós, como docentes, podemos aprender com isso:
    “...entende-se que ‘ser cidadão’ envolve a compreensão sobre que posição/lugar uma pessoa (o aluno, o cidadão) ocupa na sociedade. Ou seja, de que lugar ele fala na sociedade? Por que essa é a sua posição? Como veio parar ali? Ele quer estar nela? Quer mudá-la? Quer sair dela?...” (OCEM, pg.91)

    “Não há docência sem discência, as duas se explicam e seus sujeitos apesar das diferenças que os conotam, não se reduzem à condição de objeto, um do outro. Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender. ” (FREIRE, p.23)

    Podendo relacionar também a discussão que tivemos na reunião do dia 30/08 sobre a ideia (errônea) de pensar que o aluno não tem nada a agregar para esse processo de formação de cidadãos, estando ali para aprender tudo do zero.
    Um exemplo que surgiu na minha cabeça logo que associei essas passagens é do rapper Christopher Wallace a.k.a The Notorius B.I.G., que na escola em que estudava era sempre alvo de humilhação dos professores por não ter o conhecimento que era esperado por eles. Se avaliarmos a realidade em que o rapper vivia, o que era mais importante para ele: saber sobre física, química, biologia, etc. ou saber como sobreviver no gueto? Pois por suas experiências de vida, Christopher tinha um conhecimento vasto em matemática por ser quem gerenciava o dinheiro do tráfico em seu bairro (Uma realidade dura, mas nesse caminho como futuros educadores é algo que temos que nos acostumar a ter um contato constante, pois a escola não é uma torre de marfim isolada da sociedade) e possuía um talento incrível para compor músicas por seu amor ao rap.
    Então temos que ter em mente de que é necessário entender a realidade dos nossos alunos e aproveitar o máximo das descobertas para melhorar ainda a comunicação entre o discente e o docente, pois como citado acima “Não há docência sem discência”.

    B)Eu, até um tempo atrás, julgava precária a minha experiência como aprendiz de língua inglesa. Mas hoje consigo entender que a formação do meu professor talvez não o tenha preparado para a missão de formar cidadãos, de formar pensantes críticos. Tenho ciência de que mudanças levam tempo para acontecer e as mudanças na educação não poderiam ser diferentes. Então levo essa experiência como algo que eu posso melhorar como um futuro educador e fazer a diferença.

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  43. Bolsista Gabriela Silva dos Anjos Santos.

    A) Ao lermos OCEM percebemos o quão se relaciona com a obra Pedagogia da Autonomia de Paulo Freire, mas os pontos que destaquei são esses:

    "Ao ser introduzido num novo contexto, o conhecimento novo passa a ser recontextualizado, transformando-se e adequando-se a ele. Por sua vez, com a entrada do conhecimento novo e a interação com o conhecimento previamente existente, o próprio contexto da prática cultural ou da comunidade de prática se transforma. É importante, portanto, acompanhar criticamente esse processo. Por fim, lembrando que não se trata mais de conceber a linguagem, a cultura e o conhecimento como totalidades estanques e isoladas, e sim como conjuntos abertos e dinâmicos, esse processo de recontextualização e transformação é constante." (OCEM, p. 110)

    "Por isso mesmo pensar certo coloca o professor ou, mais amplamente, à escola, o dever de não só respeitar os saberes com que os educandos, sobretudo os das classes populares, chegam a ela - saberes socialmente construídos na prática comunitária -mas também, como há mais de trinta anos venho sugerindo, discutir com os alunos a razão de ser de alguns desses saberes em relação com o ensino dos conteúdos." (Pedagogia da Autonomia, Paulo Freire, p. 30)


    B) Eu tive muitos professores de inglês do sexto ao nono ano. Houve vezes que eu tive 3 professores no mesmo ano letivo, mas também houve vezes que não tive nenhum durante um ano letivo inteiro e isso foi muito prejudicial para mim e todos os outros alunos. Mesmo tendo sido um choque chegar no ensino médio e receber coisas totalmente novas, pelo menos tive apenas duas professoras durante todo o ensino médio, e elas fizeram muita diferença, pois havia uma continuidade nos conteúdos ensinados e isso fazia com que ficasse mais fácil de aprender.

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  44. 1. Uma das relações principais que pode se perceber entre a OCEM e o livro autonomia da pedagogia é que todo e qualquer indivíduo possui a sua heterogeneidade no conhecimento (que parte da suas vivências), ou seja todo e qualquer indivíduo tem a sua forma de conhecer e dialogar com o mundo, na OCEM podemos ver isso claramente quando é citado que o indivíduo não aprende de uma forma homogênea ou de igual para com o outro, já no livro de Paulo Freire ele remete ao mundo ao qual o indivíduo faz parte, e ressalta a importância do próprio aluno conhecer a sim mesmo, onde está e aonde quer chegar.
    Outro ponto muito importante é a questão em que tanto no livro de Paulo quanto na OCEM eles enfatizam que o indivíduo não está ali na sala ou em qualquer instituição de aprendizagem somente para aderir ao conhecimento bancário, mas torna-se um crítico ao qual exerce esse direito como cidadão, levar essa amplitude para sala de aula não é fácil como ressalta o nosso amigo Paulo Freire, mas tudo se inicia pela curiosidade inocente, para que a passos curtos possa se alcançar uma curiosidade crítica. E um dos pontos principais para isso é o professor propiciar em sala de aula uma dinâmica de que o conhecimento é infinito, e que ele pode se renovar e ao mesmo tempo fazer com que o aluno se sinta parte desse avanço no conhecer e no prosseguir em conhecer.

    2. Em todos os meus anos de estudante no ensino básico, obtive muitas experiências as quais me fizeram ir além do que eu imaginava que o inglês poderia me levar, umas das foi quando eu estava no ensino médio precisando pesquisar mais a respeito de uns sociólogos, e quando eu encontravam vídeos e arquivos a grande parte deles eram em inglês ou em espanhol, aquele choque de realidade me fez perceber a importância do inglês para um conhecimento além das fronteiras, até porque eu queria saber mais sobre esses sociólogos, porque eles aumentariam a minha criticidade em relação ao mundo que me norteia e as constituições ideológicas da minha sociedade. Olhando agora após as leituras do textos percebo o que muitas das vezes me salvou e me afundou como aluno, (quando o conhecimento só era bancário, a aula era chata, e desanimadora, a minha vontade era só de me livrar daquela disciplina, até porque não fazia muita diferença pra mim), isso se esclarece pra mim nas citações de Paulo Freire, onde ele enfatiza que o conhecimento ele é uma constante que ao mesmo tempo que o professor ensina ele aprende e que ao mesmo tempo que aluno aprende, ele também ensina, (isso torna o conhecimento animador e crescente). E quando algum fato que fazia parte da minha realidade acontecia, para mim à aula se tornava incrível. Mais um ponto importante ao qual não posso deixar de frisar é a questão relacionada a afetividade entre professor e aluno, se não há respeito, se não compreensão ou melhor se a ética não faz parte da constituição do saber entre educador e educando o conhecimento torna-se quase nulo, já passei por isso e vi colegas passando pela mesma situação, o resultando foi o desânimo e mais uma vez a vontade de desistência da disciplina, então cabe ao professor controlar o seu sentimento de desafeto até em simples gestos pois eles podem mudar drasticamente tanto para piorar quanto para melhorar o avanço dos educandos.

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  45. Bolsista: Ivan Kennedy Neves Santana

    a) "Há algo ainda de real importância a ser discutido na reflexão sobre a recusa ou ao respeito à leitura de mundo do educando por parte do educador. A leitura de mundo revela, evidentemente, a inteligência do mundo que vem cultural e socialmente se constituindo. Revela também o trabalho individual de cada sujeito no próprio processo de assimilação da inteligência do mundo. Uma das tarefas essenciais da escola, como centro de produção sistemática de conhecimento, é trabalhar criticamente inteligibilidade das coisas e dos fatos e a sua comunicabilidade." FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia; p.63

    "A escolha dos textos de leitura deve, por exemplo, partir de temas de interesse dos alunos e que possibilitem reflexão sobre sua sociedade e ampliação da visão de mundo, conforme a
    proposta educativa focalizada neste documento." OCEM, p.114

    É possível notar que existe uma importância nos textos que devem ser levados para a sala de aula, pois os mesmos precisam ajudar o aluno a pensar e assim formar o próprio senso de criticidade.

    b) Meu contato com a língua inglesa começou no ensino fundamental (6º ano) e foi ate o ensino médio. Ao longo desses anos de estudo sempre tive professores incríveis e competentes (sempre estudei em escolas públicas). Minha paixão pela língua aumentou assim que entrei no ensino médio, pois as aulas eram extremamente estimulantes e possuíamos um clube de Inglês na escola para praticarmos todas as 4 competências do inglês (listening, writing, reading and speaking).

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    1. Olá, Ivan. Interessantíssimo seu texto, acho que o que foi o seu Inglês no Ensino Médio foi o que foi em Espanhol para mim. Agora, você tem alguma aula dessa fase de seu Ensino que marcou você para sempre (e queira dividir com a gente, claro)?

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    2. Perdoe-me a demora. Então uma aula que eu simplesmente amei foi quando minha professora do 3°ano pediu para apresentarmos uma cena (junto com colegas) de algum filme/série que a gente gostasse. Ela com uma cópia do script da cena acompanhou e avaliou a pronúncia.

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    3. No trouble. Demora nenhuma. Realmente não tem como esquecer uma experiência dessas!

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  46. A) O que pude aprender com a leitura do livro Pedagogia da Autonomia – Paulo Freire é que na prática da docência, temos que estar abertos as mudanças que o ambiente externo (fora da realidade que aprendemos) influencia e influenciará sempre na transmissão de conhecimentos ao educando. Devemos ter em mente que o docente está em sala de aula para ensinar e aprender ao mesmo tempo, haja vista que as trocas de experiências vividas são constantes e essenciais para despertar do senso crítico construtivo do aluno e o desenvolvimento de uma boa relação entre ambos.
    Quando comparadas as leituras do livro acima citado com o livro sobre Orientações Curriculares do Ensino Médio o que mais me chama a atenção é que em ambos, os autores frisam muito a necessidade de se estimular a criatividade e senso crítico do aluno; estarmos abertos as necessidades de cada um deles (saber de onde vem e como a sua cultura de vida influencia no seu dia-a-dia) e estarmos sempre em busca de novas formas de ensino tornando a aula mais participativa (abordando assuntos do cotidiano com ênfase no que está sendo ensinado).

    B) Estudei sempre em escola pública e o melhor contato que tive com o inglês foi na 8ªsérie, onde uma professora (a melhor) que tive buscava sempre nos estimular a cantar e lermos livros e textos em inglês (em sua aula). Foi a partir dela que comecei a gostar da língua inglesa (sem deixar de citar as músicas de Scorpions que meu pai sempre gostou de ouvi-las), então não citarei os anteriores e posteriores que buscaram sempre aplicar na sala de aula a gramática. Após esse melhor contato que tive com a língua inglesa, procurei mais escutar músicas e ver suas traduções, assistir mais séries, etc. Enfim, como futura educadora, acredito que como nos materiais lidos, terei sempre que buscar novos métodos de ensino, para que através deles o aluno possa ser mais interessado no conteúdo, dando-lhe oportunidade para também mostrar seu conhecimento de vida.

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    1. Incrível, joci, sua abordagem. Como você, também sempre procurei a ouvir músicas em inglês e ver suas letras/traduções (por você falar em Scorpions, lembrei de Under The Same Sun - que eu amo), infelizmente isso não veio por incentivo. E é esse incentivo que falta às escolas públicas que tenho certeza que você, a gente vai dar, sendo o PIBID o primeiro passo.

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  47. a) “Quando antes nos referimos a uma “alfabetização” de uma linguagem tecnológica, que é nova, e de uma comunicação, que se renova em face das variadas modalidades dessa linguagem (como as interligações entre o verbal e o visual, entre texto e imagem, que ampliam as possibilidades de cada meio envolvido), e quando descrevemos o usuário dessa comunicação como aquele que também é produtor dessa linguagem, tínhamos em mente os conceitos de letramento e multiletramento para o ensino de Línguas Estrangeiras nas escolas regulares. Essa proposta tem a ver com os objetivos da inclusão, pois leva à compreensão e conscientização de que: 1) há outras formas de produção e circulação da informação e do conhecimento, diferentes das tradicionais aprendidas na escola; 2) a multimodalidade requer outras habilidades de leitura, interpretação e comunicação, diferentes das tradicionais ensinadas na escola; 3) a necessidade da capacidade crítica se fortalece não apenas como ferramenta de seleção daquilo que é útil e de interesse ao interlocutor, em meio à massa de informação à qual passou a ser exposto, mas também como ferramenta para a interação na sociedade, para a participação na produção da linguagem dessa sociedade e para a construção de sentidos dessa linguagem.” OCEM, 2006. págs. 97-98.
    “(...)pensar certo coloca ao professor ou, mais amplamente, à escola, o dever de não só respeitar os saberes com que os educandos, sobretudo os da classes populares, chegam a ela – saberes socialmente construídos na prática comunitária – mas também, como há mais de trinta anos venho sugerindo, discutir com os alunos a razão de ser de alguns desses saberes em relação com o ensino dos conteúdos. Por que não aproveitar a experiência que têm os alunos de viver em áreas da cidade descuidadas pelo poder público para discutir, por exemplo, a poluição dos riachos e dos córregos e os baixos níveis de bem-estar das populações, os lixões e os riscos que oferecem à saúde das gentes. Por que não há lixões no coração dos bairros ricos e mesmo puramente remediados dos centros urbanos? Esta pergunta é considerada em si demagógica e reveladora da má vontade de quem a faz. É pergunta de subversivo, dizem certos defensores da democracia.” FREIRE, Paulo. Pág. 16
    Nesses trechos vemos que como professores temos que levar em consideração a carga de conhecimento prático que o aluno já traz para tornar o método de ensino eficaz e acessível, visto que precisamos estimular o pensamento crítico nos estudantes não seria conveniente apenas usar teoria, coisas que ele não vivencia, isso fará com que ele perca o interesse. O ideal é usar as experiências que ele já tem para discutir e fazer ele pensar por si.
    b) Minhas experiências com a língua inglesa na escola sinceramente não me fariam amar o idioma como eu amo, foram aquele clichê de “verbo to be é a única coisa que a escola ensina” meus professores sempre foram apegados a gramática e quando traziam textos normalmente eram recortes de notícias do século passado, nada interessante. Não tenho uma avaliação positiva do meu ensino médio com relação à língua inglesa, o que aprendi foi por motivação própria com músicas, séries e pesquisando na internet. Cheguei a ter professores bem humorados que eu gostava bastante, mas eram presos ao livro do mesmo jeito, não estimulavam o interesse ou o pensamento crítico. Para resumir usando as palavras de Paulo Freire apenas um “repetidor cadenciado de frases e de idéias inertes” atrás do outro. Como futura educadora almejo fazer tudo diferente, pesquisar mais, trazer realidade pra sala de aula, atualidade e evitar a monotonia, cativando os alunos e proporcionando um real pensamento crítico.

    Bolsista: Ana Beatriz Silva Moura.

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  48. A) Entao, Paulo Freire diz que:
    "Quem ensina aprende ao ensinar. E quem aprende ensina ao aprender."
    Ou seja, há uma troca de valores mencionado por Paulo Freire, onde não devemos descartar a carga cultural do aluno, mas agregar o conhecimento do educador ao conhecimento do seu educando.
    E juntando as OCEM menciona que abrir as salas de aula para essas heterogeneidades pode transformar o caráter excludente da escola. Ela também cita que cada língua é composta por variantes socioculturais, ou seja, a cultura não pode ser desprezada, mas sim ser a ponte que liga o conhecimento prévio que o aluno já tem ao futuro ensinamento que pode ser passado para ele.
    Outro fator interessante que as OCEM cita é que os objetivos do ensino de idiomas em escolas regulares são diferentes dos objetivos dos cursos de idiomas, mas eu acho que as escolas particulares podem ser agregadas aos cursos de idiomas e já vou fazer a ligação com o próximo tópico que são as experiências:
    B) Então, eu fui um aluno que sempre estudou inglês, desde a primeira série. Comecei estudando em colégio particular e até a quinta série estava lá o inglês fazendo parte das matérias obrigatórias.
    Na sexta série voltei à escola pública e voltando vi a realidade. Começando a estudar ali o que eu já tinha estudado ao longo de cinco anos.
    Para mim era fácil, afinal já tinha o contato com a linlín inglesa desde cedo, mas aqueles que nunca tiveram contato e viam pela primeira vez tinham dificuldade principalmente de tentar assimilar com o português.
    No ensino médio a realidade era diferente, afinal ali tinha alunos de toda classe, toda cultura e níveis diferentes de conhecimento de mundo, cada um com sua bagagem de experiência.
    Então uma coisa que me marcou bastante foi uma aula que a professora de inglês nos deu no segundo ano. Ela entrou na sala com uma caixa de som e disse: " Hoje a aula será diferente, guardem os cadernos!"
    Então nós deu a letra de uma música que nunca esqueço o nome: Get Lucky.
    E nós mandou circular e associar com o assunto enquanto a turma toda cantava.
    A partir daquele dia meu interesse no inglês aumentou demais, vendo a porta aberta à novas possibilidades de trabalho com o inglês.

    Aluno: Jhon Hennyson de Jesus Lima

    Desde já peço desculpas pela demora.

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  49. Percebe-se entre o livro e a OCEM a prevalência do conceito de individualidade do aluno, tanto em questões pessoais como em questões educacionais (relacionadas ao aprendizado). Frisa-se que o indivíduo é singular em suas competências e que ele detém um tempo próprio para absorção do conhecimento. Algo fantástico que também é abordado nas obras em questão é a importância do respeito ao conhecimento prévio do educando, muito ou pouco, de forma ampla ou limitada cada um tem uma visão de mundo que provém do meio onde cresceu, da educação doméstica que teve, da relação familiar. Nunca ficou tão clara pra mim a frase “cada indivíduo é um universo”, como ao ler essas obras.

    Trago essa discussão a um âmbito pessoal, trazendo uma experiência própria. Minha paixão pela língua, e porque não falar, pela docência, adveio da intervenção de uma professora de português e redação que eu tive no finzinho do ensino fundamental. Além da excelência com que ensinava, Lucielma respeitava seus alunos como pessoa, mentes pensantes, que tinha voz, ideias, conceitos a compartilhar. E foi a partir da experiência de me sentir tão respeitada em sala de aula, tão aceita como “gente” que eu decidi fazer o mesmo. Ser alguém que além de ensinar, com excelência, respeita e forma além de cidadãos formados tecnicamente, cidadãos pensantes e com a capacidade de opinar significativamente.
    A análise dessas obras foi fundamental para reafirmar em mim os conceitos de relação discente/docente. Consegui em vários momentos me identificar com a obra e os conceitos relatados.
    Bolsista: Leila Martins dos Santos Lima

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  50. Bolsista: Samara Milena De Santana Barros
    A - Além de "retomar a reflexão sobre a função educacional do ensino de línguas estrangeiras ressaltando a importância dessas", a OCEM apresenta também como um de seus objetivos "reafirmar a relevância da noção de cidadania e discutir a prática dessa noção no ensino de línguas estrangeiras". As ideias de criticidade do ensino na obra de Paulo Freire nos mostram que para transmitir ao aluno a noção de cidadania precisamos também guiá-lo à promoção da ingenuidade para a criticidade. Esse pensamento crítico o fará um indivíduo pensante e curioso o que consequentemente gera a criatividade como Paulo Freire diz "não haveria criatividade sem a curiosidade que nos move e que nos põe pacientemente impacientes diante do mundo que não fizemos acrescentando a ele algo que fazemos" assim, o aluno passará a se enxergar como indivíduo influente no mundo que vive, na realidade em que se encontra e essa perspectiva produzirá novas ideias e atitudes, que o levará a expandir cada vez mais os horizontes dele.

    B - Eu tive meu primeiro contato com a língua inglesa através da música, e foi através da música, que o meu amor pelo inglês se desenvolveu. Comecei a estudar inglês na escola no 6° ano do Ensino Fundamental, nos primeiros anos, as aulas eram interessantes e se voltavam para a aquisição de vocabulário, mas isso não durou muito; as aulas de verbo to be começaram e me seguiram até o ensino médio. Na minha experiência como como aluna do ensino médio meus professores de línguas estrangeiras sempre colocavam todo o foco da aula no livro didático (gramática e exercícios), isso não nos permitia muitas discussões: eu e meus colegas de classe estávamos acostumados com aulas monótonas e desconectadas da realidade na qual viviamos, pois os livros mostravam realidades bem distantes da nossa. Até que no último ano do ensino médio chegou uma professora substituta de espanhol na escola e as aulas dela sempre resultavam em discussões que despertavam nosso senso crítico e geravam resultados positivos aos nossos olhos. Ela conectava os conteúdos com essas discussões e nós acabavamos aprendendo gramática sem perceber. Nos engajamos nas discussões das aulas dela e desenvolvemos bastante nosso senso crítico. Para mim, o aprendizado de línguas estrangeiras no ensino básico, apesar das experiências negativas, me proporcionou novas perspectivas para enxergar o mundo ao meu redor e através dele.

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  51. Bolsista: Maria Rafaela Gomes Santana

    A) “cada língua é constituída por um conjunto de variantes, cada cultura também é constituída por um conjunto de grupos (regionais, socioeconômicos, de gêneros, religiosos, de imigrantes, urbanos, rurais, etc.); e cada um desses grupos possui seus próprios conjuntos de valores e crenças” (OCEM, p.102)
    "É bastante perceptível em nossa sociedade, que algumas atitudes, tais como: um sistema conteudista, ainda é bem visível, da qual este sistema impossibilita se trabalhar verdadeiramente os saberes dos educados, muitas vezes conteúdos que são dissociados da realidade da criança são trabalhados de forma impregnada. Quando se trabalha os saberes dos educados, pode-se observar que o desempenho e o desenvolvimento é diferenciado. O professor sábio aproveita as experiências que tem seus alunos. Por isso mesmo pensar certo coloca ao professor ou, mais amplamente, à escola, o dever de não respeitar os saberes com que os educandos, sobretudo os das classes populares, chegam a ela – saberes socialmente construídos na prática comunitária..." Pedagogia da autonomia (p.30)

    Ambos os textos tratam da importância de se perceber e buscar integrar na sala de aula as diferentes culturas que os alunos possuem. Cada aluno já possue sua própria bagagem cultural, cabe ao professor buscar entender-las e fazer o possível para ensiná-los com base naquele conhecimento que eles já possuem.

    B) Ao pensar sobre minhas experiências com inglês em sala de aula, como aluna, posso citar boas e más lembranças que tenho a respeito delas. Comecei o estudo de inglês no 6º ano, em um colégio privado, a professora que me ministrava a aula conseguia passar para todos o amor que tinha pela língua e também pela docência. Ela estava alegre nas aulas e buscava sempre conversar com os alunos para saber mais sobre aquilo que eles gostavam e gostariam de ver na sala de aula. Durante o 7º ano, em colégio público, eu não tive nenhum contato com a língua inglesa. Já no período do 8º (C.Público), 9º ano e 1º ano do EM(Ambos em E. Privada) ano eu tive aulas com o mesmo professor. Professor que buscava sempre melhorar seu método de ensino e que ministrava sempre de um jeito que fazia os alunos se interessarem pela aula que estava sendo dada. No 2º ano, em colégio privado, tive contato com uma professora que apenas ministrava aquilo que estava no livro, pouco se importando se os alunos estavam aprendendo ou não. No 3º ano, em colégio público, o meu professor ministrava sua aula até de um jeito bom porém  podíamos ver que ele não estava feliz com a profissão que exercia por não possuir o respeito e a atenção dos alunos em suas aulas. 
    Fiz questão de citar os colégios públicos e privados para podermos ver que o problema do ensino de língua estrangeira nas escolas não está somente em um fator, mas sim em vários, seja ele a falta de amor que os profissionais tenham sobre sua profissão, a falta de interesse em saber mais sobre os alunos, ou a falta de interesse dos alunos na matéria que é dada.

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  52. Bolsista: Juliana Maria de Sousa

    A) No documento da OCEM, vemos toda uma abordagem de sugestões para o ensino de línguas na rede regular de ensino. Uma questão que nos chama atenção e deve ser foco de todos os professores e graduandos do curso de letras estrangeiras é "como trazer para o curso de línguas estrangeiras questões que possam desenvolver o senso de cidadania?".
    Acredito que a frase “o ensino dos conteúdos não pode dar-se alheio à formação moral do educando” FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia; pág.18 (pdf), dialoga com trechos do OCEM, onde é ressaltado, a importância de entender a heterogeneidade de cada individuo presente em sala e fazer com que cada um se sinta inserido em sociedade, entendendo suas individualidades e limitações e, também, compreendendo as desigualdades existentes do mundo ao seu redor.
    Já o trecho "educar é substantivamente formar" FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia; pág.18 (pdf), nos remete a trechos da OCEM em que, devemos ir além do ensino gramatical de uma língua. O ensino de línguas estrangeiras na rede regular de ensino, tem como finalidade o foco linguístico, mas a língua é instrumento de poder e de eterna construção, não se limita apenas em regras gramaticais. Através da língua nos comunicamos, interagimos uns com os outros e registramos a experiência humana. "Fazer com que o aprendiz entenda, com isso, que há diversas maneiras de organizar, categorizar e expressar a experiência humana e de realizar interações sociais por meio da linguagem" OCEM, pág. 92 (pdf). Ou seja, através do ensino de línguas, podemos trazer reflexões para nossos alunos, aguçar a sensibilidade critica deles abordando temas como cidadania, inclusão, etc. É dessa forma que o ato de "educar" torna-se, impreterivelmente e substantivamente, "formar" cidadãos.
    Um enfoque importante e, também, uma reflexão destacada no documento da OCEM, é essa falta de entusiasmo de muitos educandos para com o ensino da Língua Inglesa na rede regular de ensino. Por que a grande maioria dos alunos preferem dedicar-se ao estudo da Língua Inglesa em cursinhos específicos? O que vem desestimulando os educandos no ensino de Inglês na rede regular de ensino?

    B) De acordo com minhas experiências no estudo da língua inglesa, devo admitir que não foram as melhores aulas que já tive. Infelizmente, tive um histórico de muitas mudanças ao longo dos anos escolares, portanto, não me recordo de muita coisa, mas certamente vejo uma diferença no comparativo do ensino da língua inglesa entre a rede básica e escolas particulares (até escola de idiomas mesmo). Tenho sentimentos negativos quanto ao ensino do Inglês na rede pública, justamente por ser algo monótono, os professores não demonstravam entusiasmo para inovar nas suas práticas metodológicas e não conseguíamos ir muito além da gramática da língua (em especial o incansável "verb to be"). Tive a oportunidade de estudar um ano em colégio particular e me recordo da professora levar músicas em inglês para trabalharmos em sala e outras atividades diferenciadas. Ou seja, os recursos para as praticas de ensino são diferentes entre a rede básica e particular. Toda a infraestrutura e metodologia são diferentes de um universo para o outro. Eu, como aluna na época, não possuía entusiasmo para aprender inglês na rede regular justamente pelo descaso total que se dava com essa matéria (e toda a educação em geral) e suas formas de aplicação.

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  53. Bolsista: Denis Almeida de Souza
    A - Muitas vezes, combatemos a atuação de determinados professores ou aprovamos a prática pedagógica de outros, qualificando esses profissionais como “modernos” ou “tradicionais”. Entretanto, nem sempre paramos para refletir sobre as propostas educacionais que fundamentam o trabalho desses docentes. O modelo de escola proposto pelo referido movimento pedagógico recebeu diferentes denominações. Foi chamado de Escola Ativa, Escola do Trabalho e, principalmente, de Escola Nova. O papel do educador não seria o de transmitir conteúdos, mas o de facilitar a aprendizagem. A Escola Nova não esteve voltada somente para o lado intelectual, mas também atribuiu grande importância ao aprendizado proporcionado pelas atividades que utilizassem as funções corporais. A aprendizagem através das atividades práticas foi muito valorizada. A utilização de laboratórios, hortas e oficinas, por exemplo, foi amplamente estimulada. Considerava-se importante partir do concreto para o abstrato, ou seja, da atividade prática para o saber intelectual. Nesse modelo pedagógico, a avaliação deveria fazer parte do processo de aprendizagem, pois não teria como objetivo aterrorizar os alunos nem promover a competição entre os discentes ou a exclusão daqueles que não atendessem às exigências intelectuais. Contrariando essa postura, comumente atribuída à Escola Tradicional, os pensadores da Escola Nova defenderam formas de avaliar que deveriam atribuir importância às atitudes, à aquisição de habilidades, à cooperação e à solidariedade desenvolvida entre os discentes. Além disso, havia o entendimento de que, para estimular a responsabilidade e a capacidade crítica do educando, fazia-se necessário o afrouxamento das normas rigorosas impostas pela Escola Tradicional. O aluno deveria ter autonomia para desenvolver a disciplina voluntária.
    (BISPO, p.95-97, 2009.) Trouxe a Escola Nova muitas vezes as discussões e debates nas reuniões, tentei abordar o tema, mas fui mal interpretado. O que tentei dizer é que tanto nas Orientações Curriculares para o Ensino Médio – OCEM, tanto quanto na Pedagogia da Autonomia de Paulo Freire se ver os valores e diretrizes dos teóricos do movimento da Escola Nova (John Dewey, Maria Montessori, Edouard Claraparède e Adolphe Ferrière) que tiveram seu ápice na revolução de 1930, mas mesmo nos dias atuais vemos as velhas práticas da escola tradicional constrangendo os alunos, tirando a sua autonomia e desprezando o seu conhecimento prévio e social. No OCEM se diz: Com essas disciplinas, busca-se a formação de indivíduos, o que inclui o desenvolvimento de consciência social, criatividade, mente aberta para conhecimentos novos, enfim, uma reforma na maneira de pensar e ver o mundo. Para isso, estimula-se um ensino que se preocupe com "uma cultura que permita compreender nossa condição e nos ajude a viver, e que favoreça, ao mesmo tempo, um modo de pensar aberto e livre", como nos dizeres de Morin (2000, p. 11).
    O mesmo se pode dizer de todos os teóricos que acreditavam na Escola Nova e na melhoria e desenvolvimento do ensino, onde o aluno aprende com o professor e o professor aprende com o aluno, em um ciclo mútuo de desenvolvimento e interação. Agora veja o que Paulo Freire fala com relação à docência a seguir: O que me interessa agora, repito, é alinhar e discutir alguns saberes fundamentais à prática educativo-crítica ou progressista e que, por isso mesmo, devem ser conteúdos obrigatórios à organização programática da formação docente. Conteúdos cuja compreensão, tão clara e tão lúcida quanto possível, deve ser elaborada na prática formadora. É preciso, sobretudo, e aí já vai um destes saberes indispensáveis, que o formando, desde o princípio mesmo de sua experiência formadora, assumindo-se como sujeito também da produção do saber, se convença definitivamente de que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção.

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  54. Bolsista: Denis Almeida de Souza

    B – Sempre fui muito pobre e tudo que sei e aprendi de inglês foi por conta própria. Me irritava que durante o ensino fundamental e o ensino médio porque tudo o que se via na escola era o “verbo TO BE”, muito do que aprendi foi usando, música, jogos, dicionários e apostilas, mas durante o ensino médio conversando com o meu professor de inglês no Colégio Estadual P, Juscelino Kubitschek recebi um palavra de desânimo que me marcou muito. Durante a conversa eu disse ao professor que desejava me tornar professor de inglês um dia, ele riu e disse “Você! Professor de inglês?! Ser professor de inglês é muito difícil, para alguns até impossível! Você tem que estudar vários verbos irregulares e regulares desde cedo! Eu só consegui porque minha professora era muito severa”. Embora tenha ficando triste, pois admirava aquele professor. Nunca desisti de estudar e do sonho de ensinar inglês, principalmente para aqueles que querem aprender e a vida não lhes deu oportunidade. O pensamento daquele professor é um modo de pensar da escola tradicional, ele desconsiderou o meu conhecimento prévio e a minha capacidade de aprender e praticar o idioma. Ele desprezou a minha autonomia como individuo e aluno. Se apossou do conhecimento do inglês e se colocou como detentor do saber. Como é de caráter de um professor da escola tradicional, usou o “empirismo” como “metodologia de ensino” ignorando o conhecimento prévio e a cultura do aluno e o preenchendo e despejando o seu conhecimento sobre o aluno como se o mesmo fosse um vaso vazio. Sendo Ele professor deveria extrair o potencial do aluno e não só ensinar mais aprender com o aluno também. Como futuros professores devemos encarar o que a realidade dos nossos alunos e tentar adaptar a nossas metodologias a ela.

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  55. Bolsista: Gabrielle do Nascimento Costa
    "A pergunta que então emerge é se a priorização do objetivo linguístico desse ensino esconde uma certa “confusão” na compreensão sobre os objetivos do ensino de inglês na escola regular e se essa “confusão” leva a indefinições e a desconhecimentos sobre a relevância desse ensino na educação básica." OCEM (p. 89)
    "É neste sentido que ensinar não é transferir conhecimentos, conteúdos nem forrar é ação pela qual um sujeito criador dá forma, estilo ou alma a um corpo indeciso e acomodado. Não há docência sem discência, as duas se explicam e seus sujeitos, apesar das diferenças que os conotam, não se reduzem à condição de objeto, um do outro. " p.l. FREIRE, Paulo
    "Quanto às memórias recentes, há um lamento de que os alunos de escola pública não sabem a importância do inglês na vida deles e menção aos sentimentos negativos que a disciplina e, por conseqüência, o professor despertam nos aprendizes." (PAIVA, 2005, p. 9). OCEM
    Nessas citações vejo uma relação de causa e consequência no ensino das escolas, onde muitas vezes os professores apenas "transferem conhecimento" tornando o assunto chato e mecânico para os alunos que acabam não conhecendo a real importância do ensino de língua inglesa, por isso eles não tem a visão da relevância do inglês em suas vidas, principalmente acadêmicas, para expandir seus conhecimentos e entre outros benefícios que ficam escondidos sob o conhecimento superficial e a não valorização das línguas estrangeiras nas escolas. Um exemplo dessa causa-consequência aconteceu quando ingressei no ensino médio e as matérias de línguas estrangeiras (inglês e espanhol) que antes eram obrigatórias poderiam ser escolhidas, de uma turma de 30 alunos a grande maioria optou por estudar espanhol por justificativas de que era mais fácil, parecido com português, que inglês era confuso...essa situação decorre de um ensino mecanizado durante o ensino fundamental que deu essa visão negativa para a língua inglesa.
    Na época eu optei por inglês e durante essas anos em que estudei língua inglesa no ensino médio, meu professor por queixas e interesses da turma começou a aplicar diferentes métodos nas aulas que antes eram só limitadas ao conteúdo do livro didático que era apresentado pela escola, essa iniciativa foi importante para descomplicar a visão de inglês que muitos tinham e tornar as aulas mais divertidas e dinâmicas, lembro-me que colocavam músicas, jogos, séries e muito mais conversação despertavam o interesse e o gosto pela aprendizagem da língua, percebendo como ela é importante.

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  56. A) "formar é muito mais do que puramente treinar o educando no desempenho de destrezas" FREIRE, Paulo. Pág 8.
    É possível, ao longo das leituras, ver que as mesmas partem do mesmo ponto ideológico: Desconstruir a imagem do professor como um "pote de sabedoria" e colocá-lo como intermediador e recurso de aprendizagem, uma vez que ambas leituras veem o aluno não só como receptor passivo de conhecimento, mas que o mesmo se envolva ativamente na construção do próprio aprendizado.
    Como podemos ver na leitura das OCEM, "Quando retomamos a questão educacional que sempre tem sido enfatizada nos 
    documentos oficiais e reconhecida como necessária por tantos, estamos inter-
    pretando-a de acordo com essa visão de educação e de formação de educandos (indivíduos, cidadãos)." OCEM, Pág 91.
    Compreende-se que, além de apenas ensinar uma língua estrangeira, as disciplinas de LE (e todas as outras que estejam no currículo escolar) têm obrigações simultâneas, como contribuir para a cidadania do educando, formando pessoas com senso crítico e cientes de sua importância, individual e coletivamente.


    B) Lembro-me bem de meus professores do ensino fundamental em escola pública e como todos tinham o mesmo problema: a didática autoritária e rasa afastava e desinteressava os alunos. Apenas no meu ensino médio, como aluno de Instituto Federal, tive professores excelentes, que contextualizavam nossa realidade (alto sertão) interdisciplinamente e nos permitiam conhecer outras realidades, sempre se aproximando de todos os alunos e com boas abordagens para passar conteúdos e gerar discussões.

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  57. A)" Justifica assim o pensamento de que o professor não é superior, melhor ou mais inteligente, porque domina o conhecimento que o educando ainda não domina, mas é como aluno, participante do mesmo processo da constituição da aprendizagem".

    "Ensinar, para Freire, requer aceitar os riscos do desafio do novo, enquanto inovador, enriquecedor, e rejeitar quaisquer formas de descriminação que separe as pessoas por raça, classes... É ter certeza de que faz parte de um processo inconcluso, apesar de saber que o ser humano é um ser condicionado, portanto há sempre possibilidades de interferir na realidade a fim de modificá-la. Acima de tudo, ensinar exige respeito à autonomia do ser do educando"

    B) Minha experiência com a língua inglesa no início, não era das melhores. Eu não conseguia entender muito a matéria. Com o tempo, eu me interessei por músicas em inglês e gostava muito de ver as traduções, foi assim que aprendi muita coisa de inglês. No ensino médio como eu já tinha um pouco de facilidade com a língua estrangeira, eu me conseguia entender as aulas. Mas os assuntos eram sempre os mesmo. A professora falava que não poderia ensinar outro assunto, porque a turma não aprendia o verbo 'to be', então não conseguiria ensinar outros assuntos gramaticais.

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  58. Bolsista: Sofia Helena Bispo Santana

    ‘’A curiosidade como inquietação indagadora, como inclinação ao desvelamento de algo, como pergunta verbalizada ou não, como procura de esclarecimento, como sinal de atenção que sugere alerta faz parte integrante do fenômeno vital. Não haveria criatividade sem a curiosidade que nos move e que nos põe pacientemente impacientes diante do mundo que não fizemos, acrescentando a ele algo que fazemos.’’ (FREIRE, Pag. 18)
    ‘’Em tempo, essa pergunta pode passar a impressão de que o ensino de Línguas Estrangeiras voltado somente para o aspecto linguístico do idioma não educa. Ele educa, mas contribui para uma outra formação, aquela que entende que o papel da escola é suprir esse indivíduo com conteúdo, preenchendo-o com conhecimentos até que ele seja um “ser completo e formado”. Quando falamos sobre o aspecto educacional do ensino de Línguas Estrangeiras, referimo-nos, por exemplo, à compreensão do conceito de cidadania, enfatizando-o. Esse é, aliás, um valor social a ser desenvolvido nas várias disciplinas escolares e não apenas no estudo das Línguas Estrangeiras.’’ (OCEM, Pag. 91)

    A) Paulo Freire decorre o primeiro capítulo do seu livro a falar sobre a relação entre ensinar e aprender, e em como uma aprendizagem crítica nos leva a desenvolver a ‘’curiosidade epistemológica’’ que é presente durante todo o seu livro, e que se torna um mecanismo contra esse ensino ‘’bancário’’ que estagna o aluno e internaliza nele a noção de uma realidade inexorável. Tal pensamento me chama atenção e me faz pensar em como o conceito de cidadania se faz presente como consequência dessa curiosidade epistemológica, pois ao estagnarmos o aluno na curiosidade ingênua, estamos apenas suprindo esse indivíduo com conteúdo, sem realizar nele um processo de conscientização sobre seu papel no mundo. É de extrema importância compreender que estamos formando cidadãos e em como podemos contribuir nessa formação. Ao ler a OCEM me surpreendi em como a cidadania está presente de forma bem simples, mas com poder de transformação tremenda. Pois ela vai além de você se perceber como parte da sociedade, mas entender que você constrói, modifica, você é um sujeito ativo e produtor de sentido. ‘’ ‘Ser cidadão’ envolve a compreensão sobre que posição/lugar uma pessoa ocupa na sociedade’’ (OCEM, Pag.91) E não há como percebermos isso, modificarmos e construímos sentidos se não nos alimentarmos de conhecimento crítico. E para isso, há a necessidade de se fazer entender a língua estrangeira que iremos ensinar não só como mecanismo de capacitação para a comunicação, mas irmos além, e a percebemos como heterogênea, contextualizada e intrinsecamente ligada a cultura.
    Tenho para mim que ensinar exige a contextualização da linguagem, a aproximação do educando aos objetos cognoscíveis. É necessário que o aluno consiga relacionar aquilo que aprende a sua realidade, para que se desenvolva a sua criticidade, para que se perceba produtor dessa linguagem, do contrário, estaremos ensinando-o a pensar errado.
    Para além do pensar certo é tão importante quanto fazer o certo, nos desenvolvendo como seres críticos, e não apenas um repetidor de pensamentos alheios, mas sujeitos que trazem para a sala de aula desafios que promovam o crescimento intelectual dos seus alunos e sejam o exemplo em sala de aula.
    Nós, como futuros professores precisamos fazer essa conexão com a realidade, fazer o ‘’pensar certo’’. Entendo esse pensar certo do qual Freire fala, como algo ligado ao ser crítico, ao professor construir junto ao seu aluno a criticidade, se encarregando de trazer para a sala de aula essa rigorosidade metódica, para que o aluno transpasse o senso comum, essa curiosidade rasa, ingênua, e chegue enfim na ‘’curiosidade epistemológica’’.
    Temos que nos reconhecer como produtores do conhecimento, pois ao realizarmos uma leitura, ao conhecermos o mundo, e realizar uma comunicação em conjunto, eu com o texto, eu com o mundo, coloco nele o que sou, me torno sujeito, cidadão e transformador do mundo.

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  59. Bolsista: Sofia Helena Bispo Santana

    B) Nas minhas tentativas de retomar meu passado, e buscar nas minhas memórias fragmentos marcados pelo inglês, me recordo de uma atividade passada por um excelente professor meu, em que ele objetivava nos fazer perceber como o inglês estava presente nas nossas vidas, o seu valor no mercado e na nossa cultura, acredito que dessa forma tentava nos aproximar ao máximo da língua trazendo-a para o nosso cotidiano. Lembro-me pouco de suas aulas, mas pelo pouco que me lembro, havia sempre uma tentativa de trazer essa contextualização, indo além do objetivo apenas linguístico, por meio de músicas, teatro, e até mesmo da pouca tecnologia que detínhamos na época. Infelizmente, por boa do meu ensino fundamental os objetivos educacionais e os culturais passaram bastante despercebidos, e as tentativas de nos fazer absorver a sistematicidade da linguagem se destacaram. Com a chegada do ensino médio, e por consequência o ENEM, houve uma maior sistematicidade com relação ao tratamento dado a língua, porém, eu senti uma maior contextualização, os assuntos se tornaram mais críticos e lembro-me de muitas discussões calorosas em sala de aula, atribuo isso ao fato de que agora a língua se conectava com a minha realidade.
    Devo dizer que no meu período escolar eu não cheguei a relacionar a criticidade ao ser cidadão, pois sentia a cidadania como algo abstrato, algo que não possuía real significado na sociedade. Afinal, meus professores não a relacionavam com aquilo que era ensinado. E mais uma vez reforço a importância da contextualização, da relação linguagem e cultura, da sua heterogeneidade, dos seus fins específicos, e não apenas a exposição da gramática, para que haja por fim a formação de um ser completo em toda sua capacidade não só de conteúdo, mas sensível a realidade ao seu redor.

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  60. A) “Não há inteligência – a não ser quando o próprio processo de inteligir é distorcido – que não seja também comunicação do inteligido. A grande tarefa do sujeito que pensa certo não é transferir, depositar, oferecer, do¿r ao outro, tomado como paciente de seu pensar, a intelegibilidade das coisas, dos fatos, dos conceitos. A tarefa coerente do educador que pensa certo é, exercendo como ser humano a irrecusável prática de inteligir, desafiar o educando com quem se comunica e a quem comunica, produzir sua compreensão do que vem sendo comunicado. Não há intelegibilidade que não seja comunicação e intercomunicação e que não se funde na dialogicidade.” (FREIRE, p. 20)
    “Isso significa dizer que a escola que se pretende efetivamente inclusiva e aberta à diversidade não pode ater-se ao letramento da letra, mas deve, isso sim, abrir-se para os múltiplos letramentos, que, envolvendo uma enorme variação de mídias, constroem-se de forma multissemiótica e híbrida – por exemplo, nos hipertextos na imprensa ou na internet, por vídeos e filmes, etc.”(OCEM, p. 29)

    Dialogando o livro Pedagogia da autonomia de Paulo Freire e o documento OCEM (2006) percebo a necessidade de separar o ensino de uma língua somente da parte linguística e relacionar também com a prática de onde usar aquela língua e com qual intuito. É comum nas escolas a relação professor (detentor do ensino) com aluno (receberá o ensino) com pouca importância a COMO ele aplicará aquele aprendizado. Para além de somente ensinar uma língua, é importante verificar a formação daquele aluno enquanto cidadão e também o ensino de uma nova cultura em uma gama de diferenças e trabalhar a diversidade que aquele ensino proporcionará. Paulo Freire trata também do respeito às diferenças e o documento da OCEM em diversas passagens salienta que o ensino da língua não tem o intuito de DIMINUIR as diferenças JÁ EXISTENTES devido a uma sociedade composta por culturas diferentes, mas sim promover o acesso a elas.



    B) O ensino de língua estrangeira na minha formação acadêmica foi mecânico e focado somente no letramento ao invés da alfabetização. Não tenho nenhuma lembrança de aprender sobre cultura em sala de aula, de modo que todo o meu conhecimento foi focado em aprender algumas palavras soltas – sem sequer aplica-las em uma frase completa, por exemplo que passasse do: “whats you name?” sendo minha bagagem no inglês antes da Universidade vinda de séries/filmes e pesquisas particulares.

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  61. Este comentário foi removido pelo autor.

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  62. Segundo a leitura do livro de Paulo Freire, Pedagogia da Autonomia pude perceber que tive muitos professores comprometidos com o ensinar e o aprender, mencionado pelo o autor, ao longo do meu aprendizado.
    Posso aqui relatar que fiz parte do antigo modelo de ensino, onde em boa parte dos colégios, a sala fora composta por mais de uma turma, ou seja,uma a docente era poliorientadora.Haja vista que,esta docente sempre fora respeitada tanto por alunos quanto pelos pais.Ela sempre mostrou-se capaz de dialogar com todos, sem fazer acepções a quaisquer indivíduos.E, naquele momento, aquela docente ainda não tinha sequer cursado ensino superior,porém tinha competência profissional como poucos. Não é atoa que minha inspiração vem em parte dela, pois tinha autonomia e hulmidade sempre.

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